Epílogo

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Quatro anos depois.

-PUTA QUE PARIU, ALEX!- gritei vendo que ela tinha conseguido colocar fogo na panela que estava com o tempero.

-Deixa comigo que eu resolvo!- falou toda nervosa e jogou uma bacia de água, que eu nem tinha visto ela encher, dentro da bacia.

Logo o fogo ficou maior e gritamos dando um passo para trás.

-Esse demônio está tentando levar a gente mais cedo para o inferno!- Lucrécia falou nervosa e eu tentei não rir.

Peguei o pano de prato e o molhei tirando o excesso para abafar o fogo logo depois, o apagando.

-Vocês que estão tentando me matar, quem já viu colocar um bebê desse para cozinhar?- falou toda cínica e taquei a tampa da panela de pressão na cabeça dela que na hora gemeu de dor e me olhou incrédula.

-Não paga de boba pro meu lado!

-Depois dessa fiquei com traumatismo craniano. MENOR, AMOR, SE EU MORRER DEIXA O CADU COM MINHA MÃE! NÃO CONFIO DEIXAR ELE NAS TUAS MÃOS!- gritou fazendo drama.

-FILHO DA PUTA!- Menor gritou da sala.

-MAMÃÃEEEE! O papai te chamou de puta!- gritou correndo em nossa direção, mas o coloquei para fora no mesmo instante.

A última vez que esse atentado entrou na minha cozinha ameaçou duas panelas minhas e comeu o estoque todo dos biscoitos do Rafa, então já viu né?

-CAFETONA!- Alex o corrigiu e eu rir alto acompanhada de Luh. 

Olhei para a Jéssica e ela nos encara com o riso preso, mas ao mesmo tempo assustada e isso só serviu para eu rir mais.

Ela era novata nisso tudo e fiel do Fêh. Isso mesmo o vagabundo voltou do fim de mundo que ele estava faz uns seis meses e de quebra trouxe essa preta linda do caralho e super gente boa, só é um pouco tímida. Felipe teve que voltar porque os inimigos estavam conseguindo localizar ele direto e ameaçando a Wendy. É como eu digo, só sai dessa realidade no caixão ou na gaiola.

-Solta a menina comédia!- escutei a voz do Felipe da sala enquanto cortava mais tempero.

-Pra ficar junto com aqueles atentados…?- escutei a voz do Rafa mas nem deu pra ouvir o resto.

-Tu vai ficar responsável pela limpeza!- apontei a faca para a Alex e ela pegou a boba.

-Eu?

-Não, o Yuri.

-Não coloca meu filho no meio que ele é um anjo.- Lucrécia defendeu.

-Yuri, amor da tia cola aqui que sua dinda falou que você vai passar a língua no chão e deixar tudo bonitinho!- Alexandra quase gritou e ouvi passinhos.

-É mentira meu príncipe!- disse apressada.

-Abuso do caralho!- escutei ele murmurar e dessa vez Jéssica gargalhou.

-Vocês são uma comédia!- disse entre risos.

-Ôh cosplay de buldogue, cola aqui pra tu vê umas paradas.- Sammy falou e prendi o riso, ele estava ficando muito tempo com os meninos.

-Primeiro me respeita que eu sou da raça pastor alemão e segundo que desse jeito essa comida não vai ficar pronta nunca!- indaguei entrando na sala e vi que a Ayla se contorcia no colo do pai tentando sair dos braços dele, mas logo as Pernas da Xuxa sussurrou alguma coisa no ouvido dela e a mesma abriu um sorriso ficando quieta.

-Teu marido aí não quer deixar a menina se juntar com os outros. Parece que ainda não superou o selinho que ela deu no Cadu.- Felipe falou e eu segurei o riso.

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