Ellen...
Me levantei da minha cadeira ajeitando meu vestido rosa escuro e me dirigi para a sala do meu sócio. No caminho vi Ana com o telefone em uma mão e uma caneta na outra, ela anotava algum recado e tinha uma expressão cansada no rosto.
Bati na porta de Adam e depois de alguns segundos ele me mandou entrar, estava com os olhos fixos no notebook a sua frente, levantou a cabeça assim que me viu entrar e abriu um sorriso pra mim.
- Gostosa. – Ele sorrio. – Então? Animada para conhecer os sogros?
- Nem um pouco. – Respondi me sentando. – Cada vez que domingo fica mais próximo eu fico mais nervosa.
- Se acalma mulher, você é incrível eles vão te amar. – Disse esticando a não para pegar a minha. – E se não amarem azar o deles, porque está na sua vida e um privilégio.
- Você é maravilhoso Adam, por isso eu te amo. – Apertei sua mão.
- Eu também te amo. – Ele me olhou nos olhos. – Mas não foi por isso que você veio aqui. – “Me conhece demais.”
- Não foi mesmo, vim tratar de assuntos do estúdio. – Falei um pouco mais séria. – Já está mais do que na hora de nos contratamos secretários para nós e algum ajudante para Ana, por que ela está sobrecarregada, não tem como ela cuidar de tudo sozinha.
- Ela está mesmo, nos preocupamos tanto em contratar funcionários para as outras áreas que acabados a negligenciando. – Ele disse sério. – Estava observando isso ontem mesmo.
- Então, você está de acordo com as novas contratações? – Lhe fitei.
- Estou mais do que de acordo. – Ele sorrio. – Devemos fazer isso o quanto antes.
- Hoje mesmo eu digo a Ana pra entrar em contato com uma agência e pedir que enviem candidatos ainda na semana que vem. – Falei decidida.
- Ótimo.
Continuamos conversando por mais de meia hora sobre mudanças que precisam ser feitas e setores que devem ser aprimorados, chega a ser engraçado como concordamos em quase tudo, isso deixa o nosso trabalho e a tomada de decisões muito mais fácil. Acho que a única briga série em todos esses anos de sociedade foi a respeito do sofá da área de descanso não conseguíamos entrar em consenso a respeito e a Natalie que estava conosco na ocasião acabou escolhendo um outro bem diferente, porque segundo ela os dois eram feios. Passamos mais alguns minutos falando sobre alguns trabalhos que temos pendentes.
- Como vai a campanha pra a Liberte-se? – Ele questionou, estamos com muito cuidado nela pois é uma conta grande e a senhora Fox é bem exigente.
- As fotos estão em fase de edição, embora não tenham retoques nas modelos tudo tem de estar perfeito. – Já tinha escolhido as imagens que serão enviadas, só falta edita-las.
- Isso é ótimo eles pediram urgência.
- Sim, na segunda serão enviadas .
- E a modelo nova? – Perguntou sorrindo.
- Ella se saiu muito bem nas fotos e ficou bem animada quando eu lhe mandei algumas cópias ontem. – Disse sorrindo ao lembrar de sua reação. – Me disse que nunca se imaginou como modelo, que nunca pensou que era sexy, mas que estava adorando o que via, que estava se achando linda e poderosa nas fotos.
- Porque ela já é linda e poderosa, as fotos só realçaram.- Eu lhe disse isso e ela me agradeceu.
- O Joshua quem gostou das fotos. – Adam falou rindo. – Estava quase babando nelas quando eu entrei lá e ele estava editando algumas.
- Eu nunca vi o Joshua desse jeito. – Falei pensativa.
- Tesão minha amiga tesão. – Falou se acabando de rir.
- Como o Liam está se saindo no novo emprego? – Me apressei em mudar de assunto.
- Ele está muito animado, até parece outro homem, acorda animado, chega do trabalho cansado, mas feliz. – Adam foi falando animadamente de como seu irmão agora parece com mais vida.
- Que bom que ele encontrou uma oportunidade.
- Sim, isso é ótimo, ainda bem que ele continuou procurando. – Nunca contei a ele sobre a conversa que tive com seu irmão, não queria que ele se decepcionasse com o irmão e agora que tudo está indo bem não quero deixá-lo bravo.
- Você acha que essa alegria e vitalidade toda dele é só relacionado ao trabalho? – Falei o fitando.
- Não sei, pra falar a verdade, as vezes ele fica rindo para o celular. – Ele estava pensativo. – O que você sabe que eu não sei?
- Eu não sei de nada concreto ainda, mas no dia que ele veio aqui contar que tinha conseguido emprego me perguntou sobre a Victória. – Adam ficou de boca aberta. - Eu até lhe falei sobre isso.
- eu acabei esquecendo. - Adam coçou a barda. - Por isso ele chegou na minha sala meio estranho, e por isso veio me visitar outro dia.
- É provável que sim.
- Vou falar com ele, o pai da Victória é da polícia armada, ele ameaçou o último namorado dela só por que não gostava do rapaz. - É incrível como ele fica sabendo de todas as fofocas. - É melhor ele não faze-la sofrer se não eu o entrego ao pai dela. – Não aguentei e gargalhei do jeito que ele falava.
- Espero que se deem bem, formal um belo casal.
Continuamos conversando por mais um tempo, mas últimas semanas estivemos tão atarefados que nem tivemos tempo de conversar direito. Quando sai da sala de Adam parei na bancada de Ana e disse que ela entrasse em contato com a agência que costuma nos mandar funcionários e pedi entrevista pra os cargos na próxima semana.
- Eu e Adam faremos as entrevistas dos nossos secretários e você ficará responsável pela contratação do seu auxiliar. – Ela me olhou com os olhos arregalados por alguns instantes.
- Eu?
- Sim você, a pessoa vai trabalhar diretamente com você, nada mais justo que você a escolha.
- Então eu vou ter um assistente?
- Exatamente. – Falei prontamente. – Percebemos que você está sobrecarregada e está se desdobrando pra dar conta de tudo, por isso vamos contratar mais gente.
- Obrigada Ellen, me sinto importante. – Ela sorrio.
- E você é sim, todos aqui são. – Toquei sua mão. – Agora vou voltar ao trabalho.
- Vou fazer a ligação.
Acenei a cabeça em concordância e sai na direção da minha sala para voltar ao trabalho que eu deixei a minha espera quando sai.
**
John...
- Pai esse prédio é enorme. – Falei parado na calçada olhando para a construção a minha frente.
- Também não é pra tanto meu filho é só um pouco grande. – Meu pai falou como se não fosse nada demais.
- Um pouco? Cabem mais umas duas agências aqui, no mínimo.
Quando meu pai me sugeriu meses atrás que mudássemos a imobiliária e a Sund para o mesmo prédio com o intuito de facilitar a minha vida e deixar o negócio da família todo no mesmo lugar eu achei uma ideia maravilhosa, afinal de contas com o passar dos anos eu vou ficar cada vez mais responsável pela imobiliária e ter que me deslocar alguns andares é muito melhor do que me deslocar por ruas. Mas, quando ele eu aceitei e ele disse que tinha encomendado um prédio com uma construtora parceira eu esperava um lugar pequeno, só nosso e não um prédio enorme.
- Quando a arquiteta me mostrou a planta eu achei que o lugar estava muito pequeno e precisávamos de algo que impusesse mais respeito. – Meu pai e sua mania de grandeza. – Aí a mocinha muito gentilmente refez o projeto e eu achei perfeito.
- Pai o senhor é quase megalomaníaco. – Falei rindo.
- Deixa de exagero John, a gente pode alugar os andares que não ocupamos. – Ele diz como se não fosse óbvio. – Agora vem vamos dar uma boa olhada em quantas andam a obra. – Falou animado quase me puxando em direção a obra que já estava bem adiantada. – Eu acho que ele vai precisar de um nome. – Falou pensativo.
- Creio que sim, mas depois pensamos nisso.
Entramos no lugar e inspecionamos as obras que estão bem adiantadas a parte estrutural já está toda pronta, estão organizando os andares superiores para nós. A engenheira responsável se aproximou com um sorriso nos lábios, ela tem cabelos loiros cacheados e olhos escuros, aparenta ter pouco mais de 30 anos. Ela cumprimenta meu pai com familiaridade e se vira em minha direção.
- Arizona esse é meu filho John. – Meu pai nos apresentou e ela estendeu a mão para me cumprimentar. – Filho essa é Arizona Cox a engenheira responsável.
- Prazer em conhece-la senhorita Cox. – Estendi minha mão pegando a sua.
- O prazer é meu John. – Falou com um sorriso de canto de boca. – Não precisa de tanta formalidade, me chame de Arizona. – Sua voz saiu maliciosa.
- Como queira. – Falei retirando minha mão da sua, seu sorriso diminuiu quando ela focou os olhos na aliança em meu dedo.
- Estamos quase aprontando a parte do hall de entrada aqui em baixo e a central da segurança. – Ela falou assumindo uma postura mais profissional, o que me deixou contente. – Me sigam.
Ela nos mostrou tudo que já havia sido feito no andar e depois falou conosco sobre os demais, antes tínhamos apenas andado sem rumo, agora ela nos explicava direito como as coisas estavam indo.
- Quando a obra fica pronta? – Meu pai perguntou animado. – Quero me mudar o quanto antes.
- Apenas mais alguns meses senhor, 5 ou 6 no máximo. – Ela respondeu.
- Ainda falta muito.
- Pai nós queremos tudo perfeito, por isso não tem como ser feito as pressas.
Ele apenas concordou com a cabeça, o senhor Brolin pode ser muito apressado quando deseja alguma coisa e ele estava decidido a juntas nossas empresas no mesmo lugar.
Depois de mais alguns minutos de conversa nos despedimos de todos e nos retiramos do prédio.
- Até domingo filho. – Meu pai falou me olhando. – Estou ansioso por conhecer de verdade a minha nora. – Ele sorriu ao falar.
- Também estou ansioso pra isso. – Falei sorrindo. – Até domingo.
Me despedi, entramos em nossos carros e seguimos cada um para um lado, em poucos minutos eu estava entrando na agência. Passei por todos indo direto para a minha sala, sentei em minha cadeira e tirei meu notebook do modo de descanso. Assim que comecei a trabalhar ouvir batidas na porta, depois de permitir a entrada Iam passou pela porta sorrindo e se sentou a minha frente.
- Então, como está o nosso novo lar? – Perguntou curioso.
- O lugar é enorme Iam, meu pai mandou construir um prédio gigante. – Falei me recostando na cadeira. – Ainda disse que se sobrar a gente pode alugar algum andar, é óbvio que vai sobrar.
- Eu tô até imaginando o tamanho. – Ele rio.
- Imagine maior.
- Mas, está perto de terminar? Está bonito?
- Está ficando lindo e imponente. - Falei me lembrando do prédio. - Quanto a ficar pronto, a engenheira disse que entregam a obra finalizada em alguns meses.
- Que bom. Quero uma sala e grande na próxima instalação. – Ele sorrio.
- Do tamanho que o edifício é, você terá com certeza.
- Acho bom, já que sou seu melhor funcionário. – Falou convencido, mas é a verdade, ele, Etan e Ella são meus melhores funcionários. – Mas, me diz uma coisa está preparado para o almoço de domingo?
- Iam se fosse o jantar de noivado eu estava preparado, quanto mais pra apresentar a Ellen aos meus pais. – Ele ficou surpreso e rio ao me ouvir falar. – Estou muito ansioso.
- Eu imagino, a Ellen também está muito nervosa. – Eles se encontraram ontem. – E ela também está apreensiva.
- Eu imagino, quando fui conhecer os pais dela eu estava quase passando mal de nervoso.
Iam gargalhou ao me ouvir falar. Continuamos falando sobre o almoço e como eu quero que meus pais conheçam o quanto antes a mulher que eu amo, até que alguém bateu na porta e Etan passou por ela em seguida, com uma cara estranha.
- Vocês sabiam que a Ella fez um ensaio sensual? – Ele perguntou se sentando da poltrona ao lado de Iam.
- Ensaio sensual? – Iam perguntou.
- Sim, eu estava passando por sua mesa e ela estava olhando algumas fotos de si mesma de lingerie.
- Você estava espiando uma colega? – Perguntei com uma sobrancelha erguida.
- N.... Na.... Não, eu.... eu não faria isso, apenas ia passando. – Ele se embolou com as palavras.
- Não são fotos sensuais, Ellen a convenceu a participar de um editorial no lugar de uma modelo que faltou.
- A Ella? Em um editorial? E ela aceitou? – Iam parecia surpreso.
- Aceitou.
- Que incrível, as fotos devem ter ficado maravilhosas, ela é linda.
- As que eu vi estavam sim. - Etan falou com um olhar estranho.
- Pelo amor de Deus parem vocês dois, respeitem sua colega de trabalho. – Falei para os dois que pareciam dois adolescentes tratados.
- Tá bom. – Falaram rapidamente e eu tratei de mudar de assunto.==========
O que será que devemos esperar desse jantar com os pais de John?
Etan parece que gostou das fotos da Ella.
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Um Toque de Confiança - Meu Clichê (Livro 2) (Concluída)
RomanceEllen Williams é uma mulher romântica, e protetora que ao longo dos seus 28 anos de idade se viu pular de um relacionamento ruim para outro, parecia que era somente ela se apaixonar que o príncipe virava sapo. Depois do seu último namoro que termino...