-Rafa, já tiveram notícias de quem está atrás de mim?- perguntei assim que colocamos a Luh em um Uber para ir para casa.
-Ainda não, quem quer que seja parou assim que você entrou no morro.- suspirei.
-Quando eu vou ter paz?- perguntei cansada e ele parou me fazendo parar também.
Estamos no meio da rua indo para casa.
-Não fica assim, Floquinho, você sabe que a gente sempre vai está do teu lado para o que der e vinher!- falou mó fofinho olhando pra mim e eu apertei as bochechas dele.
-Você é muito fofinho, Rafa. It malia!- fiz vozinha de bebê e ele gargalhou alto.
-Já já eu te mostro o que é fofo.- falou brincalhão, mas senti um pouco de malícia.
Bati no peito dele e me virei continuando a andar, logo ele me acompanhou.
-Que nojo Rafael!- fiz cara de nojinho e ele riu.- Vai pra boca hoje?- ele negou.
-Meu dia de folga fia.
-Há, acabei de me lembrar de uma coisa. Como que você teve coragem de quase assumir a Júlia, Rafa? Tanta mulher bonita e direita dentro desse morro e tu foi escolher a Júlia?- falei meio repreendendo ele e meio brincando, mas ele simplesmente fechou a cara.
-Quem te disse isso?- perguntou sério e eu o encarei parando de frente a porta da casa dele.
-Não importa quem me disse, e pra que esse estresse todo? Eu hein!- ele suspirou cansado e passou a mão nos cabelos.
-Não quero falar sobre isso ok? Apenas esqueça isso.- dei de ombros e assenti.
-Não está mais aqui quem falou. Aliás, como você vai ficar o dia inteiro em casa vou ficar aqui também, não estou afim de ficar sozi…- sou interrompida por um tiro e logo depois os foguetes são lançados ao céu.
Na mesma hora a mandíbula do Rafa trava e ele pega o rádio, entrando na casa e abrindo o quartinho de armas.
-Quem é Caraí?- ele quase gritou para o rádio e eu entrei no quarto atrás de um colete e armas, mas o Rafael negou com a cabeça e me empurrou para trás.- Tu não vai enfrentar não!
-Sei não sub, nunca vi!
-EU QUERO ESSES CARAÍ TUDO MORTOS E BEM LONGE DA MINHA GOMA!- a voz preocupada e irritada do Felipe saiu do rápido e o Loiro suspirou.
-Eu vou sim, Rafael, já lutei por esse morro um pá de vezes porque não vou lutar mais uma? Me polpe! E sai da minha frente merda que, a gente tá perdendo tempo.- empurrei ele com força, porque convenhamos o moço aqui é pesado.
Entrei no quarto e peguei o colete, uma SCAR e uma MP40, além de duas pistolas e munições.
O Loiro olhou para mim e negou com a cabeça, enquanto terminava de ajeitar as armas. Saímos da casa dele e o mesmo já foi me dando as ordens.
-Fica nas minhas costas, só bate de frente se precisar, não inventa de dar uma de fodona que a gente já sabe disso. Porém fica mec na tua, não sabemos quem está atacando!- apenas assenti achando fofo a preocupação dele.
Embora o mesmo esteja certo, mas não posso deixar de comentar.
O Rafa saiu na frente e logo faz sinal para eu o acompanhar, no rádio o Ret não parava de dar instruções e o Loiro o ajudava enquanto se mantia atento olhando para todo os lados possíveis.
Fomos descendo para a boca principal e ao decorrer do caminho atiramos em muitos que víamos na nossa frente e não era um dos nosso. Porém quando chegamos na boca, eles começaram a recuar me deixando confusa.
-O que aconteceu?- perguntei ao Rafa que, agora tinha sua mandíbula mais travada do que antes e demandava raiva por todo o seu corpo.
-Eles não estavam aqui para lutar, estavam atrás de algo e pelo jeito conseguiram. Quem quer que fosse não queria matar ninguém, tanto que os soldados estão com ferimentos leves.- Ret falou chegando perto de nós e assenti com ele, até porque não tinha outra hipótese, pelos menos eu acho que não.
-O importante agora é saber o que eles queriam!- olhei para o Rafa que parecia está bem longe olhando para o nada, mas continuava com a mandíbula travada.- Colfoi, Loiro? Sabe de alguma coisa e não quer dizer?- falei grossa arqueando uma sobrancelha para ele.
Rafael virou a cabeça lentamente na minha direção e pareceu ter voltado de onde quer que estava e negou.
-Temos que ver o armamento e se algum deles sobreviveram para ver se conseguimos informações.- Ret falou entrando na sala dele junto com o Loiro e acompanhei os dois.
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Passamos quase a tarde inteira tentando ter informações para saber quem invadiu e do que estavam atrás, mas não conseguimos nada. Tudo estava no seu devido lugar, ninguém tinha reclamado de ter perdido nada e me certifiquei que Lucrécia, Mia e o Sammy estavam bem. Então estamos na estaca zero, sem respostas para nada e cansados.
-Aê, vou ralar o pé, do brocado.- Rafa falou se levantando e na mesma hora me levantei.
-Vou contigo, Loiro. Tô quase desmaiando de fome. Tchau, Ret!- e me apressei em sair da sala.
Tudo bem que eu perdoei ele e tudo, mas não me sinto confortável em ficar sozinha com o mesmo. Rafael veio logo atrás de mim e negou me olhando.
-Nem fala nada beleza?- ele levantou as mãos em forma de rendição e eu dei uma cotovelada nas costelas dele.
-Não bate que eu devolvo.- revirei os olhos e continue descendo.- Tu vai pra onde?
-Na lanchonete da dona Eliza, por que, vai pagar pra mim?- ele gargalhou alto.
-Vai me dá o que em troca?- arqueei uma sobrancelha e cruzei os braços.
-Minha ilustre presença, que coisa melhor?- ele arqueou uma sobrancelha sugestivo e neguei enquanto ria. -Sai dessa, Rafael, sou muita areia para seu caminhãozinho.- ele apenas riu negando com a cabeça e não demorou muito para a gente chegar na lanchonete.
E com muito bico e manha, consegui que ele pagasse a conta. Fazer o que? Tenho que aproveitar as vezes!
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Envolvida✔
Ficção Adolescente+16 Cinco anos haviam se passado desde que Natacha foi presa, e agora o que queria era apenas voltar para casa e para o aconchego de seus familiares; retomar a vida de onde parou ao lado do marido e do melhor amigo. Só não esperava que o mundo tives...