Ellen...
- Como foi a visita aos seus pais? – Meg perguntou colocando uma travessa com macarrão e camarão sobre a mesa.
- Foi bom eu estava com muita saudade deles. – Natalie respondeu sorridente e saudosista ao mesmo tempo.
- Eles não perguntaram sobre namorados? – Perguntei rindo, os pais dela sempre reclamam por ela não arrumar um marido como as outras irmãs.
Estávamos nos três jantando em meu apartamento uma comida preparada por Meg, era como voltar aos velhos tempos, quando morávamos todas naquele prédio e nenhuma de nós era casada, olhei para a minha amiga e sorri vendo que o amor a deixara radiante, sou muito feliz por ela realizada profissional e emocionante tendo a felicidade que ela merece.
- E eles lá perdem a oportunidade de me perguntar sobre isso, me torraram a paciência, vocês sabem. – Ela revirou os olhos. – Ser a única filha solteira me faz alvo deles, parece que eu tenho uma espécie de doença. – Ela suspirou sem paciência.
- Daqui a pouco vão tentar lhe arrumar um namorado. – Falei rindo.
- Mamãe bem que tentou me apresentar a um cara que segundo ela é um bom partido.
- Mentira. – Meg quase se engasgou com o suco que tomava.
- A mais pura verdade, fui salva por papai. – Ela falou irritada.
Natalie nos contou as tentativas de sua mãe, como foi sua visita a família, sobre o seu sobrinho que acabara de nascer, como era um bebê adorável e muito lindo. Naquele momento ouvindo Natalie falar sobre seu sobrinho eu tive a certeza que eu vou ser mãe, sempre gostei da ideia de ter um filho, mas nunca tinha pensado seriamente sobre o assunto como naquele momento.
- Eu quero ter filho. – Falei pousando o garfo e elas me encararam. – Eu vou ter um filho. – Elas arregalaram os olhos de maneira engraçada. – Não agora que o estúdio está em expansão, mas eu quero engravidar, um dia nos próximos anos. – Sorri.
- Você será uma ótima mãe. – Natalie fala sorrindo e Meg concorda. – Eu não quero engravidar.
- Você não quer ser mãe? – Perguntei.
- Eu não quero engravidar, parir, essas coisas. – Ela falou. – Ainda não sei se quero ser mãe ou não, as vezes me vejo com criança outras vezes não. – Ela falou distante.
- Entendo. – Meg se apressou em falar. – Não é por que você tem um útero que você tem obrigação de querer engravidar.
- Com certeza. – Completei. – Seria bom que as pessoas entendessem e respeitassem isso e parassem de nos pressionar. – Elas concordaram.
- É revoltante a pressão que a sociedade coloca sobre a mulher que não quer engravidar. - Natalie fala. - Principalmente quando estamos perto dos 30.
- Sim eles agem como se fôssemos menos mulher por nao querermos engravidar. - Meg falou.
- Fruto dessa maldita sociedade patriarcal maldita. - Falei.
- Eu e Henry estávamos conversando sobre ter uma criança. – Meg falou calmamente.
- Ter uma criança tipo agora? – Perguntei, sei que ela ficou muito abalada quando abortou e que tem medo de acontecer novamente, fora que acabaram de se casar.
- Sim, nós queremos, o último livro da trilogia está bem encaminhado, Henry cuidou da editora sozinho por anos pode muito bem fazer isso por 4 ou 5 meses. - Ela deu de ombros.
- Você se sente pronta pra isso? – Natalie perguntou preocupada.
- Sim, eu me sinto, parte de mim sempre vai ter medo de acabar acontecendo... – Ela deixou a frase no ar. – Tenho falado com a minha psicóloga sobre isso, eu me sinto pronta, eu quero.
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Um Toque de Confiança - Meu Clichê (Livro 2) (Concluída)
RomanceEllen Williams é uma mulher romântica, e protetora que ao longo dos seus 28 anos de idade se viu pular de um relacionamento ruim para outro, parecia que era somente ela se apaixonar que o príncipe virava sapo. Depois do seu último namoro que termino...