Conversas de apaixonados.
— É um prazer, Anne — Rick me encara.
— Igualmente.
Pego minhas coisas e seguro na mão de Gilbert.
— Blythe eu preciso falar com você.
— Até breve — Rick sai depois de mais um sorriso.
Realmente, o garoto novo era uma coisinha linda.
— O que foi Anne?
— Cuida dos meus materiais. Eu já volto, é sério.
Dou minhas coisas pra ele e saio correndo em direção ao banheiro. Assim que bato a porta, olho para meu bumbum no espelho. Graças a Deus.
Não tinha nada. Logo que me certifico, e me protejo, volto para o corredor onde eu deixei um belo garoto a minha espera com um olhar curioso e uma mente enciumada.
Acha que eu não notei o sarcasmo em sua voz ao falar "Anne com E"? Bobinho.
Por isso eu segurei em sua mão.
Passar um tempo longe dele só me deu uma certeza: eu estava apaixonada por ele. E eu contaria assim que tivesse uma oportunidade.
— E então, Anne? — ele me encara assim que me vê caminhando com passos desconcertados.
— Era uma emergência — ergo os ombros — meninas, tem emergências.
Ele da um sorriso ladino.
— Tudo bem, o que quer conversar?
Antes que ele continue, lhe dou um abraço. Eu não estava lá quando tudo aconteceu, mas eu estava agora. Se ele precisasse de um ombro para chorar.
— Você não precisa — ele diz.
— Já fiz, Blythe.
Um de seus braços me enlaçam. O outro estava ocupado segurando minhas coisas.
— Sinto muito, espero que consiga superar essa dor, estou aqui para você, como você esteve para mim quando o Matthew estava naquela situação.
— É muito bom tê-la comigo, Anne.
Nós nos desgrudamos. Eu pego minhas coisas e enquanto caminhamos juntos para a próxima aula, que era na mesma direção eu me lembro de novo do assunto que eu tinha para tratar com ele.
— Quase me esqueci de novo!!!
— O que foi?
Desvio os olhos para ver se tinha pessoas muito próximas. Ninguém.
— Lembra daquele dia na sala do Sr. Philips? Eu conversei com Prissy e disse que minha boca seria um túmulo. Espero que a sua também.
— Você está pedindo para que eu não conte a ninguém, é isso?
Assinto.
Ele da um sorriso, aquele em que o masseter contrai e você se sente hipnotizada, aquele sorriso tóxico que te prende e você não consegue desviar.
— Eu não sou um fofoqueiro, ruivinha.
Antes de entrar na sala eu paro, e lhe dou um beijo na bochecha. Torno a olhá-lo, seu rosto estava ruborizado e seus olhos iluminados.
— Obrigada, Blythe.
. . .
— Rick Galle definitivamente é um deus destronado — diz Cole se juntando a nós — vocês tinham que vê-lo no teatro.
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CRUSH - SHIRBERT
Fanfiction* Concluída * Anne está no auge dos seus dezesseis anos, sua vida está caminhando conforme o que ela planejou. O que ela não sabia, era que na noite da festa a fantasia, ela se apaixonaria por um garoto. Gilbert Blythe, dezoito anos, Youtuber, nam...