Capítulo 25

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Duas semanas já tinha se passado e fala pra tu, minha relação com o Rafa voltou ao normal, só que agora tem direito a beijo e umas pegada do caralho, porém nunca passa disso já que quando a gente tá no fogo do caralho apareceu um pau no cu pra atrapalhar.

Rafa já pediu umas trilhões de vezes para eu deixar meu emprego por um motivo bem simples, ciúmes que ele nunca assume, arruma um monte de desculpa sem pé nem cabeça e eu me divirto muito com isso. Ele fica muito fofo com ciúmes, as bochechas ficam rosadas, os braços cruzados e fazendo cara de bandido. Só não saí ainda porque gosto de fazer ciúmes a ele, eu sei, parece infantil, mas fazer o que? Porém de uns dias pra cá estou quase fazendo isso que ele quer, não aguento mais aqueles pau no cu me olhando e alguns audaciosos passando a mão em mim, na verdade ainda não sei como o seu Zé não me demitiu já que em duas semana eu arrumei mais de sete brigas.

O Morro todo já sabe que a gente está junto, já que no dia que o Rafa me levou pra viela e me beijou tiraram foto e rolou pelo morro inteiro, alguns gostaram, outros me chamaram de puta, mas nem me abalo mais. Depois disso eu praticamente obriguei o Rafael falar pro Felipe a história inteira, até porque tinha informações do interesse dele. Pergunto ao Loiro até hoje o que foi que o Fêh falou, mas ele não abre a porra do bico todas as vezes consegue me enrolar.

Acredita que o Rafael veio com anel de noivado pro meu lado? Pois é colegas,ele levou a sério e não vou mentir dizendo que não gostei.

-Aê gostosa do caralho, se pagar peitinho te dou 50$ de gorjeta.

Joguei a porra da bandeja na mesa ao lado e bufei alto enquanto tirava o avental e acertava o soco na boca do cretino.

-CANSEI! ESTOU ME DEMITINDO!- gritei chamando a atenção de muito ali e joguei meus cabelos para o lado saindo plena do bar.

Meu sangue ferveu ainda mais quando cheguei na pracinha e vi o filha da puta do Rafael conversando com a Júlia, no maior papo.

Não surta Natacha, não surta.

Olhei uma última vez para eles e trinquei os dentes antes de continuar andando em direção a minha casa e xingando ele de todos os nomes possíveis. 

Cheguei em casa mais rápido que o normal e assim que passei pela porta, escutei o som da moto do escroto do caralho. Não demorou nem dois segundos o filho da puta, desgraçado de uma merda entrou na minha casa com a maior cara de cínico.

-O que tu tá fazendo aqui? Mete o pé da minha casa, Rafael!- falei com raiva cruzando os braços.

-Qual foi mandada?- tentou se aproximar e quase joguei o controle na cara dele.

-Sai da minha casa caralho! Me deixa em paz e vai atrás da puta da Julia, seu vagabundo de merda!- o filho da puta ainda teve coragem de rir.

-Que bonitinho meu Deus, esperei muito por esse dia de você sentindo ciúme de mim.- tentou se aproximar de novo, agora com um sorriso bobo nos lábios.

-Como você pode ser tão cínico? Estava me traindo a alguns minutos atrás e agora quer chegar perto de mim? Vai te fuder caralho!- o sorriso sumiu dos lábios dele e os olhos ficaram mais escuros.

-Não diz o que tu não sabe, Natacha.- falou seco e eu o olhei debochado.

-Me poupe colega, eu te vi no maior papo com a outra lá.- Rafael cruzou os braços e me olhou sério.

-Tira essas ideias erradas da tu mente, que ela estava tentando ter um papo comigo, mas eu estava resolvendo um bagulho do morro ou tu vai dizer que não viu o rádio na minha mão?

-Me dá teu celular então.

-Não!- falou sério e firme, me fazendo olhar para ele com mais raiva ainda.

-Como é? Ainda tem o caralho da coragem de dizer na minha cara de trouxa que não está me traindo!

-Não vou te dá porque se a gente quiser ter a porra de um relacionamento que de certo e purão, a gente quem que confiar um no outro, mandada. Eu não sou como ele, Naty, se eu tiver que te trair eu me mato antes, filhota!- sorri debochada.

-Engraçado viu, ele falava a mesma coisa e olha aí no que deu.- ele respirou fundo passando as mãos nos cabelos e começou a andar na minha direção, enquanto eu dava passos para trás.

Até que ele conseguiu ficar perto o suficiente e cruzou os braços na minha cintura, me puxando para o peito dele enquanto eu me curvava para trás tentando manter distância.

-Tu tem que superar ele, Floquinho. Eu já tô ligado que tu tá na minha, mas nois só vai ir para frente se tu seguir sem olhar para trás. Além de que eu sou gamadão demais em tu pra fazer uma sacanagem dessa, mas fica sussa que vou te mostrar isso através dos meus atos.

Calada eu estava, calada fiquei. Até porque deixei 50% do meu raciocínio na puta que pariu quando ele me pegou.

-Não vacila comigo, por favor.- falei baixinho com a testa encostada no peito dele e senti o Rafa apoiar o queijo na minha cabeça.

-Tu tem minha palavra que vou tentar ser o melhor todos os dias.

Abracei ele deitando a cabeça no seu peito e fiquei escutando os batimentos cardíacos calmos, me fazendo se sentir segura nos braços dele.

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