John...
- Ontem você nem me falou como foi com os meninos. – Ellen comentou enquanto lavava a boca depois de escovar os dentes. – Conseguiram alegrar o Etan?
- Conseguimos, pelo menos um pouco. – Falei secando meu rosto em uma toalha e indo abraça-la por trás. – Ele chegou muito triste, Nathan iniciou uma onda de conselhos e depois mudamos de assunto para distai-lo e funcionou.
- O Nathan deu conselhos a ele? – Se virou para me encarar.
- Deu sim, falou que não vale a pena amar sozinho, que ele tem que presar por sua felicidade e se não for recíproco não vai fazer bem.
- Ele tem conhecimento de causa, então não me surpreendendo. – Ela disse passando as mãos por meus ombros. – E ele tá certo.
- Está sim. Veja nós dois, nos amamos e é maravilhoso. – Falei tomando seus lábios nos meus.
- Isso é verdade. – Ela sorriu ao se afastar de mim. – Depois disso ele se animou?
- Se animou, quando eu sai ficou bem animado na companhia de Iam, Tyler e algumas garotas.
- Tinham mulheres com você? – Ela me fitou pensativa.
- Tyler mandou drinks para uma mesa com mulheres e elas foram agradecer, então acabaram se sentando na mesa.
- Com vocês? - Ela levantou uma sobrancelha.
- Sim, bem, uma delas ficou impressionada com o tamanho de Andrew que não deu bolsa pra ela e saiu de lá antes delas sentarem, Henry deu carona para ele e Nathan. – Ela me ouvia de cenho franzido e eu comecei a me questionar se era boa ideia ter contado, mas nunca esconderia coisas dela. – Quando elas se juntaram a nós na mesa, pedi pro Iam ficar de olho nos dois e vim pra casa. – Ficou me olhando com uma expressão indecifrável.
- Como se o Iam fosse tão mais responsável do que os outros assim. – Ela falou rindo.
- Mas estava mais sóbrio.
- As mulheres eram bonitas? - Me perguntou me fitando.
- Isso é ciúmes minha linda? – Falei a puxando pra mim.
- O que? Acha que só você pode ter ciúmes? – Me olhou de cenho franzido. – Você não me respondeu. - Fez um biquinho que me deu vontade de beijar.
- Elas eram aceitáveis, nenhuma mulher é bonita depois que eu conheci você, pois nenhuma se iguala a sua beleza.
- Soldado promovido. - Ela sorriu.
- Você sabe que eu só tenho olhos pra você minha linda. – Acariciei seu rosto suavemente.
Ela apenas sorriu, me olhou nos olhos por alguns se segundos, passou uma mão em minha nuca e me puxou para si beijando meus lábios devagar e intensamente, sua língua pediu passagem e eu a dei com prazer, nossas línguas se tocaram como se trocassem carícias como nossas mãos, a empurrei em direção a pia até que ficasse prensada ali, peguei sua cintura e a suspendi e a coloquei sobre a bancada da pia.
- Amor. – Disse em um gemido enquanto eu beijava seu pescoço. – Não temos tempo, eu preciso passar em casa antes do trabalho.
- Nem um pouquinho, rapidinho e gostoso? – Falei abrindo sua toalha e alcançando um seio.
- Amor. – Ela gemeu quando eu mordi seu mamilo e eu não sabia se era de repreensão ou de prazer, parei meus movimentos e a olhei. – Tudo bem, mas temos que ser rápidos.
Sorri de lado e voltei minha atenção para seu mamilo, massageei o outro com uma mão e desci a mão livre para me ocupar de seu clitóris, ela gemia e se contorcia cada vez mais descoordenada. Tirei minha mão de seu seio e a levei para a primeira gaveta do lado esquerdo pegando uma camisinha, me afastei um pouco a ouvindo gemer em reprovação, abri a embalagem da camisinha, tirei a toalha enrolada em meu quadril e coloquei o preservativo, ela observou todos os meus movimentos tirando a toalha e se abrindo a minha espera.
Me aproximei e a penetrei de uma vez fazendo seu corpo ir um pouco para trás e um arfar escapar por sua garganta. Ela enlaçou as pernas em mim se movimentando junto, suas unhas arranjaram minhas costas me instigando a ir mais rápido, beijei seus lábios abafando seus gemidos, passei um braço por suas costas a prendendo a mim.
Desci minha boca por seu pescoço e uma mão para o seu pontinho sensível o massageando, seus gemidos ficaram mais altos e sua respiração mais irregular, a sentir cravar as unhas em minhas costas a ponto de doer e me apertar dentro de si quando gozou, poucas estocadas depois gozei também.
Permanecemos abraçados enquanto nos recuperávamos e o prazer se dissipava, depois de recuperados, tomamos um banho rápido, e saímos do banheiro para o closet.
- Temos que nos apressar já estar tarde. – Falou vestindo a roupa que usava na noite anterior.
- Sabe se você deixasse algumas roupas aqui seria mais fácil. – Falei vestindo um terno azul. – Assim poderia sair daqui direto para o trabalho.
- Você está me chamando pra morar com você? – Ela parou o que estava fazendo e me se virou para me encarar.
- Não exatamente. – Mas a verdade é que eu quero e muito, completei mentalmente. – Mas, podia deixar algumas coisas aqui, sabe roupa, maquiagem, sapatos, assim já sairia pronta pro trabalho, eu também podia deixar algumas coisas lá no seu apartamento.
Ela não respondeu ficou parada no mesmo lugar me olhando com uma cara surpresa, acho que por esse ser um passo importante ou por ter sido repentino, mas a sua atitude fez eu me questionar o porquê sua recusa.
- John, meu amor. – Falou depois de alguns instantes. – Eu te amo. – Caminhou até mim. – Mas isso é um grande passo, acho melhor irmos devagar. – Fez carinho no meu rosto.
- Está tudo bem, depois voltamos a esse assunto. – Falei lhe beijando. – Agora vamos.
Ela assentiu e se afastou voltando a se arrumar. Confesso que fiquei um pouco chateado com sua recusa, afinal se somos um casal, dormimos juntos várias vezes por semana e nos amamos qual o problema de morarmos juntos? Por mim casaríamos no próximo fim de semana, no entanto nada disse a esse respeito, simplesmente terminei de me arrumar, peguei minhas coisas e desci ao seu lado.
**
Dias depois.
Ellen...
Ajustei minha saia lápis colada ao corpo, peguei meu terninho e o vesti sem abotoar sobre a blusa preta meio transparente que vestia por baixo. Peguei minha bolsa e sai da sala, enquanto estava parada em frente ao elevador Liam parou ao meu lado com as mãos no bolso e um sorriso nos lábios.
- Olá. – Falou me olhando.
- Olá Liam.
- Adam já foi pra casa? – Ele perguntou.
- Na verdade ele nem veio para o estúdio hoje a tarde. – O elevador parou e nós adentramos na caixa de metal. – Ele tinha um trabalho externo e como ia levar a tarde quase toda não volta aqui hoje. – O olhei. – Veio vê-lo?
- Na verdade não, vim ver a Victória. – Ele se virou na minha direção. – A convidei para jantar.
- Você está mesmo interessado nela ou é apenas uma aventura? – Fitei seus olhos procurando pela verdade e os vi se iluminar ao começar a falar.
- Eu realmente estou interessado, não esperava me envolver tão cedo com outra mulher. – Começou a falar. – Mas, não contava com conhecer uma mulher tão linda e extraordinária como ela, eu não estava preparado para o furacão Victória Levy.
- Então ela aceitou o convite? – O elevador parou e caminhamos lado a lado para fora do prédio.
- Aceitou sim. – Seu sorriso se ampliou.
- Ótimo, é a primeira vez que vocês saem juntos? – Perguntei curiosa.
- Sim, a gente já tomou café e conversou na sala de descanso, mas sair mesmo, pra um encontro nunca. – Avistei John encostado ao carro me esperando.
- Nesse caso lhe desejo boa sorte. – Toquei seu braço. – Ela tem um gênio forte, mas é maravilhosa.
- Ela é mesmo e com certeza vale o esforço. – Ele tocou meu ombro. – Obrigada por abrir meus olhos.
- Por nada.
Antes que eu pensasse em mais alguma coisa ele me abraçou, sussurrou obrigada em meu ouvido e saiu. Quando me virei na direção de John ele me olhava com o cenho franzido e os olhos apertados, respirei fundo e caminhei até ele, passei os braços por seu pescoço e depositei um beijo em seu bico que havia se formado.
- Boa noite meu amor. – Falei tentando ignorar seu humor.
- Boa noite. – Falou ainda de mal humor, me afastei.
- Sério isso? Vai ficar com essa tromba sempre que me ver conversando com um homem? – O olhei incrédula.
- Precisava ficar de risinho? E abraçar? – É sério isso? Eu só posso estar delirando, pra ele mudar é isso? Ficar emburrado sem dar escândalo?
- Entra no carro. – Falei entre dentes.
- O que? - Me olhou confuso.
- Eu disse entra no carro e dirige age o meu apartamento. – Falei passando por ele e me sentando no banco do carona.
- Mas nós vamos jantar. – Ele disse se sentando.
- Não vamos. – Ele me olhou em pânico. – Nós vamos pro meu apartamento e vamos conversar, precisamos ter uma conversa séria, deveria ter tido uma antes, mas eu esperei que sua terapia fizesse efeito e que não precisássemos. – Me acomodei no banco.
- Minha linda me desculpe. - Falou ainda parecendo assustado.
- Agora não, agora você dirige, em casa conversamos .
Ele assentiu e ligou o carro dirigindo para meu apartamento o mais rápido que podia com segurança. Logo estávamos descendo e caminhando na direção do meu apartamento que para a minha sorte estava vazio, tranquei a porta assim que passamos por ela, deixei as chaves no aparador ao lado da porta e fui para o quarto com John na minha cola. Me desfiz do blazer que usava e me virei para ele que encarou minha blusa.
- Você foi trabalhar com essa blusa? – Perguntou fitando minha blusa transparente que deixava o sutiã aparecer sob ela.
- Claro que não, derramei café na minha blusa e peguei alguma do figurino. – Dei de ombros. – Agora vamos ao que interessa, me fale o que lhe incomoda. – Me sentei na cama e esperei que falasse.
- Eu... Eu... eu sinto ciúmes, o jeito que alguns homens olham pra você me irrita, eu sei o que passa na cabeça deles. – Se sentou de frente pra mim. – Eles ficam sacando seu corpo e isso me incomoda aí você ainda usa esse tipo de roupa.
- Já que você sabe o que eles pensam me fale, então usando outra roupa impediria pensamentos?
- Não. – Baixou a cabeça. – Mas, não precisa a ficar se expondo assim.
- Então você gostaria que eu vestisse roupas que cobrisse mais meu corpo? – Ele não respondeu. – John, eu não sou sua propriedade pra você esconder ou exercer esse tipo de poder sobre.
- Eu sei, é que o que o jeito que eles te olham me irrita, eles te querem.
- E você acha que se um cara der em cima de mim eu vou ficar com ele? – Olhei em seus olhos. – Você não confia em mim? É isso?
- Eu confio sim. – Apressou-se em falar.
- Então isso não passa de um sentimento de posse, olha eu sou uma pessoa, não sua propriedade. – Antes que ele falasse alguma coisa eu continuei. – Você tem que entender que eu te amo John Brolin, eu não quero mais ninguém no mundo, pra mim só você importa é só você quem eu quero. – Respirei fundo. – Não importa se algum homem pense coisas comigo ou dê em cima de mim, não vai mudar o que eu sinto por você, não vai mudar em nada porque no final do dia é com você que eu vou embora, porque é só você quem vai me tocar, me beijar e fazer amor comigo, pois não existe mais ninguém pra mim, só você. - Quando eu terminei de falar levantei os olhos e foquei seu rosto percebendo que ele tinha lágrimas nos olhos.
- Me desculpe, eu te amo, eu não duvido de você, eu juro. – Ele me puxou para os seus braços e me abraçou apertado. – Eu juro que eu vou mudar, eu vou me controlar. Senti seu rosto molhando contra o meu.
- Você entende que apenas se controlar não vai mudar o nosso problema? – Me afastei olhando pra ele.
- Eu sei, eu prometo que vou mudar, eu estou tentando.
- Tudo bem. – Beijei sua bochecha. – Agora me diz por que você surtou por me ver com o Liam? Você trata todos os homens como um perigo em potencial?
- Sim, todo homem que se aproxima eu trato como perigo, mas isso piora se esse homem deu em cima de você.
- E você não acha que eu ter lhe contado vale de alguma coisa? – Levantei uma sobrancelha. – Não aconteceu nada daquela vez e não vai acontecer nada, e nós estávamos conversando sobre o encontro dele com a Victória por quem ele está apaixonado. – Vi ele relaxar. – Agora não tome isso como exemplo, eu não vou ficar lhe contando cada conversa que eu tenho com outra pessoa.
- Está tudo bem. – Ficamos um pouco em silêncio. – Me diz porque você não quis uma gaveta na minha casa? - Perguntou de repente.
- John, uma gaveta é um grande passo, é quase morar junto, e olha só como estamos. – Falei indicando nossa briga. – Eu te amo e quero passar a minha vida ao seu lado, mas eu não posso dar um passo importante como esse sem me sentir segura e no momento eu não sinto, sinto como se a todo momento fossemos ter uma briga, por que alguém falou comigo ou por causa da roupa que eu estou usando. – O olhei atentamente. – Eu preciso ver que você mudou, pra que me sinta segura, e parte de mim, uma vozinha lá no fundo da minha cabeça sempre que você agi assim ela grita que você faz isso porque tem algo a esconder, que se você sabe o que os homens pensam é por que você pensa e faz igual quando não estou com você. – Se é pra ser sincera, vamos falar tudo de uma vez.
- Então é isso que você pensa de mim? - Me olhou parecendo magoado. - Você acha que eu vou te trair.
- Não, de verdade não.
- Mas a voz ainda está lá. – Olhou nos meus olhos.
- Sim, mas eu falo pra ela que eu confio em você.
- Mas, ainda assim você não se sente pronta pra morar comigo. Você realmente acha que eu não mudei nada, você é incapaz de ver que eu já progredi? – Ele parecia ofendido. – Você acha que as pessoas mudam do dia pra noite Ellen? Eu te amo, amo mais do que achei que fosse possível, quero passar a minha vida ao seu lado, quero ser melhor por você, por nós. – Ele tocou meu rosto e agora eu quem estava com lágrimas nos olhos. – Mas, por mais que eu queira não sou capaz de mudar como em um passe de mágica, estou fazendo terapia, tentando me controlar, tentando melhorar, mas é um processo que vai acontecer aos poucos, eu sinto muito mas não existe um botão de desligar.
Refleti sobre tudo que ele falou e ele tem razão, as pessoas não mudam do dia pra noite, é um processo e se eu não apoiar talvez não aconteça.
- Me desculpe. – O abracei apertado. – É que as vezes eu penso que se eu ceder por você ter mudado um pouco vai se acomodar e nada vai mudar realmente.
- Eu lhe prometo pelo amor que sinto, por tudo que é mais sagrado, que eu não vou me acomodar e que vou continuar melhorando. – Falou pegando nas minhas mãos. - Eu experimentei a vida sem você e só tem dor nela.
- Eu prometo estar ao seu lado e manter sempre uma linha de diálogo.
Nos olhamos e nos aproximamos lentamente, nos beijamos selando nosso pacto, nossa promessa. Naquele momento senti que fiz a coisa certa, conversando com ele e deixando as coisas claras.=======
Já deviam ter tido essa conversa faz tempo.
Liam e Victória será que vai?
Espero que as coisas só melhores entre John e Ellen de agora em diante.
Até terça 😘
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Um Toque de Confiança - Meu Clichê (Livro 2) (Concluída)
RomanceEllen Williams é uma mulher romântica, e protetora que ao longo dos seus 28 anos de idade se viu pular de um relacionamento ruim para outro, parecia que era somente ela se apaixonar que o príncipe virava sapo. Depois do seu último namoro que termino...