Capítulo 29

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Alice: Mamãe... Eu... – ela não conseguia respirar.

Juh: Alice...

Eu: Filha, o que foi?

Alice: Eu... Não... res... – foi caindo.

Nat: Alice fala com a mamãe filha...

Eu: A bombinha dela rápido – fiz massagem cardíaca nela, ela estava desmaiada e precisava manter o ar circulando e o coração batendo até ela receber a medicação. A Júlia pegou. – 4 vezes.

Juh: É muito mãe.

Eu: Ela tá desmaiada Júlia, e tá azul, faz o que eu estou mandando... – parei a massagem e ela fez e logo a Alice voltou a respirar, o lábio que estava azul voltou a coloração normal. – Consegue se sentar amorzinho?

Alice: Sim... – sentou dobrou os joelhos colocando a cabeça entre os joelhos e respirando.

Eu: Muito bem... Pega meu estojo pra mim, preciso ver a pressão dela. – a Natalie foi pegar. Ela estava bem. A pressão caiu um pouco. A ajudei a ir pra minha cama.

Nat: Não é melhor leva-la ao hospital?

Eu: Vou pedir a Luíza ou o Rodrigo pra vir aqui, examiná-la e dar um atestado. Amanhã vou no colégio. Não vai passar batido.

Alice: Não mãe. Não precisa.

Eu: Precisa Alice... – mandei mensagem pra Luíza, mas alguma enfermeira respondeu, ela estava em cirurgia. Logo mandei para o Rodrigo e ele estava indo lá pra casa. Ele examinou a Alice, fez várias perguntas. Ele levou um bloco de laudo e de atestado. Ele deu uma injeção nela e não demorou muito ela dormiu. Saímos do quarto.

Rod: Aqui... Ela não pode fazer mais isso. O coração dela hora tá bradicardico hora tá taquicardico. A respiração dela não está boa. Ela não pode fazer esforço dessa maneira. Se ela estiver cansada nas atividades, ela tem que parar e não fazer mais. Se ela estivesse sozinha em casa ela teria morrido.

Eu: Isso já é o suficiente pra enfiar na cara daquele abusado daquele professor de educação física.

Rod: Ela vai dormir a noite toda, mas amanhã é bom leva-la pra fazer uma tomografia.

Eu: Sim, vou leva-la pela manhã.

Rod: Ok.

Eu: Obrigada por vir. – ele foi embora. A Natalie ia dormir lá em casa. As meninas já estavam dormindo e eu abri um vinho e me sentei na varanda com ela.

Nat: A Alice doente, a Júlia magoada com um amor.

Eu: Eu ainda nem absorvi que ela gosta de meninas – ri.

Nat: Eu fiquei surpresa – riu.

Eu: Eu também. Ela nunca demonstrou nada, e ela sempre falava de meninos, sempre dando gritinhos quando conhecia algum garoto.

Nat: Ela nunca falou comigo sobre nada disso – suspirou.

Eu: Não acha que depois de hoje ela pode abrir um pouco a guarda a você?

Nat: Espero que sim. Ela parece nunca me perdoar por nada.

Eu: E eu nem entendo por que ela ainda fica assim.

Nat: Ela não fala. Eu já tentei.

Eu: Vamos ver como vai ficar daqui pra frente. E como vamos fazer com o professor e com essa garota?

Nat: Amanhã vamos levar a Júlia para escola, depois vamos levar a Alice ao hospital para fazer exames e de lá vamos ao colégio conversar com a diretora e o professor. Você vai trabalhar amanhã?

Eu: Eu tenho uma cirurgia amanhã as 15 horas, então eu vou só a tarde.

Nat: Ok. Eu vou trabalhar de casa e fico com ela o dia todo. – terminamos o vinho e fomos dormir. A Alice dormiu na minha cama e de madrugada levantei pra pegar água e vi a porta do quarto de hospedes aberta, fui até lá e vi a imagem que nunca esperei ver, a Júlia dormindo com a Natalie abraçada. Fiquei meio sem reação. Puxei a porta, desci tomei água e subi voltando a dormir. De manhã acordei a Alice.

Eu: Filhinha... bom dia... acorda a gente precisa ir ao hospital fazer uns exames... – ela abraçou meu pescoço como ela fazia todas as manhãs ainda de olhos fechados e sussurrava um bom dia.

Alice: Bom dia...

Eu: Bom dia meu amor...

Alice: Eu to com falta de ar.

Eu: Vamos fazer uma bombinha?

Alice: Tá... – ela fez e foi tomar banho. Eu tomei banho, me troquei e desci. A Natalie já tava tomando café com a Júlia e a Alice.

Eu: Bom dia filha – dei um beijo na Júlia.

Juh: Bom dia...

Eu: Bom dia Nat – dei um beijo na testa dela e as meninas se entreolharam.

Nat: Bom dia querida.

Juh: Nana, faz batata frita pra mim hoje? Eu estou morrendo de vontade.

Inácia: Mas você não estava de dieta? – botou as mãos na cintura.

Juh: Estava até o dia da minha festa agora eu estou curtindo fossa e posso comer todas as besteiras do mundo.

Inácia: Tá bom... – rimos. Terminamos o café e fomos para o meu carro.

Eu: Bom dia amorzinho.

Juh: Bom dia te amo.

Nat: Bom dia filha.

Juh: Bom dia mama te amo... Te amo Lice... – a beijou e saiu do carro rápido. Ficamos em silencio.

Alice: Ela disse que ama a mama...

Nat: Ela disse que me ama...

Eu:Ela disse que te ama... –ficamos catatônicas. Alguém buzinou me tirando dos pensamentos e eu sai com ocarro. Fomos ao hospital o Rodrigo logo a atendeu, fez a tomografia e umecocardiograma.

NATIESE EM: A CULPAOnde histórias criam vida. Descubra agora