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A hora certa de falar.

— Eu não quero saber se eu posso ou não ir para Avonlea — digo nervosa — eu vou ir e pronto, não é discutível.

— Anne, você está sob a minha responsabilidade.

— Então, vá comigo!

— Uma semana — ele diz — eu te dou uma semana para ir e voltar, leve Galle com você.

— Obrigada — o abraço.

Seu cenho estava franzido como se estivesse bravo, mas eu não me importava. Diana estava muito doente e precisava de mim, eu jamais em sã consciência me esqueceria dela a ponto de deixá-la lá. Voltaria para Avonlea e permaneceria lá, nem que fosse resultar em uma grande briga.

Preparo novamente a mala com algumas roupas, pego o celular e vou até o quarto de Rick. Ele estava vestindo uma bermuda jeans, e seu tórax estava a mostra mostrando seu corpo.

— Vim agradecer — falo.

Tento conter meus olhos que insistem em admirá-lo.

— Não precisa agradecer, faço de bom grado.

Ele ergue as sobrancelhas para mim, e depois volta a preparar a mala.

— Bom, era só isso.

— Tem certeza? — ele me olha por cima do ombro.

Observo suas costas, marcadas na região da escápula, seus músculos flexionados enquanto possivelmente ele evitava a tensão.

— Posso ficar aqui por alguns minutos?

— Claro — ele tira algumas roupas da cama para que eu me sente.

A verdade era que eu estava me sentindo horrível, ao mesmo tempo, estava desesperada! Se Diana fosse tirada de mim meu mundo perderia o sentido. Controlo as lágrimas que acumulam em meus olhos.

— Tudo bem chorar. — ele diz por fim.

— E se... E se ela... — respiro fundo — e se eu não chegar a tempo para...

— Anne — ele segura minha mão e me puxa em um abraço — vai ficar tudo bem.

Me agarro a ele enquanto ouço as batidas aceleradas de seu coração. Declino a cabeça em seu tórax nu, minhas lágrimas percorrem em seu corpo em diagonal. Mesmo assim, ele acaricia meus cabelos em silêncio. Finalmente eu estava sentindo que entre nós existia uma conexão tão forte, que parecia que eu o conhecia a anos. Uma amizade verdadeira.

— Preciso avisar a Ana que vamos viajar — ele diz me soltando.

— Desculpe por isso — aponto para seu abdômen molhado.

— Tudo bem — ele veste uma camiseta — eu deveria estar vestido.

— Saímos às 16h00 — lembro-o — mesmo assim, obrigada. Eu não sei como agradecer.

— Somente fique bem, isso já é o suficiente.

Ele sai do quarto para ir falar com Ana e eu pego o celular. Monto novamente o grupo do Whatsapp, adiciono Diana, Cole e agora Margot.

Anne:
Eu ouvi festa a fantasia?

Margot:
Está virando para Avonlea?

Cole:
Anne eu não estou bem.

Cole:
Meu Deus pensei que estava no PV.

CRUSH - SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora