CRUSH - SHIRBERT

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Um encontro preparado pelo destino

E então, como posso explicar tudo que aconteceu na minha vida desde que Gilbert foi embora? Bom, acho que tem como resumir.

Assim que ele foi embora, Diana conseguiu o transplante de medula, o qual o doador foi Rick Galle, ela fez algumas sessões de quimioterapia, perdeu os cabelos, sobrancelhas e demais, porém agora tudo nela já voltou ao que era antes. Ela se recuperou de uma forma surpreendente, e apesar de ter que fazer exames constantes, tudo segue nos conformes. A saúde está intocável.

Eu me formei no colégio, Winifred Rose pegou no meu pé por algum tempo mas depois me fez invisível, principalmente depois da chegada de Petter Darrow, um garoto muito interessante.

Gilbert conseguiu a carreira dos sonhos, e era muito famoso em nova York. Eu sempre acompanhava suas postagens, era uma boa forma de me sentir próxima a ele, mas desde que ele se foi, nunca mais falou comigo. Eu havia me tornado invisível, alguns meses depois de toda sua fama, ele arrumou uma nova namorada. O que me dava ainda mais certeza de que ele jamais me amou.

Sofri muito por alguns meses, mas depois de toda irrelevância à minha pessoa decidi desapegar. Eu não precisava dele, e era exageradamente tola quando pensei que morreria se ele não estivesse junto a mim.

Eu segui em frente.

Agora com dezenove anos estou cursando pedagogia, nos finais de semana eu dou aula de dança para algumas garotinhas, e uma vez por semana vou até a Nova Escócia para administrar o clube de meu avô. Mesmo sendo a responsável por administrar aqui em Avonlea, negócios são sempre bem complexos.

E tirando esses embaraços constantes em minha vida, ainda tenho tempo para minha vida amorosa. Isso mesmo, lembram do Petter que eu disse agora a pouco? O Crush antigo de Winifred Rose? Bom, agora ele é meu.

Romances bobos de adolescência são passageiros, mas não para Margot e Billy, que estão juntos desde o colegial, e Diana e Jerry que estão noivos.

E Cole, que se mudou para a Grécia onde se localiza a maior população homossexual pelo menos é o que ele diz. Ele faz quadros formosos, e é um pintor requisitado lá na cidade em que vive, e finalmente ele encontrou seu par ideal. Layla, uma cadelinha linda a qual tem dificuldade visual, mas vive atrás dele, onde quer que ele esteja completando todo charme e elegância que já faz parte dele.

Rick continua na Nova Escócia, porém, começou a investir em um novo negócio. Falo com ele diariamente, ele mudou um pouco comigo desde que eu e Petter assumimos o nosso relacionamento, eu sempre disse que eu e ele não poderíamos ser um casal. Nunca daria certo.

Enfim, a vida é uma montanha russa. Isso é algo que eu jamais vou me esquecer.

. . .

Acordo com o som ensurdecedor do despertador. Abro os olhos e o desligo. 

Dez segundos apenas Anne.

Apressadamente levanto-me quando percebo que já se passou meia hora.
Odeio quando o tempo voa e eu não percebo.

Visto uma legging leve e uma camiseta mais comprida, minhas sapatilhas leves, pego minha bolsa e desço correndo. Ninguém acordado ainda, ótimo.

Pego as chaves do meu carro, uma maçã na geladeira e enfio o celular na bolsa.

Petter que aguarde.