20. ɴᴀsᴄᴇʀ ᴅᴏ sᴏʟ

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MADELINE COLLINS

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MADELINE COLLINS

一 Veremos se não, caipira. - digo e saio dali, sorrindo ao notar que Daryl deu um curto sorriso.

(...)

Voltei para a varanda da casa e me sentei nos degraus. Soltei um suspiro e olhei para cima, admirando a noite estrelada e limpa que estava.

Ouvi a porta atrás de mim se abrir e me virei para trás, vendo quem se aproximava. Levantei e fiquei de frente para Carol, desviando um pouco o olhar dela.

Desde o último ocorrido, nos ainda não havíamos conversado. Na verdade, eu estava evitando esse momento, por que não saberia muito bem o que dizer com a mulher.

一 Só queria dizer que... - Carol começou, mas parou, para respirar fundo. 一 Que eu não te culpo por nada. - ela diz, dando ênfase na palavra. 一 Depois do que Shane te diz hoje pela manhã, o modo que você que ficou, achei que deveria deixar isso claro para você.

一 Isso, de certa forma, me aliviou um pouco. - dei um sorriso de lado, que foi correspondido por Carol. 一 Achei que você não iria querer olhar mais na minha cara ou... me odiaria para sempre. - digo, dando de ombros.

一 Nunca faria isso. - ela diz, se aproximando mais um pouco e com lágrimas nos olhos. 一 Sei que você fez de tudo para protegê-la e, só isso, já me faz gostar de você. - a mulher sorri. 一 Será que eu poderia... te dar um abraço? - concordei com a cabeça, um pouco sem jeito.

Carol se aproximou e me abraçou. Demorei um pouco, mas logo correspondi o gesto. A mulher me soltou e vi que ela ainda segurava as lágrimas.

一 Acho que você tem, oficialmente, uma nova amiga. - ela diz, dando uma pequena risada e aliviando o clima.

一 E me deixa feliz, saber que é você. - digo, dando um sorriso.

Me despedi dela, que estava indo para sua barraca deitar, e entrei na casa. Dale e Andréia estavam na sala, junto com Carl e Maggie. Me deitei de qualquer jeito na poltrona, colocando a crossbow no chão.

一 Mads... - me virei para Dale, esperando que o mesmo continuasse. 一 Está preocupada com Glenn? - ele pergunta, me fazendo suspirar.

一 Estou. - digo, olhando para o teto. 一 Mas, se tem alguém que pode sobreviver lá fora, - olhei de novo para ele. 一 esse alguém é o japa. - completo, sorrindo.

Eles riram um pouco, concordando comigo, e logo voltaram a conversar entre si. Olhei para Carl, que já me olhava, e ele me fez um sinal para sairmos dali. Levantei, pegando minha arma, e segui o garoto até a varanda.

一 Onde vamos? - perguntei, vendo que ele descia os degraus, indo para a lateral da casa.

一 Vou te mostrar um lugar. - ele diz. Dou de ombros e volto a segui-lo.

Paramos em frente de uma escada, onde Carl logo começou a subir. Olhei confusa para ele e esperei o mesmo chegar no topo.

一 Você não vem? - Carl perguntou, me olhando de cima.

一 Ainda não entendo... - digo, enquanto subia a escada. 一 Por que você... - paro de falar, assim que chego no topo. 一 ...me chamou aqui. - completo, em tom baixo, hipnotizada com a vista. 一 Uau!

一 Senta aqui, o sol já vai nascer. - Carl diz e eu me sento ao seu lado no telhado.

A vista era o horizonte distante da Fazenda. Mesmo que ainda seja um pouco noite, a paisagem era linda. Aquela imagem nos fazia esquecer que, um pouco mais à baixo - no meio de todas aquelas árvores -, o apocalipse estava acontecendo.

一 Como encontrou esse lugar? - pergunto ao Carl, que olhava o horizonte distraído.

一 Foi bem quando chegamos na fazenda. Eu queria ficar sozinho, então resolvi vir para cá. - ele completa, suspirando um pouco. 一 Mads, na verdade eu te chamei aqui por que...

一 Porquê...?! - incentivei Carl a continuar, quando o mesmo parou de falar.

一 Preciso te dizer uma coisa. - ele suspira. 一 Eu gosto de você. - Carl diz rápido, me deixando sem reação. Antes que eu dissesse alguma coisa, ele continuou. 一 Achei que fosse só amizade, mas não é. Descobri isso quando você levou aquele tiro e achei que te perderia. E eu descobri que não posso. - ele se vira um pouco, me olhando nos olhos. 一 Eu gosto de você Madeline. E mesmo que não seja recíproco...

一 É recíproco. - digo, antes que ele continuasse. 一 Eu também gosto de você, Carl. - continuo, desviando um pouco o olhar. 一 Gosto muito. - completo, sorrindo de lado.

Carl também sorriu. Ele olhou para minha boca e começou a se aproximar lentamente. Também me aproximei e, quando vi, já estávamos com os lábios colados um no outro.

O beijo era calmo e um pouco desajeito, mas era especial. Carl segurava meu rosto com delicadeza e me puxava para mais perto. Quanto paramos, olhamos um para o outro, com as bochechas vermelhas e os lábios inchados.

一 Isso... isso foi bom. - Carl diz e eu dou um sorriso. 一 O momento foi perfeito. - ele diz, se virando para o horizonte.

Fiz o mesmo. O sol estava começando a nascer. O céu cor de laranja, os pássaros e a brisa leve deixou tudo ainda mais especial.

一 Quer namorar comigo, esquentadinha? - olhei para Carl, sorrindo.

一 Quero, mini xerife. - digo, batendo na ponta do seu chapéu.

Carl me abraçou de lado e eu deitei a cabeça em seu ombro. Ficamos ali, juntos, vendo o dia acabar de amanhecer, esquecendo - por meros segundos - da bagunça que o mundo e nossas vidas estavam.

 Ficamos ali, juntos, vendo o dia acabar de amanhecer, esquecendo - por meros segundos - da bagunça que o mundo e nossas vidas estavam

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N/A:

Desculpem qualquer erro.

Na minha cabeça, quando eu estava escrevendo, esse pedido de namoro ficou fofo...

E eu espero que tenha ficado mesmo k :')

Bom, até o próximo capítulo, onde as coisas vão começar a pegar fogo. 🌚❤

(Tenho que parar de falar isso, porque toda vez pega fogo mesmo KKKKK)

xau

Fiquem à salvo. 🧟‍♀️🧟‍♂️

𝗯𝗼𝗿𝗻 𝘁𝗼 𝗵𝗲𝗹𝗹 ↯ c. grimesOnde histórias criam vida. Descubra agora