Capítulo 14.

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Ellen...

- Eu não vou demorar. – Olhei para o relógio vendo que o voo dos meus pais está perto de pousar.

- Não se preocupa Ellen vai ficar tudo bem. – Victória me assegurou séria e eu sei que posso confiar nela que está ao nosso lado praticamente desde o início.

Adam está em um trabalho externo, Ana não veio trabalhar por que está doente e eu vou ter de sair para buscar meus pais no aeroporto.

- Tudo bem. Está tudo em suas mãos até eu voltar. – Falei e ela assentiu.

- Pode deixar, vá buscar seus pais tranquila. - Ela sorriu me encorajando.

Assenti e sai, dirigi pelas ruas até o aeroporto. Estou muito animada em vê-los,  são meses de distância e a saudade sempre aperta. Estacionei o carro e me dirigi ao portal de desembarque, olhei atentamente pelo local esperando.

Alguns minutos depois pude distinguir ao longe a figura deles que se aproximaram rapidamente de mim. Meu pai alto, robusto, pele negra, barba feita, cabelo curto em estilo militar, vestindo uma calça social azul escura e camisa da mesma cor e minha mãe baixa, corpo cheio de curvas, cabelo escuro em longo vestindo um vestido branco que ia até um pouco abaixo de seus joelhos e saltos pretos.

- Minha filha. – Minha mãe falou abrindo amavelmente os braços.

- Mamãe. – A abracei apertado. – Senti tanto a sua falta.

- Eu também minha menina, eu também. – Ela beijou minha testa antes de me soltar.

- Minha princesa. – Meu pai soltou as malas que trazia nas mãos para me abraçar.

- Papai. – O abracei apertado afundando meu rosto em seu peito. – Senti sua falta. - Eu me senti em casa e segura com os dois comigo.

- Eu também. – Ele se afastou, meu pai apesar do que possa parecer pelo semblante sério é carinhoso. – Como você está? – Perguntou voltando a pegar as malas.

- Estou bem. – Respondi. – E vocês? Como foi a viagem?

- Foi tranquila. – Minha mãe falou.

O caminho até o hotel no qual eles ficariam hospedados foi preenchido com uma conversa agradável sobre amenidades. Meus pais se cadastraram no hotel e eu fiquei esperando na recepção enquanto eles subiam para deixar as malas e voltavam a descer para almoçarmos juntos.

Fomos para o restaurante do hotel mesmo pelo menos evitava de pegar o trânsito mais uma vez.

- Como vai o trabalho? – Meu pai perguntou assim que sentamos.

- Vai muito bem, temos recebido tantos clientes que tivemos de contratar mais funcionários. – Falei animada.

- Isso é ótimo minha filha. – Ele disse orgulhoso.

- Sempre soube que você cresceria muito, pois tem muito talento. – Minha mãe tocou minha mão. – Eu sou muito orgulhosa de você.

- Obrigada. – Senti meu coração se encher de orgulho e amor.

Continuamos conversando sobre meu trabalho enquanto almoçávamos, depois minha mãe perguntou pelos meus amigos, especialmente por Meg. Contei como todo a estão e combinamos de jantar com eles no sábado. Era muito bom estar com eles novamente, minha vontade era ficar ao lado deles o resto do dia inteiro, mas eu não podia, então com muito custo depois de discutir com meu pai sobre quem ia pagar a conta, discussão essa que eu perdi, me despedi deles e fui embora prometendo que voltaria para o jantar e que amanhã passaria o dia inteiro com eles.

**

Ellen...

Quando eu cheguei com meus pais ao Salt no sábado, Meg e Henry, Natalie e Iam já estavam nos aguardando, Adam chegou junto com a gente e já cumprimentou meus pais no estacionamento. Depois dos cumprimentos nos sentamos ao redor da mesa e um garçom não tardou a nos servir vinho.

- Vocês dois estão finalmente juntos? – Minha mãe olhou de Natalie pra Iam que estavam sentados lado a lado olhando pra ela com expressões surpresas no rosto. – Formam um belo casal. – Pude jurar que vi Natalie corar e Adam segurou o riso do meu lado.

- Não Rachel, não somos um casal. – Natalie respondeu depois de segundos em silêncio.

- Somos amigos. – Iam acrescentou.

- Vocês estavam sentados conversando quando chegamos e sentados tão próximos. – Ela insistiu.

- Apenas amizade. – A voz de Natalie soou baixa. – Não existe nada demais.

- Uma pena. – Minha mãe falou perdendo a oportunidade de ficar calada. – Torcia por vocês. – Olhei pra minha mãe desejando tampar a boca dela com um pano.

Um Toque de Confiança - Meu Clichê (Livro 2) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora