Capítulo XXII

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Rosalie Aubry

William me inspecionava ponto a ponto do rosto, me fazia abrir e fechar a boca, abaixar e levantar a cabeça, procurava algo em meus olhos e ouvidos, até mesmo testava se alguma parte minha doía ou se meus reflexos estavam funcionando. Parecia mais um pai desesperado do que o dono de uma grande agência que estava lidando com a líder de um grupo, que já foi até torturada.

— Eu estou bem Will! — afirmei segurando suas mãos e tirando-as de meu rosto e colocando a bolsa de gelo. — Foi só um tapa.

Ele segurou e engoliu o que iria dizer, suspirou e apoiou os braços ao meu lado na mesa. Estávamos na sala há uns cinco minutos, eu sentada sobre sua mesa balançando as pernas como uma criança e ele continuava preocupado comigo em mesma intensidade, enquanto estava com o rosto pouco cortado e os punhos machucados.

Seus olhos encontraram os meus e então pude ver o que jamais vi. Os olhos pretos estavam carregados de fúria e ódio e algo que eu nunca iria desvendar, mas me parecia dor. Seu olhar era intenso demais para mim e chegava a ser desconfortável, era o tom do velho William Sparks, o homem que antes de herdar o ASSA era um agente que foi criado para ser uma máquina de matar assim como eu.

O homem que de acordo com o que dizem matou tanta gente que foi impossível de contar, tinha as piores torturas e nenhum tipo de dor ou remorso, o que era totalmente descontrolado e matava com as próprias mãos por ódio. O homem que levou anos e anos para canalizar toda a raiva para jamais soltá-la de uma vez novamente, ou perder a cabeça.

Ele estava procurando um ponto de paz, uma âncora de luz o qual não o abandonasse, estava a procura disso em meus olhos. Procurando uma forma de não se tornar o que era justo no monstro que ajudou a criar, na sua semelhança, chega a ser cômico.

— Me desculpe — pediu firme como um soldado.

— Não foi culpa sua, mas sim minha — assumi.

— Não é por isso. — Seus olhos desviaram dos meus como se eu pudesse ler sua mente.

— É pelo o que fez...

— Você não entenderia pequena. — Acariciou meu rosto. — Espero realmente que me desculpe. — Tomou minha mão desocupada e a beijou.

— Will?

Ele se afastou e buscou pela caixa de primeiros socorros para se limpar e fechar o corte em sua testa, e desci da mesa o seguindo. Ele desviava de mim como quem esconde ou foge de minha criança curiosa em seu pé.

Perigosa Atração - Duologia Volúpia  - Livro IOnde histórias criam vida. Descubra agora