Acordo com um toque irritante e alto demais, fazendo minha cabeça quase explodir. Sinto um peso entre meus peito e abro os olhos vendo a perna da Luh em cima de mim, enquanto sua cabeça estava do outro lado da cama e os cabelos espalhados.
O toque continua e eu segui o som com os olhos, quando vejo que é um dos nossos celulares tenho vontade de jogar ele na parede. Com brutalidade pego o mesmo e atendo sem nem ver quem é.
-Quem porra me acordou?- perguntei com raiva e escuto uma risadinha amarga.
-Então as Cinderelas estão vivas? Já são quase três da parte porra! Faz mais de hora que eu ligo para vocês e ninguém atende ou manda mensagem, estava quase ligando para a polícia! Fala para a Lucrécia que, ela tem uma filha de 4 anos que não para de perguntar pela mãe!- falou todo putinho e eu revirei os olhos.
-Tá bravinho assim porque causa da Mia ou por está com ciúmes da Luh, Sammy?- ele suspira e eu reprimi o riso.- Eu vou acordar ela, Sammy, já já ela chega em casa sã e salva. E por favor, não desiste dela. Eu sei que a Luh gosta de você, ela só é teimosa demais para aceitar o que está bem na cara dela.- indaguei enquanto olhava para mesma vendo seu peito subir e descer calmamente.
-Eu sei, Naty, também vejo, mas tá foda para aguentar. Preciso ir agora, a Mia está com fome e preciso alimentar a pequena.
-Tudo bem, se cuidem!
-Vocês também!- e desligou.
Respirei fundo e olhei mais uma vez para a Luh antes de começar a chacoalhar seu corpo.
-Acorda Lucrécia! Se lembra que tu tem responsabilidades!- não demorou muito para ela resmungar e abrir os olhos devagar.
-Velho, que horas são?- perguntou sonolenta.
-Três da tarde, Lucrécia. Se levanta fia!
Na mesma hora ela praticamente pula da cama com os olhos arregalados.
-Três horas? Meu Deus! Minha filha, o Sam. Como você pode me deixar dormir até tarde, Natacha? Que má influência você é!- falava enquanto saía do quarto para o banheiro e eu apenas revirei os olhos procurando uma roupa no guarda roupas.
Do meu quarto dá para ouvir a Lucrécia dentro do banheiro e praguejando quem quer que seja. Pego minhas roupas e vou para frente da porta onde começo a bater sem parar.
Sim, tem um banheiro lá embaixo, mas tem coisa melhor do que irritar sua única e melhor amiga? Claro que não, é muito prazeroso.
-PARA DEMÔNIO! EU VOU TE BATER, NATACHA!- grita estressada e gargalho descendo as escadas quando minha barriga ronca de fome.
Todo um banho rápido e me visto, assim que saí do banheiro dou de cara com a Lucrécia, por milagre divino, já está pronta e sentada nos sofá.
-Vamos na casa do Rafa, tô com fome e com certeza ele fez comida.- sai e a puxei comigo.
-E como tu pode ter certeza? Porque não estou afim de andar isso tudo e ainda passar vergonha se não tiver comida.- reviro os olhos praticamente arrastando ela.
-Porque todo domingo quando ele está em casa ele faz almoço, e fala pra tu, o rato de esgoto sabe cozinhar bem pra porra só tem preguiça, e desde de quando tu tem vergonha nessa cara de pau?- a cínica ainda teve a audácia de sorrir.
Depois de alguns passo cheguei na casa dele e já fui abrindo portão e depois a porta entrando com tudo, encontrado o mesmo no sofá com a TV ligada e mexendo no celular.
-Que baixaria é essa, fuleira?- arqueou a sobrancelha e eu fiz a Claudia indo para a cozinha.
-Tô com fome, tem o que pra comer aqui... PUTA QUE PARIU! Tem lasanha e creme de galinha, Lucrécia!- sorrio boba parecendo uma criança que ganhou doces.
-Mentira!- quase grita e vem correndo para a cozinha.
-Aê suas albinas, não chamei nenhuma das duas não... Não mete o dedo no meu creme de galinha não, sua sem sal!- tenta vir na minha direção, mas peguei a panela e corri para o muro.
-Vou comer só um pouquinho, Rafinha!
-Mentir é feio, Natacha!- apareceu no batente da porta.
-Mano do céu! Rafa, tu cozinha demais, que lasanha gostosa!- ele se virou rápido para trás e eu cheguei perto o bastante para vê a Lucrécia com uma fatia generosa da lasanha nas mãos e comendo.
-Desde quando te dei essa intimidade?- perguntou a ela e começamos a rir.- Folgadas do caralho!- tentou permanecer sério, mas logo caiu na risada.
-Já posso entrar sem que você me tire a panela?- ele riu assentindo e semicerrei os olhos para ele.- Tô falando sério, rato de esgoto, não pega a panela de mim!
Ele levantou as mãos em forma de rendição fazendo graça e eu passei que nem flash por ele.
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-Podem lavar o que vocês sujaram, a cozinha estava toda limpa.- mandei o dedo para ele e a Luh foi lavar os pratos enquanto eu secava e guardava tudo em seu devido lugar.
-Tu é um folgado Rafa, a gente é visita quem deveria está fazendo isso era você!- olhei para ele que estava na porta da cozinha, enquanto guardava os talheres.
-Ih fiota, tu deixou de ser visita faz tempo e Lucrécia é tua visita, não minha.- quanta audácia.
-Olha o que vão falar de mim que, para esse pratos virarem discos voadores é rapidinho!
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Gente, vamos deixar uma coisa clara se ainda não ficou. Estou vendo muito comentário para fazer um capítulo com a narração do Ret e que ele comece logo a correr atrás da Natacha.
Só que eu não vejo necessidade de fazer um capítulo narrado pelo Felipe, já que não teria o que falar, pelo menos nada relevante para o contexto da história. Pode ter sim capítulos com narração dele, porém lá pra frente e não agora.
E vocês não acham que se fosse para o Felipe correr atrás da Natacha ele não teria feito isso nos dois anos que se passaram? Ele errou sim, traindo ela e todo o resto, mas ele está feliz com a sua família agora e o que adianta ele correr atrás dela se a mesma não quer mais nada com ele? Natacha é o tipo de mulher orgulhosa, que não aceita traição. Então, voltando a dizer, não teria fundamento com o contexto da história.
E vamos deixar outra coisa mais clara ainda, se ainda não perceberam FELIPE não é um dos personagens principais!
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Envolvida✔
Teen Fiction+16 Cinco anos haviam se passado desde que Natacha foi presa, e agora o que queria era apenas voltar para casa e para o aconchego de seus familiares; retomar a vida de onde parou ao lado do marido e do melhor amigo. Só não esperava que o mundo tives...