32 - Rastros

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Deku On
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Seria a minha vez de lançar a bola. Eu teria que manter 1% do meu poder na ponta dos meus dedos e usá-lo segundos antes de arremeçá-la. Pelo menos, na teoria parecia ser um ótimo plano. Contanto que meu poder não falhe ou que eu perca o controle, vai ficar tudo bem.

— Sua vez. — disse o Sensei Aizawa.

— Hai!

Me preparei e, controlando minha individualidade em máxima concentração, estava prestes a atirá-la para longe quando...

— Eh?

...Nani...?

A bola não passou nem de 4 centímetros de distância.

Mas que diabos?

— Hey. — ouvi a voz do Sensei me chamar — Eu assisti tudo o que aconteceu no teste físico. Só quero deixar claro que ser inteligente não te faz um herói por completo.

— Nani? — Olhei pra ele e depois pra minha mão — por que eu não- Woah! — ele me prendeu com as tiras e me virou para ele.

— Eu não terminei... — diz ele com seriedade em sua voz — Vi que sua individualidade não atinge só o seu alvo como também a você próprio. Você mal conseguiu se mexer após aquele golpe. Se não aprender a controlar isso, estará fora da U.A.

Curto e sincero. Tão amargo quanto Tomura Shigaraki.

— W-wakata (*entendido) — respondi num tom nervoso.

— Não conseguiu usar seu poder por que eu o bloqueei com o meu poder. — percebo que seus olhos estão num tom de vermelho incandescente — Mas não vou detê-lo novamente. Era só um "estímulo" ou como queira chamar.

Ele me soltou e eu enfim pude voltar a respira direito depois daquele aviso nem um pouco tenso.

Então ele não vai aceitar individualidades auto destrutivas aqui a não ser que sejam possivelmente controláveis? Isso é, de certa forma, correto, porém um tanto angustiante para aqueles que se quebram usando seu próprio poder.

Agora vai!

Controlo o 2% do meu poder na ponta dos meus dedos. Concentro toda a força em um único arremeço. Assim que a bola levou 0,1 segundo para se afastar de minha mão eu a jogo para longe. Aquele pouco nível de poder fez uma grande rajada de vento para a direção da jogada. Senti que todos se impressionaram. Só o que me chateou um pouco foi que meu dedo ficou danificado por conta do impacto. Fora isso...

— Hm... — ouvi um "beep" da maquininha do Sensei — 710,2km.

— Wow, incrível. — escutei o ruivo dizer atrás dos outros.

A do Katsuki deu 705,2km. Sorri internamente pois estava sentindo seu ódio intenso em meu corpo inteiro como um calafrio.

— Sensei...? — disse eu com um sorriso destemido no rosto — Eu ainda consigo me mexer!

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QuEbRa De TeMpO
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Tenham medo... Porque estou aqui [VILLAIN DEKU]Onde histórias criam vida. Descubra agora