Rosalie Aubry é uma mulher nada fácil de se lidar ou entender, o que tem de teimosia tem de conquistadora nata. A francesa de olhos negros com a lista grande de corações quebrados e um imenso ego, terá como a perdição um americano desde sua primeira...
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Rosalie Aubry
Adentrei minha casa como se fosse para uma guerra, meu sangue já estava começando a ferver e eu não precisava de grandes motivos para isso, bastava o nome "Lindsay" ter sido pronunciado em meu telefone sequenciado de "Agatha" e "casa". Alice avisou que uma estranha mulher loira adentrou a casa por ordem de algum Sparks e utilizava o local como se fosse seu, para piorar Agatha ficou repentinamente quieta na presença da mulher, vulgo a vadia loira, Lindsay.
Era domingo e eu poderia estar na casa principal tratando do novo caso que estava envolvida pela morte de meu cliente e algumas questões envolvendo a ASSA, enquanto Alexa fazia uma análise minuciosa sobre os papéis que enviei do cofre de Washington, para ter dias livres com Agatha. Porém, para meu belo azar, a vida me trouxe esse encosto de Sparks.
— O que você quer aqui? Não estava desaparecida? — interpelei assim que a encontrei em minha sala de descanso.
— Olá Aubry, muito bom retornar — cumprimentou sentando-se em meu divã. — Como está doutora? Vejo que não é mentira sobre seu status e poder aquisitivo, mas seus gostos não me são favoráveis, por que não mudamos...
— Primeiro, você não deveria estar aqui; segundo, você não vai mudar nada por aqui; terceiro, me responda como voltou e ainda para minha casa.
— Para felicidade de muitos fui resgatada e trazida de volta, para sua tristeza minha tutela está com seu grupo — elucidou me estirando um envelope azul. — As ordens para minha proteção estão aí.
— Sinto dizer, mas sua proteção comigo será confinada do outro lado do mundo.
Tomei o envelope e rapidamente li, parecia que cada palavra era um tiro contra meu estômago. Minhas únicas conclusões foram, eu vou matar Khalil Kadafi depois desse "presente"; eu odeio William e seu amor pela sobrinha insuportável, pior me colocando como responsável pela recepção e "cuidado" deste ser que tem purpurina ao invés de um cérebro, até que esteja segura; e por último, eu só posso estar amaldiçoada.
— Ah, só pode ser algum tipo de castigo divino, cósmico ou ancestral — exprimi como um animal raivoso.
— Então, qual o meu quarto, Aubry?
— Você não ficará em minha casa e espero que nada falte por aqui, ou farei você engolir — asseverei me aproximando da mulher com pose arrogante e altiva. — Pegue suas coisas e vá para o carro agora, nós vamos para a casa da equipe.
