28

1.9K 224 337
                                    

O gosto amargo da derrota.

— E você pensando que tudo ficaria como antes — Winifred me encara.

Maldita.

— O que você fez Winnie?

— Josie lhe disse para não mexer comigo, não foi? Ela avisou! E você fez o que? Ignorou completamente o conselho dela porque pra você, tudo é como flores.

— Não, não é isso. Mas eu não vou de jeito nenhum, deixar que o seu plano ou sei lá o que atrapalhe meu relacionamento com o Gilbert.

— Escutou isso, Roy? Relacionamento — eles dois dão risada.

— E você Roy... Como pôde? Gilbert ficará decepcionado com você.

— Se ele quiser escutar você, Shirley. Todo mundo viu você saindo comigo, todo mundo ouviu a música e todo mundo assistiu.

— Exceto o tapa, óbvio — Winifred dá uma risada — você é tão burra.

Pego o celular que está estourando de mensagem.

Diana:
Que merda você tá fazendo Anne?

Anne:
Me encontra no banheiro, agora.

Tudo planejado! Dissimulada.

— Escute Winifred, as coisas não vão ficar assim.

— Escute você Anne — ela diz com a voz embargada — você não vai mais voltar com o Gilbert!

— Quem disse?

— Você não vai porque se você voltar... O diretor Bell vai ficar sabendo do caso de Prissy com o professor.

— O que? Você está me chantageando com algo que sua amiga fez?

— Ela deixou de ser minha amiga quando decidiu ficar do seu lado.

-— Você é uma pessoa podre, Winifred. — digo — não pode ser feliz e quer empacar a felicidade dos outros.

— Você escutou — ela diz séria bem próxima a mim, eu podia sentir o sopro quente de sua respiração — se você e Gilbert tornarem a se falar, eu vou contar para todo mundo que Prissy e o professor estão juntos...

— Você acabaria com a Prissy, ela não seria aceita em nenhuma universidade, e o Sr. Philips não seria contratado nunca mais! — falo enfrantando-a - não faça isso. O Gilbert é só um garoto.

— Pois bem, ele é só um garoto — ela da um sorriso cínico — e você com certeza não colocaria os dois em uma situação complicada por causa de um garoto. Se eu a conheço Anne, sei bem que você não costuma ser egoísta. Pularia de um avião sem paraquedas para salvar um amigo, não é? Quis tanto que a Prissy me deixasse, agora, aguente as consequências.

— Não antes de fazer isso.

Sinto o sangue pulsando na palma da mão, e sem pensar duas vezes lhe dou uma bofetada, o lado direito de sua face agora tem um vergão vermelho com os meus cinco dedos. Bati tão forte e com tanto gosto, que se eu me aproximasse poderia ver minhas digitais.

— Eu vou matar você sua piranha — quando ela vem para cima de mim, Roy a segura.

— Isso não é nem a metade do que quero fazer com você. Cada dia que passa eu posso ter uma única certeza, você nasceu pra ficar sozinha!

CRUSH - SHIRBERTOnde histórias criam vida. Descubra agora