45 - Noite Chuvosa

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Deku On
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O bicolor já havia feito sua escolha. Parecia não se importar muito em falar sobre essas coisas comigo. Confesso que, pelas descrições de sua personalidade (tão frio e indiferente com os outros), fiquei contente em saber que ele confiava em mim. Me fez sentir importante.

— Ainda não temos um plano. Teremos de ser pacientes. — alertei a ele.

— Eu sei. Serei paciente até que consiga pensar em algo.

— Pretende ferí-lo mesmo?

Senti que ele estava um tanto inseguro sobre isso, mesmo que fosse quase impossível de se notar.

— Ele não me deixa escolha. Vou machucá-lo, como ele me machucou. — afirmou ele com certeza.

Não havia notado antes, mas o tapa que seu pai lhe deu foi tão forte que acabou ferindo a lateral de sua boca. Havia um pouco de sangue ali. Sem falar nos pequenos arranhões – bem escondidos – em seus braços.

— Soka... Mas enfim, espero que fique tudo bem quando voltar para casa. Ele não bate mais em você... Ou bate?

— ...

— Espera, ele ainda...?

— Eu não respondo às provocações dele, por isto ele se ira contra mim, porém, me bater é algo que ele tenta evitar ao máximo. O pilantra não quer que eu seja visto com marcas pelo corpo quando for para o colégio. — respondeu ele.

Acho que eu não disse a ele... Mas a cada palavra que sai de sua boca sobre o Endeavor me deixa com mais vontade de apagá-lo com belos tiros.

— Que psicótico ele é. E ninguém além da sua família sabe disso. Isso é terrível.

— Não é mais tão terrível. — ele olha para mim — Você me ouviu, escutou tudo atentamente, acreditou em mim e está realmente tentando me ajudar. Isso... Isso vale muito pra mim.

Que ótimo...

— Não precisa mais carregar tudo isso sozinho, afinal, agora... somos amigos, nee? — ele se surpreendeu de uma forma muito repentina.

— A-a... Amigos...? — gaguejou o maior.

— Hai! — Respondi sorridente — Ah, claro, isso se você quiser.

— E-eu... Sim. Quero sim.

O brilho em seu olhar mudou novamente. Parecia que a fera dentro dele havia se acalmado... Não... Suas chamas internas haviam se acalmado. – mas na se apagaram.

— Fico feliz!

— E... Sobre voltar pra casa...

— Sim?

— Não vou. Não hoje.

— Está com medo? — perguntei confuso.

— Não é medo. Só não vou conseguir aturar ele está noite. Ouvir ele falar e gritar o meu nome é um saco. Detesto quando ele faz isso. — explicou o garoto de pele alva.

Tenham medo... Porque estou aqui [VILLAIN DEKU]Onde histórias criam vida. Descubra agora