59

1.3K 150 296
                                    

* Aviso inicial *

Vou deixar explicado para que consigam acompanhar a leitura desse capítulo.

Terá uma narração de Anne com base no vídeo da apresentação dela no concerto em Londres, a moça que estará dançando irá representar a Anne dançando (espero que consigam imaginá-la).

Durante a narração alguns minutos estarão em destaque, esses minutos são baseados no vídeo da coreografia, ligados aos sentimentos de Anne durante a apresentação e suas lembranças.

Lembrando que o tema do concerto é:
Emoções.

Espero que consigam acompanhar pois preparei com muito carinho!

Bjos, preparem os lenços!

* * * * * * *

Never Enough


Eu estava exageradamente nervosa, minhas mãos soavam frio, meu corpo estava tenso. Já não conseguia mais me desligar das minhas sensações ruins, só conseguia pensar que em breve eu estaria no palco, tentando mostrar o meu talento.

Prometi para mim mesma que aproveitaria esse momento da melhor forma possível. Por sorte, Gilbert decidiu me acompanhar e exatamente agora estava sentado em uma das cadeiras esperando que eu entrasse, a cada segundo nos bastidores, garotas eufóricas entravam e saíam, tagarelando em como foram ruins demais ou boas demais.

Eu estava em Pânico.

Primeiro, era a primeira vez que eu iria me apresentar.

Segundo, eu nunca superei o tornozelo torcido e todos os adereços que o acompanharam.

Terceiro, Diana estava em seus últimos dias e eu me sentia uma péssima amiga não estando com ela.

Pelo menos, seria transmitido e ela poderia me ver através da tela da televisão do hospital, na verdade, todos estavam com ela na sala do hospital, até onde eu sabia.

— Você entra em cinco minutos — disse uma das mulheres para mim.

Assenti e terminei meus alongamentos. Projetei meu cenário com base na minha roupa, todo branco. Eu amava a paz que o branco transmitia, e eu precisava me sentir nas nuvens durante a apresentação, nada melhor do que imaginar que seu corpo está flutuando.

— E agora, Anne Shirley-Cuthbert, representando a academia de dança de Avonlea.

Tento não parecer assustada, mas sinto as bochechas vermelhas e o coração acelerando ritmicamente. Me posiciono, era hora de fazer aquela noite ser inesquecível.

Encaro o público, todos estão com os olhares presos em mim, e dentre eles na primeira cadeira, bem próximo, Gilbert que tinha um pequeno sorriso orgulhoso estampado em seu rosto.

Me sinto confiante em tê-lo lá, ao menos, estávamos juntos.

— Essa dança não é só para mim hoje — falo encarando o público — essa dança é a representatividade de tudo que vivi até aqui, acho que nunca será suficiente agradecer com palavras, gestos, falam tanto quanto. Dedico essa música a minha melhor amiga, Diana, e meus amigos Margot e Cole, à minha família, Marilla e Matthew e ao meu amor eterno, Gilbert. — lhe lanço um beijo e a plateia aplaude.

E então, a música começa...

CRUSH - SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora