Capítulo 31

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-Aonde a gente vai Natacha?- rafael perguntou irritado e eu só ignorei acelerando para a boca.

Assim que chegamos estacionei e já fui entrando sem esperar o Loiro, não estou afim dele enchendo linguiça agora. Entrei na sala do cara e já fui tirando meu colar do pescoço, mas com o coração quase saindo da boca.

-Me escuta bem, tu vai examinar esse colar,  conseguir toda as digitais presentes e se tu perder ele ou quando me devolver ele estiver danificado tu vai preferir nunca ter nascido, entendeu?- falei calma, mas com um tom ameaçador e ele apenas assentiu com os olhos arregalados e mais branco que papel.

Coloquei o colar na mão dele, que pegou com o maior cuidado e começou os procedimentos.

-Quantas horas mais ou menos?

-No mínimo seis horas.- falou tentando recuperar a voz e eu assenti me sentando em uma cadeira na frente dele.- Vai ficar aqui?- perguntou hesitante e eu assenti.

-Não tenho nada pra fazer sabe? E não confio em ti.- pisquei e ele começou a suar. 

-Natacha, pra que isso?- a voz do Rafa chegou até meus ouvidos e apenas revirei os olhos. 

-O óbvio não acha, Loiro? Sei que você é mais esperto que isso!- ele me olhou sério e com uma carranca antes de tirar a Glock da cintura e colocar no meu colo, saindo logo depois. O que fez o Mal de Parkinson aqui tremer mais.

Três horas depois fui obrigada a sair da boca e ir comprar alguma coisa pra comer. Andei até o mercadinho, comprei dois Dorittos e duas latinhas de coca, mandando colocar na conta. Abri as embalagens e fui comendo até chegar na boca novamente, onde fiquei fazendo vários nadas esperando o outro fazer o trabalho dele.

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-Consegui!- falou depois de exatamente oito horas, fala pra tu estava quase dormindo. 

-E então? Quais foram as mãos que passaram por ele?- perguntei curiosa e ele colocou o colar o mais rápido possível mas minhas mãos, me fazendo rir.

-No pingente só tem a sua e a do Loiro o que indica que você o limpou a pouco tempo. Já na corrente eu encontrei de Lucrécia, Samuel, Alexandra, Wendy, Mirelly, Ret, Loiro e Amanda.- arregalei os olhos surpresa e engoli seco.

-Fora a do Loiro e a minha, qual a mais recente?- perguntei só para ter a maldita certeza e respirei fundo.

Não acredito que você conseguiu algo ainda mais baixo! 

-Segundo os resultados a da Amanda, há um mês e pouco.- coloquei o colar no pescoço e me levantei de forma tão brusca que a cadeira caiu no chão.

Eu vou matar aquela desgraçada!

-Depois eu resolvo contigo o valor, agora me dá esse papel aí!- peguei o papel da mão dele e sai da boca o mais rápido possível.

Subi na garupa de qualquer um e ordenei que me levasse a goma principal. Eu tive dó de você alguns anos atrás, mas minha pena foi pra casa do caralho, assim como a tua dignidade, puta do caralho!

O vapor estacionou a moto e desci a mil abrindo a porta com um grande baque, encontrado a puta sentada no sofá enquanto assistia.

-SUA DESGRAÇADA DO CARALHO! VADIA DE ESQUINA!- gritei fumaçando de raiva e praticamente pulei em cima dela sentando em seu colo e desferido socos e mais socos no rostinho bonito de vagabunda mal comida.

Ela conseguiu acertar dois socos nas minhas costas e eu arfei sem ar, mas logo consegui imobilizar os braços dela e o máximo que ela conseguia fazer era cravar e as unhas nas minhas coxas. Comecei a puxar os cabelos dela e sorri satisfeita quando os tufos vinham em minhas mãos e ela gritava de dor. Voltei minha atenção para a cara dela e mais sequências de socos foram deixados em seu rosto.

-Burra do caralho! Como tu deixa as digitais na porra do colar que eu nunca deixei tu colocar as mãos?- cuspi as palavras na cara dela e vi seu rosto virar puro ódio.

-Que pena que minha tentativa de homicídio não deu certo!- disse com a porra de um sorriso no rosto, que eu já estava preparada para desfazê-lo quando sinto braços me rodearem imobilizado meus braços para logo depois me puxarem com força para trás, ocasionando um alívio quando as unhas dela saíram da minha carne.

Olhei para os braços estranhos ao meu redor e comecei a me debater, fazendo a pessoa atrás de mim gemer de dor com meus chutes.

-QUEM QUER QUE SEJA EU ORDENO QUE ME SOLTE!- gritei me debatendo mais e logo outro vapor imobilizou minhas pernas.

Olhei para a vagabunda e sorri com o estrago que tinha feito, já pensando nos outros que eu iria fazer.

-Que porra é essa?- escutei a voz do Ret e quando olhei para a porta vi ele e o Loiro com expressões chocadas.

-Solta ela, Caraí!- o Rafa falou irritado, mas os vapores hesitaram.

-Loiro, foi ela que fez isso.- o que estava me segurando por trás falou apontando para a vadia.

-Eu tô mandando vocês soltarem caralho!- disse com um tom de voz ameaçador e como o Felipe estava muito ocupado escutando todo o teatro da outra que agora chorava e se fazia de coitada, eles me soltaram.

Quando pensei que estava livre para mais um round, o filho da puta do Rafael me segurou com força pela cintura.

-Tu vai ficar bem calminha.- sussurrou com os dentes trincados e eu neguei.

-Calma uma porra! Essa vagabunda vai pagar pelo que fez!- quase gritei e recebi o olhar assassino do Ret.

-Por que caralho tu fez isso?- tentou me intimidar e eu gargalhei altão. 

-Porque o caralho da tua esposa, me roubou, invadiu minha casa e tentou me matar!- ele me encarou surpreso e depois negou.

-Ela não fez isso.- disse entre dentes e o encarei de forma assassina. 

-Saiu da própria boca dela, otário do caraí!- falei lentamente e senti o Rafa ficar tenso.

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