Capítulo 43.

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Ellen...

- Não mãe, nós não estávamos namorando no sábado, começamos ontem. - Falei olhando para a minha mãe.

Estou almoçando com meus pais e acabei de falar sobre o meu namoro com John e disse quero apresenta-lo formalmente amanhã em um jantar e minha mãe perguntou se eu já estava namorando com ele no dia da exposição e por que eu não tinha falado, começou a fazer um monte de perguntas e agora estou eu tentando explicar que nós não estávamos namorando.

- Então, você começou a namorar com ele do nada? - Meu pai se pronunciou.

- Também não é assim, pelo amor de Deus, é claro que eu não ia simplesmente acordar e dizer quero namorar. - Levantei as mãos enquanto falava. - Nós estamos saído faz um tempo. - Fiz uma pausa. - Eu o amo e ele me ama.

- E por que não nos apresentou ele antes? - Minha mãe perguntou. - Na exposição.

- Porque nós estávamos afastados eu tinha dúvidas, se conseguiria levar a relação adiante depois de uma cena de ciúme dele. - Escolhi as palavras a usar, preferindo falar a verdade. - Mas, Ele tem se esforçando para mudar e eu vi que isso era suficiente pra mim, então ontem conversamos e ele me pediu em namoro.

- E você está certa disso minha princesa? - Meu pai me olhou como se dissesse que não queria mais me ver sofrer.

- Tenho sim papai. - Falei sorrindo ao pensar no meu namorado.

- Então vou adorar conhece-lo. - Toquei sua mão em agradecimento.

- Também vou adorar conhece-lo. - Minha mãe falou. - Eu lhe disse naquele dia que ele te olhava diferente e você o olhava do mesmo jeito.

Apenas sorri e concordei com a cabeça, não contei a eles o que aconteceu detalhadamente, para evitar problemas, afinal meu pai tem acesso a armas, brincadeira ele não faria isso. Eu acho. Enfim, preferi contar uma versão resumida da história, já que estamos bem e aquilo não vai se repetir, eu não vejo motivo para preocupar meus pais com isso.


Seguimos o nosso almoço com uma saraivada de perguntas sobre eu e o John, como nos aproximamos e coisas do tipo. Eu sei que eles se preocupam comigo, mas também sei que a maior parte delas é proveniente da curiosidade da minha mãe. Mas, não me opus a responder a maioria delas. Quando terminamos o almoço me despedi deles e dirigi de volta ao estúdio.

Enquanto esperava o elevador troquei mensagens com Pria a convidando para jantarmos juntas, vai ser ótimo passar um tempo com ela, sinto saudades da minha amiga e em breve ela volta para a Índia.

Quando caminhei pelo hall de entrada do estúdio vi Ana e Heitor se beijando, quando perceberam a minha presença eles se separaram envergonhados como adolescente pegos pelos pais.

- Juízo crianças

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- Juízo crianças. - Falei me contendo para não rir. - Usem a área de descanso. - Eles arregalaram os olhos quando eu falei.

Passei pelos dois indo em direção a minha sala de onde não sai pelo resto da tarde, quando por fim me levantei senti minha coluna ranger dolorosamente. Quando peguei a bolsa pra sair meu celular tocou, sorri vendo o nome de John na tela e levei o aparelho ao ouvido.

**

Ellen...

Hoje fui almoçar com John e o percebi um pouco nervoso pelo jantar com meus pais de mais tarde, o tranquilizei falando que tudo correria bem e que meus pais já conhecia boa parte de nossa história e que desde que eu esteja feliz eles estarão contentes com a nossa relação. Quando terminamos o almoço senti ele bem mais confiante do que antes, espero que ele não fique muito nervoso, não quero atrapalhar o seu trabalho e não quero ele se preocupando atoa.

- Até a noite. - Falei quando paramos em frente aos carros.

- Até.

- Eu te amo. - O abracei tomando seus lábios em um beijo rápido.

- Eu amo você. - Falou assim que nos afastamos, passou uma mão por meu rosto me acariciando. - Bom trabalho.

- Pra você também.

Dei mais um selinho nele antes de entrar no carro e dirigir na direção do estúdio, quando avistei uma cafeteria senti vontade de tomar um café e estacionei meu carro na calçada próxima ao estabelecimento, desci do carro e caminhei até o lugar. Pedi um café com leite e logo estava a caminho do estúdio. Enquanto esperava o elevador alguém parou ao meu lado, instintivamente olhei para o lado levantando a cabeça para o homem ao meu lado.

- Liam? - Perguntei surpresa, ele nunca vem aqui.

- Boa tarde Ellen. - Me olhou sorrindo.

- Boa tarde, está tudo bem? - O elevador chegou e nós entramos. - Aconteceu alguma coisa?

- Na verdade aconteceu. - Ele disse me olhando. - Consegui um emprego. - Abriu um sorriso contente.

- Sério? - Perguntei incrédula. Sim eu acreditava que ele não estava procurando trabalho de verdade.

- Sim. - Ele sorriu. - Eu tive uma entrevista com eles na semana passada e hoje na segunda entrevista fui contratado, amanhã mesmo vou deixar meus documentos e começar a me ambientar. - Ele parecia animado.

- Fico feliz que tenha conseguido. - O abracei rapidamente. - Espero que se dê bem no novo emprego. - Ainda estava surpresa com tudo aquilo.

- Obrigada, darei o meu melhor. - O elevador parou no meu andar e descemos. - Eu sei que você achava que eu não estava procurando trabalho de verdade. - Ele disse me olhando.

- Pode me julgar por isso? - Perguntei parando de andar.

- Não posso. - Ele abaixou os olhos. - Só quero dizer que eu realmente estou tentando mudar. - Falou sem me olhar.

Um Toque de Confiança - Meu Clichê (Livro 2) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora