Não é dita uma palavra a um certo tempo já. Eu e Noah estamos sentados no chão lado a lado, suando ambos sem camisa, cada um com uma cerveja na mão encarando o que era pra ser um berço e um armário das princesas.
Sina voltou, e trouxe junto com ela o serzinho mais incrível e fofo que eu já conheci.
Abri a porta a dois dias atrás e lá estava a loira e sua miniatura dormindo em seus braços.
Esperei que nem um bobo por quase uma hora ao lado da cama até a pequena acordar, e quando isso aconteceu eu não fazia ideia de como agir, nunca convivi com crianças não levo jeito algum. Fui surpreendido por um abraço e algo como "Tio osh" saindo de sua boca, e como não permetia a muito tempo eu chorei e nem se quer sei o motivo, só posso dizer que a baixinha mexeu comigo.
Sina disse que não precisava de tudo isso que eu e Noah estamos tentando fazer, "Ela sempre dormiu na cama junto comigo é perda de tempo" Mas insisti, é minha forma de me redimir pela culpa que sinto de Sina ter passado por isso sozinha, e de mostrar que eu a quero realmente aqui.
— Você queria martelar um parafuso. - Quebro o silêncio debochando de Noah.
— É senhor sabe tudo, tá tudo montadinho né, você sabe exatamente o que está fazendo. - Nós dois rimos.
Três toques na porta fazem nós nos encarar pra ver quem vai abrir, perco no impar par então desço as escadas com toda preguiça do mundo.
Abro a porta e quase levo uma porrada com um copo de café na cara.
— Deculpa, eu tentei ir eu juro que tentei ir. - Puxo o braço de Any que segura o café na frente dos meus olhos pro lado pra conseguir enxerga-la.
— Tá tudo bem morena. - Ela não acredita na minhas palavras. — Eu gostaria que você tivesse lá, mas eu entendo, de verdade.
Pessoas adultas e seus compromissos. Talvez por isso a história do Pequeno príncipe me encante tanto, o principezinho é uma criança diferente das outras não quer crescer porque entende quão chato uma pessoa adulta é.
Não estou bravo com Any, mas entendo ela pensar que estou, ignorei duas chamadas dela no dia seguinte do jogo, fiquei magoado por um dia inteiro não com ela especificamente mais com a situação. Saimos da final vencedores, foi só festa, mas além dos caras do time não tinha mais ninguém lá pra me dar um abraço e comemorar vitória.
Sentimento passageiro, todo mundo tem suas vidas não posso esperar que parem seus afazeres por mim.
Nesses momentos que as palavras da minha mãe sobre encontrar alguém fazem um pouco mais de sentido.Mas como eu disse durou só vinte e quatro horas, não é grande coisa.
— Por que me ignorou então ?
— Tava um pouco ocupado. - Any me afronta. — É sério. Vem, eu vou te mostar.
Ela entra espera eu fechar a porta e me oferece novamente o café, dessa vez sem quase me nocaltear e eu aceito.
Seguro sua mão a fazendo subir de vagar as escadas pra não fazer muito barulho, ando até a porta do meu quarto e abro de vagar, Any suspira ao ver a mini pessoa dormindo na minha cama.
— Won você teve uma filha. - Ela anda na ponta dos pés até a cama. — Como foi o parto? Doeu muito? - Any sussura me fazendo rir. — Quieto vai acordar a menina.
— Culpa sua.
— Sina fez um ótimo trabalho. - Any senta na cama obsevando Nicole.
— Sabia que Sina tinha voltado? - Any assente.
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Uma Noite De Mentiras
FanfictionEssa história é original do wattpad, se você está lendo em qualquer outra plataforma é plágio e você corre o risco de perder seus dados. "-Isso acontece quando há uma noite da mentira." Você finge ser namorada do seu melhor amigo por uma única noite...