Rosalie Aubry é uma mulher nada fácil de se lidar ou entender, o que tem de teimosia tem de conquistadora nata. A francesa de olhos negros com a lista grande de corações quebrados e um imenso ego, terá como a perdição um americano desde sua primeira...
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Todos estavam sentados à bancada da cozinha conversando entre si enquanto tomavam o café da manhã e eu fazia o café de fato, infelizmente essa tarefa sempre sobra para mim, não tenho culpa se tudo o que faço é perfeito. Mas faltava Hillary que saiu cedo e mandou não deixar a cozinha com cheiro de café ao acabar e Rosalie que não deu um mísero sinal de vida.
Ela não apareceu direito desde nossa conversa ontem, talvez por ter sido abatida por alguma memória raças a minha curiosidade ou pelo plano sugerido, parecia que seu cérebro havia travado completamente com os sujeitos, há algo muito errado entre ela e eles. O que me faz querer entrar mais a fundo nessa história principalmente pela forma como Sparks tratou esse assunto, e sim esse sempre foi um grande problema meu.
A curiosidade sempre me foi um grande mal e foi ela quem me trouxe até essa vida, até aqui e é quem me impede de querer sair. Desde moleque me metia em grandes furadas e com pessoas "complicadas" graças ao misto de curiosidade e teimosia, quem me visse pensaria que seria apenas uma fase de criança, mas isso me perturba até hoje.
— E esse café sai hoje ainda? — Isaac perguntou me fazendo voltar dos pensamentos.
— Se perguntar mais uma vez vou coar ele quente em você — resmunguei e acabei por receber um sorriso debochado de canto.
— Chefes de cozinha são realmente chatos — Lady comentou com a boca cheia de tangerina.
— Isso que faz com que a comida fique boa, docinho — mandei-lhe uma piscadela.
— É o que veremos chefe Blake — respondeu de mesma forma.
— Eu realmente espero que o café seja bom porque não quero estar esperando a toa.
— Acreditem o café desse infeliz é divino — James murmurou farto.
— Naquelas... — Dean falou me fazendo parar de tampar a garrafa e o encará-lo mortalmente.
Ele está zombando do meu café ou eu estou ficando louco? Pode falar que minha casa é uma zona, pode me falar dos meus projetos mecânicos, mas não fala da minha comida.
— É o quê?
— Nada chefe.
— Hum.
Levei a garrafa para a bancada e deixei que elas se servissem primeiro para dar a opinião, e só pelo rosto já tive minha resposta. Janne era mais precisa em apreciar o café, desde o cheiro até os míseros últimos segundos do sabor que lhe fizeram dar um grande sorriso de prazer, e Lauren arregalou seus olhos azuis intensos paralisada com algo e um murmúrio seguido de um sorriso.
