Rosalie Aubry é uma mulher nada fácil de se lidar ou entender, o que tem de teimosia tem de conquistadora nata. A francesa de olhos negros com a lista grande de corações quebrados e um imenso ego, terá como a perdição um americano desde sua primeira...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Rosalie Aubry
Adentrei o quarto com o número "9" gravado e pude sentir a preguiça me consumir por inteira apenas em pensar que precisaria organizar as roupas e brinquedos de Agatha para levar à casa de Adam.
Entretanto, essa se esvaiu assim que meus olhos filtraram o cenário, parecia que um furacão passou pelo quarto deixando-o uma bagunça significativa e que não me recordava. Parte de mim estranhou e foi coberta por um desconfiança sensível, todavia cogitei a ideia de que poderia ter passado despercebido em algum momento.
Cautelosamente segui pelas coisas espalhadas e comecei a uni-las em diferentes lugares do quarto para as separar, não me recordava que ela tinha tanta coisa por aqui, mas em uma bagunça parece que tudo aparece.
Me dirigi ao guarda-roupa quando tive acesso, mais uma vez fui abatida por um pressentimento estranho ao ver tudo bagunçado, Agatha não deixa suas roupas assim, ela é tão cuidadosa que me sinto lisonjeada por ter puxado algo de mim. Me coloquei a separar as roupas e dobrá-las, em uma tentativa frustrada de afastar os pensamentos paranoicos, porém como instinto de mãe não falha, eu estava certa.
Entre as roupas encontrei papel rasgado e destinado diretamente para mim pela escrita e palavras que continha.
"O sonho da princesa um dia acaba"
Foi o suficiente para o meu estado de calma desaparecer e o papel ser amassado em minha mão. Quase inconscientemente saí do quarto com a visão vermelha, meu corpo se direcionava automaticamente ao culpado que estava na cozinha conversando devassa e animadamente com pessoas que não me dei ao trabalho de identificar.
Meu único ímpeto foi virá-la e estalar um tapa em seu rosto, indo parcialmente contra o aconselhado por Hillary, afinal poderia ser muito pior por exemplo acertar seu belo rosto na mesa ou desferir um soco em seu nariz empinado.
— O que você queria no quarto de Agatha? — inquiri entredentes como uma forma de controlar qualquer impulso.
— Apenas estava curiosa para ver o que escondia lá.
— Revirando tudo? Poupe-me de desculpas infantis, Lindsay! O que você quer agora? Atenção?!
— Você não pode provar nada — certificou indiferente.
— E isso é o quê? — Mostrei-lhe o papel com sua caligrafia, seus olhos arregalaram por instantes e sua respiração mudou, ela iria fazer uma cena.
