Capítulo final.

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Ela nos fez feliz.

Estava no avião voltando para casa, minha apresentação foi classificada como a melhor, mas eu não me importava com isso. Meu coração estava em pedaços, e eu só queria chorar. Gilbert o tempo todo, segurava em minha mão tentando me consolar, estava sendo gentil e atencioso. Não conseguia me conformar com o fato de que Diana havia partido.

— Anne — ele me cutuca.

Viro o rosto para olhá-lo.

— Chegamos...

E então meu coração se partiu ainda mais.

. . .

(Gilbert)

Anne estava muito triste, e eu não podia dizer absolutamente nada para mudar aquele sentimento dela.

Ela acariciava a estrela da tatuagem em seu punho, e chorava ainda mais.

Vê-la daquela forma, sentindo a dor daquela forma, me deixava aos pedaços, mas não tinha nada que eu ou qualquer outra pessoa pudesse fazer. A dor só seria controlada com o tempo.

Seguro em sua mão no aeroporto, enquanto arrasto com a outra, a única mala que levamos.

Finalmente estávamos juntos e isso era mais do que o suficiente para nós. Eu estava completo.

No meio do caminho para o carro, somos barrados por jornalistas e fofoqueiros.

— Gilbert Blythe — um deles diz — abandonou sua carreira de apresentador por essa garota?

Não respondo, só puxo Anne para atravessarmos a barreira que formavam.

— Gilbert Blythe! Gilbert Blythe! — eles dizem.

Corremos para o estacionamento do aeroporto.

— Está bem? — encaro-a que está com os olhos marejados.

— Estou bem — ela fala — só vamos embora, por favor.

Entramos no carro, ficamos alguns minutos ali parados, olhando as colunas do lugar.

— Abandonou toda sua vida por mim — seus lábios estão trêmulos.

— Abandonaria novamente se fosse necessário, Anne — lhe dou a mão.

— Mas isso não faz sentido nenhum.

— Faz, se eu verdadeiramente amar você — ela se vira e fica me encarando em silêncio.

— E se não for pra sempre? Um dia você vai se arrepender por não ter seguido o seu rumo.

— Acredite em mim — acaricio seu rosto — esse sentimento será para sempre.

— Eu tenho tanto medo de ficar sozinha, Gil — ela chora.

Limpo carinhosamente suas lágrimas, e então, lhe dou um abraço apertado. Sabia que aquele momento era a única coisa que ela precisava. E eu queria que ela se sentisse segura.

— Eu te amo Anne.

— Eu também te amo.

. . .

CRUSH - SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora