Capítulo 74.

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Ellen...

Parei o carro em frente ao prédio novo, levantei meus olhos para a fachada com vidro escuro com um grande letreiro escrito Solomon acima dele, respirei fundo, girei o volante e o manobrei para a garagem parando na minha vaga, desliguei o motor e sai do carro pegando uma caixa no banco de trás do mesmo. Fiz questão de vir sozinha hoje para o nosso primeiro dia no prédio novo, John estacionou o carro na vaga ao lado da minha e desceu sorrindo, olhei em volta, até a garagem do prédio é bonita, tudo está perfeito.

- Me dê isso. – Pegou a caixa das minhas mãos e caminhamos para o elevador que nos levaria direto aos nossos andares. – Animada? – Me olhou sugestivamente.

- Estou eufórica por termos um lugar novo, bem mais amplo, confortável e bonito. – Sorri apertando os andares 12 e 9. – Estou amando estar no mesmo lugar que você.

- Tem certeza que está bem? As bebês... – Ele começou a se preocupar.

- John, eu estou bem, nós estamos. – Coloquei uma mão na minha barriga. – Estou muito animada com tudo isso. – O elevador deu um pequeno solavanco e começou a subir.

- Tudo bem, qualquer coisa me liga, promete? – Me olhou apreensivo.

- Claro que ligo meu amor. – Me inclinei beijando seus lábios. – Vai ficar tudo bem. – Lhe assegurei.

As portas do elevador se abriram e eu vi Adam esperando por mim no hall do estúdio, ele nos deu bom dia, pegou a caixa das mãos de John e saiu para me esperar, dei um beijo de despedida no meu marido e sai vendo as portas do elevador fechar e o painel luminoso indicar que ele continuou subindo. 

Me virei encarando o hall de entrada a nossa frente, embora eu já o tivesse visto antes, vê-lo com pessoas andando de um lado para o outro parecia que o fazia ganhar vida, na parede ao lado do elevador foi decorada com uma montagem bela e elegante de alguns trabalhos realizados pelo estúdio, sobre a imagem o nome Ilumine escrito em letras douradas grande e belas se destacava sobre o preto e branco das imagens. As demais paredes eram de um bege quase branco, lustres em um tom de dourado apagado despontavam com elegância do teto.

Atrás de um balcão de madeira em um tom que se assemelha a caramelo está a nossa recepcionista mexendo em algo no computador a sua frente, uma jovem de aproximadamente 20 anos, com cabelos rosa neon e olho pretos expressivos, seu nome é Allyssa, ela é competente e dedicada.

- Pronta para o primeiro dia na nossa nova casa gostosa? – Adam pergunta animado ao meu lado.

- Estou sim, muito animada. – Sorri o abraçando de lado. – A gente sempre sonhou em expandir o estúdio.

- Sim, e o lugar estar perfeito. – Ele sorriu. – Vamos.

Assenti e seguimos na direção das nossas salas, antes de chegar nelas passamos pela sala de Ana, fizemos dela nossa assistente na administração do estúdio, ela ficou muito feliz por ter sua própria sala com o nome na porta e seu próprio secretário. Pela porta aberta eu pude vê-la do lado de dentro concentrada enquanto digitava algo no computador.

Paramos em frente a nossas salas, fizemos questão que elas fossem dispostas uma de frente para a outra, as mesas dos nossos secretários dispostos ao lado das portas, os dois sorriram nos dando bom dia.

- Bom dia. – Falamos seguindo para a porta com o meu nome dela.

A sala era ampla, as paredes em um tom de azul muito claro quase branco, algumas fotografias emolduradas decoravam as paredes, umas eram muito antigas de antes de eu começar a faculdade, outras de trabalhos, algumas da Índia e as mãos recentes eram da minha lua de meu.

Em uma lateral da sala tinha uma estante com alguns livros, um armário de arquivos ao lado dela, minha mesa tinha tampo de vidro e armação de metal dourado, uma cadeira confortável de espaldar alto ficava atrás dela de costas para a janela que dava uma bela vista da rua, duas cadeiras a sua frente, um sofá branco encostado a uma parede com uma mesa de café da manhã a frente. Ao lado do sofá uma porta dava a um pequeno banheiro todo equipado para suprir as minhas necessidades. Adam colocou a caixa com minhas coisas sobre a mesa.

- Está entregue. – Se virou para mim sorrindo. – Fizemos isso dá outra vez, achei que era bom repetir o gesto para iniciar um novo ciclo. – Ele disso sobre me acompanhar até minha sala carregando minhas coisas.

- Eu acho ótimo. – Entrelacei meu braço ao dele. – O que acha de tomarmos uma xícara de café para comemorar?

- Pensei que estivesse diminuindo o café por causa da gravidez. – Franziu o cenho pra mim em aberta repreensão.

- E de fato estou. – Sorri o puxando para fora da sala. – Não tomo café a dias, mereço uma xícara. – Realmente estou sentindo uma falta desgraçada de café.

- Uma pequena. – Ele me olhou sério. – Não quero minhas sobrinhas prejudicadas pelo seu vício. -Falou como se eu tomasse café toda hora.

- Não exagera Adam. – Caminhamos em direção a sala de descanso. 

- Nem vem com essa, eu na condição de tio preferido tenho que zelar por elas. – Abriu a porta pra eu passar. – Por falar nisso comprei um presentinho pra elas. – Sorriu quando o encarei incrédula.

- Adam as prateleiras do quarto já não cabem mais de tanta pelúcia. – Balancei a cabeça, praticamente todas as pelúcias que elas têm foram dadas por Adam. – As meninas nem nasceram e você já as mima com presentes.

- Claro. – Ele deu de ombros indo até a máquina de café. – Vai ser pra minha casa que elas vão fugir quando vocês brigarem com elas.

- A Carol fala a mesma coisa.  – Ri me lembrando dela falando isso dois dias atrás, enquanto conversava com minha barriga quando ela foi devolver as chaves do meu apartamento. – Ela pelo menos já estará casada com a Beatriz até lá e vai ter pelo menos alguém com juízo na casa.

- O que você quer dizer com isso Ellen? – Levantou uma sobrancelha.

- O que eu disse. – Dei de ombros. 

- Eu tenho juízo. – Apenas ri, ele me entregou uma xícara pequena com café e eu fiquei o encarando. – Pegue essa e agradeça, por mim você não tomava uma gota.

Um Toque de Confiança - Meu Clichê (Livro 2) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora