(Pra quem gosta de ler ouvindo música, é só clicar no play ali em cima e começar a leitura! A música que ouvi enquanto escrevia esse capítulo! Bjin)
Warrior
Eu e Marilla estávamos terminando de preparar o jantar, Petter e Matthew estavam na sala.
Apesar de impossível eu tentava ao máximo manter a normalidade, mas estava ficando difícil. Como eu não confessaria a Marilla que encontrei Gilbert? Vê-lo tinha me deixado desnorteada, meus pensamentos estavam congestionados por suas desculpas esfarrapadas e eu desejava avidamente que ele fosse para o quinto dos infernos.
A cada segundo, eu estava mais longe da realidade, prestes a sofrer um curto circuito emocional. Afinal de contas, o tempo podia passar mas eu sempre pertenceria a ele.
"Seríamos para sempre um casal".
Como dissemos no dia em que estávamos frente ao lago bolando uma forma de ficarmos juntos quando Winnie era o empecilho.
Derrubo um prato no chão que rapidamente se torna estilhaços.
— Anne! — Marilla diz conforme o susto — está aérea! O que está acontecendo?
— Nada, nada — nego o tanto que posso.
— Está acelerada, mergulhada em seus pensamentos, como se o universo estivesse em uma pluma e você o carregasse. — Marilla fala séria — você pode tentar esconder as coisas de mim Anne, mas eu não acredito.
— Bom Marilla, se quer realmente saber o que está acontecendo eu direi.
Paro no centro da cozinha antes de começar a recolher os cacos.
— Encontrei Gilbert hoje pela manhã.
Ela arregala os olhos surpresa.
— Mas ele não estava em Nova York?
— Estava, estava seguindo a carreira dele lá. Mas ele voltou, e ainda por sinal teve a coragem de dizer que voltou por mim — começo a varrer os vidros — mas acho que se esqueceu completamente que já se passaram três anos e a nossa vida mudou. Agora eu tenho Petter, entende? — recolho com a pá — o que vivemos não passou de um romance adolescente sem fundamento.
— O que sentiu quando o viu?
— Raiva, muita raiva. Vontade de explodi-lo, uma sensação terrível de injustiça. — respiro fundo — é como se minha vida voltasse a estaca zero.
Ela me encara enquanto seca as mãos no pano de prato. Estática, aparentemente pensa no que dizer.
— Quero que ele suma — finalizo.
— Então se importa — ela diz.
Sinto o coração apertar.
— Se você tivesse o esquecido, e o tempo tivesse fechado a ferida que ele deixou, minha querida. Você não teria sentido absolutamente nada.
As palavras dela penetram meus pensamentos como facadas.
— E como sabe disso?
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CRUSH - SHIRBERT
Fanfiction* Concluída * Anne está no auge dos seus dezesseis anos, sua vida está caminhando conforme o que ela planejou. O que ela não sabia, era que na noite da festa a fantasia, ela se apaixonaria por um garoto. Gilbert Blythe, dezoito anos, Youtuber, nam...