Capítulo 29

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Natacha narrando:

Acordei com o Rafa se mexendo ao meu lado e talvez eu tenho o matado se não estivesse com tanto sono.

-Para com isso, rato de esgoto.- minha voz saiu rouca e abafada por conta do travesseiro.

-Tu tem que se acordar Floquinho, daqui a pouco tem que ir ver o Eduardo.- fiz careta e senti a mão dele na minha bunda apertando de leve, estava mó gostosinho até o filho de uma puta morder.

-Ai sua desgraça!- tentei chutá-lo, mas ele se afastou rindo e entrou no banheiro. 

Quando estava pegando no sono de novo o demônio apareceu para atormentar minha beleza.

-Levanta Natacha!- usou um tom de voz sério e dei de ombros.

Até que senti o filho da mãe passar os braços por minha cintura e me puxar para fora da cama, me pretendo em seu peito. 

-Me solta seu troglodita cheiroso!- indaguei com raiva e o filho da puta teve coragem de rir.

Ele me levou até o banheiro sob meus insultos e me jogou debaixo do chuveiro com a água gelada pra porra!

-RAFAEL SEU FILHO DA PUTA!- gritei sentindo as lágrimas de raiva descer pelos minhas bochechas e se misturar com a água do chuveiro.

Em um piscar de olhos o desgraçado saiu do banheiro e eu tive que respirar fundo umas dez vezes para me acalmar um pouco.

Depois de me arrumar desci as escadas encontrando o sem vergonha sentando no sofá mexendo no celular. Cheguei por trás e lasquei um tapa na nuca dele, fazendo ele gemer.

-Tu tá me agredido demais, Mandada. Quando eu revidar não ache ruim.- ignorei com sucesso e fui para a cozinha comer onde  encontrei uma bela caixa de bombom na mesa. 

Um sorriso brotou automaticamente nos meus lábios.

-Não pense que vai me comprar com comida!- falei alto para ele escutar e comi um bombom.

Maravilhoso!

Depois de tomar meu cafezinho segui para sala e o Rafa me levou até a boca onde eu iria encontrar o Eduardo. Sujeito chato e arrogante viu! Mas não deixo barato não, enquanto ele me ensina é uma briga para ver quem consegue ser mais arrogante.

Chegamos na boca e por milagre divino, nenhum vapor abriu a boquinha para falar pelo mesmo um "A". Passei em frente a sala do Felipe e neguei com a cabeça observando que ele tinha emagrecido mais desde a última vez que nos vimos. 

O que me deixa extremamente irritada, porque mesmo que o desgraçado tenha me magoado profundamente eu não consigo guardar rancor dele, é muita história para ser simplesmente substituída pelo ódio, e nem ele nem o Rafael me fala o que está acontecendo. Não sei se fico com raiva daquele Branquelo por ele não me falar ou fico orgulhosa por ele ser do tipo que leva o segredo até a cova.

Rafa foi para a sala dele e eu fui atrás do Eduardo. Assim que o encontrei o sorrisinho arrogante já estava em seus lábios e eu revirei os olhos. Será uma longa manhã. 

●●●

Depois de vê um pá de números e planilhas, além das melhores formas de como ter tudo organizado e sob controle pude enfim ir para casa, sozinha, já que o Rafa teria que ficar para organizar uns bagulhos aí.

Cheguei em casa o dia tinha acabado de escurecer, entrei e fechei a porta jogando a chave da moto no sofá. Tirei minhas havaianas e depois minha roupa, ficando apenas de lingerie. O quê? Tá um calor do inferno, fiota!

Fui até a cozinha atrás dos meus chocolates já que a bad estava começando a bater e meu maridinho não está presente para a gente ficar só no amorzinho. Porém antes que eu conseguisse colocar um bombom na boca meu celular começou a tocar e bufei frustrada. Voltei para a sala e peguei o aparelho vendo o nome do Sammy aparecer na tela.

-Diz.- falei e comi um bombom

-Manda a Lucrécia voltar para casa, a Mia não tá bem.- falou seco demais e eu franzi a testa, não é bem o tipo de comportamento dele.

-Sinto muito lhe desapontar, mas a Luh não tá aqui. O que aconteceu com a pequena?- perguntei preocupada e perdendo a vontade de comer o chocolate recheado.

-Não é hora das tuas brincadeiras Natacha, não preciso ficar lembrando toda hora que Lucrécia tem responsabilidade e faz horas que ela saiu de casa.- semicerrei os olhos e disparei com a língua afiada.

-O que você fez, Samuel?

-Eu quero a minha mãe…- escutei a voz chorosa da Mia no fundo e senti meu coração se apertar.

-Não fiz porra nenhuma!- fechei os olhos com força quando a loirinha começou a chorar alto.

-Minha barriga ta doendo, titio!

-Não sai daí, chego o mais rápido possível e você vai me contar o que fez com a Lucrécia ou eu arranco teu pau, Samuel!

Desliguei na cara dele e voltei a vestir minha roupas, guardei meus bombons e mandei mensagem para o Rafa falando que estava indo para o apê do asfalto. Nem esperei resposta, só peguei a chave do carro e sai do morro o mais rápido possível.

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5/5

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