Capítulo XXIV - II

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×Não me utilizei de detalhes, pois é um tema muito delicado e pesado.

×Contém gatilhos.

×Vamos conhecer um pouquinho Janne Gree, Venus.

×Não se esqueçam da estrelinha e comentários, boa leitura!

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Rosalie Aubry

Tirei os saltos e me aproximei de Janne lentamente, ela estava encolhida olhando para a televisão desligada que a refletia, tomei sua mão e sinalizei que se levantasse e viesse comigo ao banheiro. A despi e levei até a banheira cheia de água quente e com essência de camomila, que por sinal fiz Ethan procurar por todo o hotel.

Arrumei a saia do vestido deixando-o para trás e sentei-me no espaço de azulejo que tinha nas bordas da banheira. Comecei a banhá-la, lavei seu cabelo com o chuveiro que acompanhava a banheira e a água carregada de camomila, enquanto cantava-lhe quase inconscientemente uma música calma.

Eleanor fazia isso comigo quando era criança, talvez um dos únicos momentos que eu poderia sentir seu carinho sendo verdadeiro e sem qualquer limite. E repeti isso com Agatha, quando era um bebê e não conseguia dormir, estava inquieta ou com dor.

— A culpa foi minha não foi? — inquiriu com vacilo em voz.

— Hum?

— Eu não deveria ter bebido tanto, nem ter saído sozinha e muito menos assim... — afirmou duramente. — Eles queriam me castigar por isso... papai sempre disse que me castigariam por ser assim, ou pelas roupas, por beber como uma mulher não deve fazer... 

Parei de pentear seu cabelo com os dedos e apertei seus ombros, aquelas palavras me cortaram e irritaram. É terrível a forma como atos brutais e nojentos são romantizados e aceitos pela sociedade, tão aceitos e naturalizados que as vítimas precisam se colocar como agente causador do ato e conviver com isso, sejam homens como a história retrata ou mulheres marcadas até os dias atuais. Como ainda ditam como devem se vestir ou se portar, e que muito é corrigido com tais ações.

— Vítima nenhuma tem culpa dos atos de alguém sem escrúpulos , Jay — comecei retornando de meus pensamentos. — Roupa não justifica assédio ou abuso, cor ou etnia também não, a preferência sexual, muito menos a forma como a pessoa fala ou anda — expliquei como se estivesse falando com uma criança. — "Não" é "não", seu corpo é seu limite, seu templo e não palco para mãos sujas de pessoas sem o mínimo de caráter, pessoas nojentas e que deveriam ter punições maiores sobre seus atos.

Perigosa Atração - Duologia Volúpia  - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora