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Uma boa notícia.

Entro em casa eufórica depois de escolher repentinamente a música da minha apresentação. Meu coração estava acelerado e apesar de tudo que estava acontecendo, ainda me sentia motivada para um dos melhores momentos de minha vida.

Eu já estava deitada prestes a pegar no sono, quando recebo uma mensagem. Por causa de Diana, deixei o celular no volume máximo, queria estar ciente de qualquer alteração.

Cole:
Adivinha só quem vai ir para Avonlea essa semana?

Anne:
Cole!!! Sério mesmo? Fiquei sabendo que você ia para a nova Escócia, e não foi por você que eu soube.

Cole:
O amor não estava na Grécia!

Anne:
E Galle vem também?

Cole:
Ele estará em algumas reuniões... E eu não posso simplesmente me esquecer de Diana. Ela precisa de todo meu apoio.

Anne:
Eu também preciso do seu apoio... Estou tão triste.

Cole:
Tudo ficará bem. Agora descanse e não se esqueça. Eu te amo.

Anne:
Eu também te amo, Cole.

. . .

Dias depois

(Narrador)

Anne estava cem por cento focada em sua vida e em Diana, que sequer teve tempo de organizar a sua vida amorosa, tudo estava uma bagunça. Cole estava prestes a chegar, ela tinha que terminar a apresentação das suas alunas, estudar para as provas da faculdade que estavam próximas e ensaiar constantemente até obter a perfeição.

Estava em sua última tentativa, era notório o amor em sua dança, ela se entregava de uma forma contagiante e inexplicável, de uma maneira tão intensa que era incapaz de se atentar a sua volta. Assim que a música encerrou, e ela se jogou no chão, e então finalmente notou que estava sendo observada.
Ergueu o tronco apoiando-se nos cotovelos, e olhou para a porta onde estático, encontrava-se Gilbert Blythe.

Anne se sentiu tomada por um sentimento profundo, que fluía de dentro de sua alma. Permaneceram se encarando por instantes até que por fim ele decidiu quebrar o silêncio, dizendo:

— Me perdoe ser tão invasivo — suspirou — mas eu simplesmente não consegui desligar meus olhos de você nem por um segundo, foi divino.

Anne soltou o ar com ímpeto, agora sentada, ainda sendo observada por ele que se apoiava no batente da porta.

— Que bom que gostou — ela sorriu ladino — mas ainda sinto que não está cem por cento.

— Como pode dizer isso? — ele solta o ar pelo nariz — soa até como uma ofensa a quem se esforça muito e não chega nem na metade.

— Está dizendo isso porque... — ela pausa.

Não poderia dizer "porque me ama".

— Por que? — ele diz sugestivo caminhando até ela.

— Porque está tentando me agradar.

CRUSH - SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora