Capítulo 22: Parte 2

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Entrei em casa e a Alexandra estava sentada no sofá enquanto olhava para ao redor, assim que me viu corou um pouco e desviou o olhar.

-Sua casa é bem bonita.

-Obrigado, agora a gente precisa encontrar roupas para você, né?- falei olhando para a blusa que cabia duas dela.

Olhando melhor, não acredito que ele ainda tem essa camisa, Jesus! Vim perceber agora que já faz anos que ele tem essa camisa, se não me engano é uma das favoritas dele.

-Hum, creio que nenhuma das suas roupas dá em mim e acredito que não tem como eu voltar para o Jacaré. E não desfazendo da sua boa vontade de me deixar dormir aqui hoje, mas amanhã eu preciso ir para o hospital ficar com minha mãe, ela não pode ficar sozinha.- sorri para ela e assenti.

Não tiro a razão, não tem coisa mais precisa do que uma mãe e da pra perceber que ela ama muito a dela.

-Acho que consigo comprar ainda três look para você com o dinheiro que tenho em casa.- falei enquanto olhava para a parede tentando lembrar quando tenho aqui.

-Não Natacha, não vou aceitar isso. Você não tem nenhuma obrigação comigo, já me ajudou muito só em me tirar das mãos daquele desgraçado nojento, que lhe causou um tiro, e me emprestar o dinheiro, não preciso de mais nada. Você já fez muito por mim, sendo que nem me conhece direto. Estou muito grata pelo que já fez, não precisa de mais nada.- falou super confiante e até achei graça.

-Tudo bem, mas pelo menos uma roupinha pra você vestir eu vou comprar, sem mas ou menos.- ela até tentou abrir a boca, mas peguei minha carteira e saímos, indo em direção às lojinhas.

-Você deveria ficar em casa e quieta, como o Loiro disse.- revirei os olhos.

-Qualê? Nem vou me esforçar, você que vai trazer as coisas, então tudo bem.

Fui na lojinha onde as roupas são mais baratas e boas, porque eu não sou besta, na bebinas? É aquele velho ditado do BBB, bom, bonito e barato.

Rodamos um pouco a loja até eu conseguir achar alguma coisa que me agradasse, porque se fosse pela Alex, ela tinha pegado qualquer coisa principalmente as mais baratas. Depois de bons minutos encontrei um look que eu gostei e peguei o tamanho dela, fui até o balcão e dei aquela pexinxinha de lei e ainda consegui dez reais de desconto.

Quando colocamos o pés fora da loja dei de cara com as putas Júlia e Karina, elas olharam para mim com deboche e pararam na minha frente.

-Olha, a cachorrinha quebrou a pata.- a voz irritante da Karina chegou até meus ouvidos, fala pra tu, ela é bonita, mas pense em uma voz horrorosa.

A Júlia riu e quando abri a boca pra colocar ela no lugar, uma voz grossa e seria se intrometeu. 

-Tu te liga, Karina, pra raspar esse teu cabelo e te dá uma surra é dentro de dois segundos..- ameaçou e ela arregalou os olhos assustada, mas claro que antes de ir embora ela me jogou um olhar mortal.- Tu gosta de desobedecer, né Natacha? O médico falou que tu tinha que ficar de repouso, eu te pedi pra ficar mec e tu vem bater perna? Qualé?!- usou um tom que parecia mais meu pai.

-Desculpa papai, mas sabia que caminhadas são boas para a saúde?- debochei e ele arqueou uma sobrancelha.

-Claro que não, mas não no sol de 50°!- revirei os olhos e comecei a andar.

-Você é muito exagerado, Rafael. Aliás, não deveria está trabalhando?

-Ret me expulsou da boca me mandando cuidar de ti, e ainda bem que mandou né? Porque tu é teimosa pra porra!

-Como se você não fosse também, não seja hipócrita.- ele abriu a boca para retrucar, mas a Alex o interrompeu.

-Então casal, que tal terminar a discussão em casa, onde ninguém pode ver? Vocês estão dando assunto para fofoqueiro.- mostrou ao redor e na mesma hora as pessoas começaram a fazerem as egípcias, como se não estivessem atentas ao que estávamos conversando. 

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