39 - Surpresa Ruim

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Deku On
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Dois dias depois, recebi uma ligação. Era o garoto Iida. Eu atendi.

— Moshi, moshi?

Midoriya-kun, tudo bem eu ir aí agora? —

— Claro, sem problemas. — respondi.

Certo. Não vou demorar. — disse ele desligando o aparelho logo depois.

Quanto mais confiante eles estiverem comigo mais fácil será prendê-los em meus planos. E que maneira melhor para isso do que com a pena? Pessoas como eu não gostam de se fazerem de coitadas mas para algo tão importante é até engraçado.
Esperei até ouvir batidas na porta. Eu atendi.

—Ohayō, Iida-kun! — Sorri.

— Ohayō, Midoriya-kun. — disse o garoto formalmente. — Não quero incomodar, só queria saber se você estava melhor ou se precisava de alguma coisa.

Quanta consideração. Nem parece que iria deixar a própria amiga ser esmagada por um robô gigante.

— Ah, arigatō. Eu estou melhor sim. Está tudo bem por aqui. — respondi de forma convincente.

— Que bom... E... Como ela está? — Ele perguntou como se estivesse com medo da minha resposta ou como se fosse uma pergunta ofensiva.

— Os médicos estão cuidando bem dela. Daqui uma hora vou receber a ligação do doutor para me dar notícias. Okäsan está se recuperando aos poucos lá. — respondi num mesmo tom seguro.

— Isso é ótimo! — disse ele contente — Não se preocupe, os heróis já estão a procura do culpado. Ela será pego e punido, tenha certeza.

Ele será punido... Por mim...

— Sim, assim espero. Alguém que machuque as famílias alheias dessa forma não pode ficar solto por aí, não é? — disse eu tentando esconder a raiva que senti ao lembrar daquelas cenas. — Quer entrar?

— Ahn, er...

Logo então percebi o problema de sua inquietação: Ele estava com medo. Sua postura e expressão de sério não deixava explícito mas dava pra perceber que estava incomodado de estar neste lugar onde uma pessoa foi quase morta por um vilão a solta. Ele não iria admitir para não parecer indelicado.

— Tudo bem, você deve estar ocupado agora. — sorri novamente — daqui a pouco eu vou ter que sair também.

— Ah. Sim. Certo.

— Mas obrigado por vir me ver. De verdade. Não estou acostumado a receber visitas de ami-... — parei — Ah... Somos... Amigos, né?

— Claro que sim!

Fofo, ele.

— Fico feliz em ouvir isso. Você e a Uraraka podem vir me visitar quando quiserem, serão bem vindos aqui.

— A-arigatō, Midoriya-kun. — sorrio o maior — Então, fique bem, tá?

— Hai!

Ele se virou e saiu andando.
"Educado" é a palavra que mais combina com ele. "Dócil/amável" com a Uraraka. Esses dois vão servir perfeitamente.

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QuEbRa De TeMpO
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Não estava mentindo quando disse que precisaria sair. Agora preciso ir até o covil da liga.

Antes de sair, recebi outra ligação. Desta vez era o doutor. Sua voz calma e serena novamente me tranquilizou. Disse que os tratamentos estavam surtindo efeitos positivos na Okäsan. Ela ainda não havia acordado pois estava em coma mas ficaria bem melhor e não correria nenhum risco de vida. Isso me fez suspira de alívio. Agradeci e desliguei o celular.

Pessoas como você, doutor, devem e merecem sobreviver. Pessoas como você são os verdadeiros heróis deste mundo.

Me levantei. Fui na cozinha, peguei uma maçã e sai de casa colocando o capuz em minha cabeça.
Eles não sabem que estou indo pra lá então... espero que não se importem.

Passei pelas mesmas ruas, as mesmas estradas, as mesmas rodovias vazias, afastado do lado mais colorido da cidade.
Cheguei na porta do casarão do All For One e dei duas batidas na porta. O mesmo homem enorme e másculo de sempre apareceu na janelinha do portão, o segurança.

— Midoriya Izuku. — me apresentei.

O mesmo apenas consentiu e destrancou a pesada porta de ferro do casarão. Entrei sem muita cerimônia e fui em direção a um pequeno salão na parte interna, passando pelo jardim das 100 estátuas realistas.
Apressei os passos indo diretamente até a porta.

Caminhei pelos corredores vastos da casa até a porta final à frente.
Ouvi algumas risadas e uns murmúrios ao fundo. Alguém estava dando sermão e outro estava rindo. Só consegui entender uma frase: "não quer acabar petrificada também, quer?". "Petrificada"? Essa voz... é a do Dabi...
Também ouvi uma voz familiar. Muito familiar mesmo... O suficiente pra me fazer abrir a porta bruscamente.

Todos pararam tudo o que faziam para dar atenção a quem havia acabado de entrar.

Twice havia gritado e caído no chão com o susto. Dabi me olhou demostrando estar surpreso e preocupado. Tomura estava sentado numa cadeira perto da mesa de centro. Ficaram surpresos, mas não como uma boa surpresa.

Meu coração gelou. Senti fortes náuseas.
A única coisa que me fez arregalar meus olhos foi ver a Okäsan me encarando no meio deles.





















Pode passar que tem mais 💓👄💓💅
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Tenham medo... Porque estou aqui [VILLAIN DEKU]Onde histórias criam vida. Descubra agora