Capítulo 21.

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Ellen... 

Estava a caminho de casa quando o meu celular tocou, mas não atendi, assim que chegar vejo quem era. Estacionei o carro, peguei a bolsa e caminhei para o elevador retirando o celular da mesma, olhei a chamada perdida e vi que era de Carol, olhei para trás e como o seu carro estava na vaga apenas devolvi o celular para a bolsa e entrei no elevador, em casa falo com ela.

- Onde você estava? – Carol perguntou assim que passei pela porta. – Disse que chegava para o jantar e só veio chegar agora, não atendeu o celular, fiquei preocupada. – Ela falou se jogando nos meus braços e me abraçando.

- Desculpa eu acabei esquecendo que tinha dito que voltava para jantar. – Falei a abraçando. – Está tudo bem.

O escritório onde ela trabalha sofreu uma ameaça tem dois dias e desde então ela está um pouco paranoica, na verdade todos no escritório estão em alerta e Carol não está diferente, ontem mesmo ela foi até a editora pra ter certeza que Meg estava bem por que não atendeu o celular, ela tinha esquecido o aparelho carregando em casa. Mas eu ainda acho que foi um blefe ou uma pegadinha, eles não estão trabalhando em nenhum caso perigoso no momento, acho que alguém está tentando tirar o foco deles de um caso, mas é bom se prevenir.

- Eu falei que ela devia está bem. – Beatriz falou assim que Carol me soltou.

- Mas eu não tinha como saber.

Nesse momento meu telefone tocou, peguei ele na bolsa vendo o nome de Adam na tela.

Ligação on*

- Ellen onde você está? – Perguntou assim que eu atendi.

- Em casa, acabei de chegar.

- Graças aos céus, Carol me ligou perguntando por você e saiu daqui cedo. – Ele começou a falar.

- Foi eu demorei um pouco na rua, mas está tudo bem. – Assegurei o acalmando.

- Tudo bem, que bom. – Ele suspirou. – Tu não assusta a loira que ela pode pirar.

- Adam, você não tem jeito. – Falei rindo da sua expressão.

- Agora que você acalmou meu pobre coração vou desligar que a noite é uma criança. – Ele deu uma risadinha e eu bem que sei que isso significa ele terminando a noite na cama de algum estranho.

- Divirta-se. Boa noite. – Me despedi.

- Boa noite Gostosa.

Ligação off*

- Você ligou pro Adam? – Falei fitando Carol que estava deitada no sofá com Bea. 

- Liguei, você não chegava, não me atendia, ele poderia saber onde você estava. – Ela deu de ombros.

- Minha querida você tem estado muito nervosa.

- Eles ameaçaram o escritório. - Ela falou firme.

Deixei as duas conversando e fui tomar um banho, tomei um banho rápido e não pude deixar de passar os dedos pela minha intimidade me lembrando de John e do que fizemos ali no outro dia.

Terminei o banho e coloquei um pijama azul confortável e voltei para a sala,  passei pela cozinha e fui tomar um pouco de suco e acabei comendo uns biscoitos também.

- Por que você demorou. – Carol pergunta da sala. “Poço da descrição.”

- Estava com John. – Dei de ombros.

Tomei um pouco de água e lavei os dois copos.

- Como assim você estava com o John? – Carol pergunta curiosa.

- Ele foi me encontrar no estúdio, conversamos e fomos jantar. – Falei somente, sei que amanhã elas vão querer saber mais. – Vou me recolher quero olhar umas fotos que tirei hoje. – Falei já andando para o meu quarto. – Boa noite meninas.

- Boa noite. – Elas falaram.

Voltei para o quarto, escovei os dentes e me deitei na cama com o notebook no meu colo, olhei algumas fotos, fazendo a seleção de algumas, depois de um tempo meus olhos começaram a pesar.

**

Ellen...

Acordei abraçada ao notebook, peguei no sono ainda com ele no colo na  noite passada, me estiquei um pouco sentindo os músculos doloridos devido a posição que dormir, sai da cama fui ao banheiro fiz minhas necessidades, escovei os dentes, fui ao closet, troquei de roupa, calcei meus tênis de corrida e sai do apartamento.

A movimentação naquela hora da manhã já era intensa e embora o sol já estivesse alto não estava quente. Corri pela calçada na direção ao Rio, era sempre a minha meta para uma corrida. A medida que eu corria ia pensando na vida, nas coisas que eu já fiz, no que conquistei e ainda quero alcançar, na pessoa que me tornei, o quanto eu mudei e ainda quero mudar, pensei em John.

Depois de alguns minutos correndo os pensamentos vão simplesmente sumindo e eu vou me sentindo mais leve a cada passo. No último ano eu descobri a paz de espírito e como eu posso alcançar a calma através da corrida.

Quando me dei por satisfeita fiz o caminho de volta, as vezes caminhando, as vezes correndo. Fui até uma padaria que tem perto de casa, comprei alguns pães e bolinhos e voltei para casa.

Estava deixando a sacola com as comidas quando ouço passos atrás de mim, olhei para trás vendo a Beatriz com uma camisola curta e esfregando os olhos.

- Você já foi pra rua uma hora dessas? - Perguntou surpresa.

- Acordei cedo e fui correr. – dei de ombros.

- Admiro a disposição. – Ela passou por mim indo tomar água. - Eu quando acordo cedo só penso em dormir mais. - Sorri do que ela falou.

- Trouxe pães e bolinhos. – Falei. – Vou tomar um banho e fazer algumas compras para mais tarde.

Ela assentiu e eu fui para o meu quarto. Vou tomar um banho demorado e relaxante, tomar café da manhã e depois sair para fazer compras no mercado sozinha, gosto se ir ao mercado sozinha e sem pressa, assim posso pegar tudo que quero, ler os rótulos, olhar validade e essas coisas. Sempre trato como um momento de calma só meu. O que é engraçado por que pelo menos 70% da comida que eu compro não sei preparar.

** 

Ellen...

- Só fala uma coisa. – Meg começou enquanto cortava cebolas. – Se você monta o jantar, chama todo mundo para vir aqui, por que eu e Natalie que temos que cozinhar? – Ela terminou me apontando a faca.

- Sua casa, seu jantar, você quem devia ir pra cozinha. – Natalie acrescentou enquanto preparava a carne recheada.

- Primeiro, minha casa, sua casa. – Falei sorrindo. – Segundo obviamente vocês estão na cozinha porque são ótimas, enquanto eu sou um desastre. – Disse o óbvio. – Terceiro, como ousam falar que eu não estou ajudando? – Disse indignada com a faca na mão.

- Você está cortando o queijo. – Natalie rio.

- Vou cortar empanar e colocar pra assar. – Me defendi.

- O fato de cortar o queijo sem ir os dedos juntos já é um avanço. – Meg gargalhou.

- Você sabe que foi só uma vez. 

Elas começaram a rir, meses depois que Meg estava morando comigo nós chamamos algumas pessoas aqui em casa para um queijo e vinhos, como Meg estava no trabalho eu resolvi adiantar e cortar os queijos, faca escapou e quase decepou a pontinha do meu dedo mínimo da mão esquerda,  ele ficou segurado por pouco, antei até a porta de Natalie deixando um rastro de sangue atrás de mim e ela me levou ao hospital, costuraram meu dedo de volta e praticamente não restou cicatriz.

- Eu cheguei em casa e parecia uma cena de crime, era sangue pra todo lado. – Meg comentou. – Vocês duas nem pra avisar. – Sempre que tocamos no assunto ela reclama disso.

- Eu estava morrendo. – Falo com drama.

- E eu estava em estado de choque. – Natalie se defendeu. – Assim que abri a porta achei que essa louca tinha sido esfaqueada.

- E fui, por mim mesma. – Completei rindo.

Continuamos preparando o jantar, macarrão com o melhor molho de tomate do mundo, com direito a queijo, salada verde, carne recheada e queijo empanado. Tulipa ficou de trazer uma sobremesa por isso não me preocupei  em providenciar uma.

Enquanto eu ainda empanava os queijos Grace chegou trazendo três garrafas de vinho tinto e falando que tinha vindo com o motorista para poder beber, sorri do jeito que ela falou. Carol e Beatriz chegaram logo depois com vodca e suco de amora. A carne já tinha saído do forno quando o porteiro ligou avisando que Tulipa e as amigas tinhas chegado, liberei a entrada e pouco depois elas já estava batendo na porta. O apartamento ficou cheio com tantas mulher e eu sorri pensando que em tão pouco tempo elas tinham se tornado pessoas tão queridas.

- Trouxe a sobremesa. – Tulipa falou me entregando um refratário bonito de vidro e madeira com  vários docinhos em forminhas de papel.

Um Toque de Confiança - Meu Clichê (Livro 2) (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora