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Uma reconciliação calorosa.

(Atenção, esse capítulo contém cenas hot. Se você não gosta, desculpe kakaka. Vai ter que ler, brincadeira, a escolha é sua) 💙

Cruzo a porta do quarto, e Gilbert estava lá, parado de costas, encarando uma pintura que se estendia do centro da parede até parte do chão. Seu corpo estava turvo, como se ele estivesse cansado. Eu imaginava, sequer sabia o que estava acontecendo com ele, certamente a noite seria um marco.

Ele se vira, encarando-me, seus olhos verdes com manchas castanhas, agora pairavam sobre mim, e brilhavam intensamente como se tivesse roubado toda a luz do sol.

— Você está linda essa noite, Anne — ele falou suavemente, seu maxilar se contraiu e ele se manteve encarando-me.

Meu coração perde uma pulsação a medida que meu cérebro repete aquele movimento. Eu seria incapaz de odiá-lo, independente do que fizesse, eu sempre amaria Gilbert Blythe. Me aproximo, sentindo ainda mais forte as batidas de meu coração.

— Galle é uma pessoa boa — confessa coçando a nuca, como se fosse obrigado a dizer aquilo — eu não posso odiá-lo sabendo que a convenceu a vir até aqui.

— Eles são bons com palavras, digo... Cole, Diana, Margot e ele. Suspeitaram de tudo.

— E com razão, pensei que eu não conseguiria falar com você. Estava me corroendo por isso, não aceito vê-la sofrer.

— Fez isso por Prissy não é? — pergunto.

— Fiz isso por você Anne, você pediu para que eu não contasse a ninguém, e Winifred sabe, eu não sei como.

— Fui chantageada Gilbert, mas quero que saiba que eu nunca em hipótese alguma senti algo por Roy. E aquele beijo, foi armado, ele sabia que você estava lá e eu nem queria beijá-lo. Algo dentro de mim sempre suspeitou que o garoto fosse você, eu sonhava com você, sentia o gosto do seu beijo, o hálito de cereja refrescante, a música...

— Eu sempre soube, desde o dia que a acusei na lanchonete. Os olhos... Jamais me esqueceria de um olhar tão genuíno.

— Não posso deixar de lembrar que mesmo assim pediu a Queen Bee em namoro.

— Todo mundo comete erros.

— E que erro — o encaro.

Ele me puxa, suas mãos desenham minhas curvas enquanto seus olhos estão fixos nos meus.

— Tentei imaginá-lo casado com outra, mas fui incapaz de imaginar tal situação.

— Meu Deus Anne, você chegou a me imaginar casado?

— É óbvio.

— Só me casarei um dia, se for você. Somente você, e mais ninguém.

— Temos um problema. Um problema grande.

— Saiba que eu sequer pensei em encostar nela, ao contrário. Estou a evitando tanto que ela não está conseguindo lidar com isso, deve estar realizada enquanto dança com Galle. Certamente está arrependida demais por me sujeitar a isso.

Deslizo a ponta dos dedos em seu maxilar.

— Desculpe por não dizer antes, eu estava em choque com tudo que havia acontecido, e vê-lo com ela, só alimentou minha ira.

— Não vamos falar agora, ruivinha.

E então ele me beija, nossos lábios fixam como nunca antes, lembro-me das sensações que senti no dia da festa, o coração acelera, as veias congelam, as borboletas brincam na boca do estômago.

— Não quero parar — ele diz roçando os lábios nos meus.

— E não vamos parar, Blythe.

Imediatamente ele me puxa, suas mãos descem mais um pouco, ele me ergue. Os beijos se tornam menos intensos, contudo, o desejo de torna ainda mais enérgico. Sua boca, faz o caminho até meu pescoço e ele me beija carinhosamente.

— Eu precisava disso — ele fala.

O calor se torna incessante, os toques o acompanham, cada vez mais ousados, cada vez mais baixos.

— Está ficando calor aqui — falo.

Ele sorri enquanto morde o lábio inferior fazendo o charme do Blythe.

— Não faça isso, é extremamente sexy.

Ele faz de novo.

Passo as mãos para dentro de sua camisa, sinto o calor do seu corpo em minhas mãos, ele sobe meu vestido, fez o contorno de meu quadril, enquanto sobe as mãos com descrição até pousar na parte inferior do meu seio.

Atrevido.

Tiro o vestido.

— Não quero que se sinta obrigada a isso.

— Eu não quero obrigá-lo a fazer isso.

Ele me leva até a cama.

Que bom que era o quarto de visitas.

Sua boca percorre meu corpo enquanto sua mão aperta minhas regiões mais carnudas. Ajudo-o a tirar a camisa.

Ele me puxa, me beija, me envolve.
O encaro de cima, meus cabelos estão em seu rosto enquanto ele acaricia minhas costas.

— Não pensei que uma reconciliação seria tão recompensadora.

— Não fizemos nada.

De fato. Ainda estávamos com as roupas debaixo, apesar de extremamente envolvidos a fazer mais que isso. Eu já havia enxergado muito mais do que já vi na vida, e até que a vista era muito agradável.

— Você é muito gostosa — ele soltou.

Ao mesmo tempo suas bochechas ruborizaram.

— Eu não o imaginava falando isso.

Deito ao lado dele. Ele me encara enquanto faz um cafuné em mim, em seguida ele me beija.

— Não quero que sua primeira vez seja tão rápida, quero que se sinta especial.

— Você faz com que eu me sinta assim, Blythe.

Ele senta na cama e beija carinhosamente meus lábios mais uma vez. Suas mãos descem a minha região íntima, e ele me incita.

— Se fizer isso de novo, serei obrigada a dar continuidade de onde paramos.

Ele sorri, se ajeita e pura para fora da cama.

Em seguida se veste. E eu faço o mesmo. Ele me puxa e me abraça mais uma vez, agora com mais ímpeto.

— Queria poder gritar para o mundo que você é minha.

— Você sabe que eu sou sua, acho que isso é o que importa.

Meu celular toca, vejo a mensagem de Diana.

Diana:
Minha querida, eram só quinze minutos, já se passaram meia hora.

— Temos que ir.

Ele me beija mais uma vez e em segundos sai do quarto.

Ótimo Anne, talvez as coisas não estejam tão perdidas quanto você pensou.

CRUSH - SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora