17.Josh

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— Então eu mandei você cuidar dela, e você vai pra cama com ela seu imbecil.

— O que ? - Acordo perdido e assustado com as almofadadas na cara, sem entender porque Heyoon está brava e me batendo, eu não fiz nada dessa vez.

— Fala baixo, vai acorda a Any. - Ela finalmente para de me bater mas continua a me encarar brava. — Eu não posso acreditar Josh, ela tá doente seu pervertido.

Demoro segundos pra me tocar sobre o que Heyoon estava insinuando. Eu estava sem camisa por que Any a molhou de suor quando dormiu no meu colo lá embaixo antes de eu traze-la pro seu quarto.

Tiro a perna pra fora mostrando que eu estava de calça e Heyoon suspira aliviada.

— Eu sei me controlar okay. - Me sinto um pouco culpado de lembrar que eu quase cedi mais cedo quando Any tirou a roupa sentada em meu colo.

— Ela comeu alguma coisa ?

— Não.

— Joshua.

— Eu tentei a todo custo mas ela não quis. - Estamos conversando por sussurros.

— Solta ela e desce que tem gente te esperando lá em baixo. - Só percebo agora que eu estou agarrado no corpo de Any, nosso corpo inteiro grudado e meus braços a segurando como se houvesse algum perigo dela cair da cama.

— Já desço. - Heyoon assente e sai do quarto.

Puxo de vagar meu braço de baixo do corpo de Any tentando não acorda-la, seguro sua cabeças quando ela quase sai do travesseiro depois desgrudo aos poucos e lentamente nossos corpos, mesmo assim ela estremece.

— Onde você vai? - Any pergunta sonolenta.

— Fugir antes que você acorde. - Ela ri mesmo sem abrir os olhos. — Eu já volto, tão me esperando lá em baixo.

— Quem?

— Não sei. - Visto a camisa novamente. — Daqui a pouco descubro

Sento na beira da cama ao seu lado e tiro todo o cabelo que cobria seu rosto, puxo a coberta mais pra cima ao sentir sua pele gelada, o que significa que a febre passou e aproveito acareciar suas bochechas.

— Como você tá?

— Tô bem melhor. - Any abre os olhos e sorri fraco. Acredito nela, sua cor ainda não voltou mas acredito que seja por falta de comer, seus olhos não estão mais vermelhos e o roxo que estava em volta sumiu.

— Pode me chamar qualquer coisa. - Abaixo o tronco até conseguir encostar meus lábios em sua bochecha e deposito ali um beijo. Any se arruma na cama um pouco mais pro meio e volta a dormir.

Jogo uma água no rosto antes de deixar o quarto.

Estranho ao ver os cabelos loiros inconfundíveis da minha irmã por cima do encosto do sofá.

A sua e a risada de Heyoon ecoam baixo no comodo. Sina tem a risada mais gostosa que já conheci, fazia muito tempo que não a escutava assim tão natural e verdadeira.

— Sina? - Mostro minha presença e o sorriso que estava em seu rosto some instantâneamente ao me encarar.

— Fui na sua casa e você não estava. Noah falou que eu ia te encontrar aqui. ‐ Sina diz séria.

— Eu vou esquentar alguma coisa pra Any comer. - Heyoon passa por mim nos deixando sozinhos.

— Precisa de alguma coisa ? - Me aproximo dela.

— Eu só não queria ir sem me despedir de você, já que ainda somos irmãos. - Sua voz soa como se ela tivesse outra escolha não teríamos nascido do mesmo útero.

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