Capítulo 95

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NATALIE NARRANDO...

Vamos ter uma menina. Zoe, significa vida. Era o que nossa filha era para nós. A Pri me mandou um buquê de flores lindo. A noite a gente acabou discutindo. Eu voltei para o quarto de hospedes. Eu estava sendo idiota com ela. Ela não merecia isso e estava com raiva e emburrada com razão, tanto que nem foi me procurar. Acordei de madrugada pra dar uma olhada na Alice, ela estava com febre de novo. Dei outro remédio a ela e fiquei na cama com ela. Ela estava piorando acordei com ela me chamando. A asma da Alice não era normal, e depois do acidente, e ela teve uma parte de um dos pulmões ressecados na cirurgia então ela não teria mais simples gripes como qualquer pessoa. As gripes dela poderiam evoluir para uma pneumonia rapidamente.

Alice: Mama?

Eu: Oi amor? A mamãe está aqui.

Alice: Eu quero vomitar.

Eu: Vem a mamãe te ajuda – a ajudei a ir até o banheiro e ela vomitou muito. Tinha um pouco de sangue no vômito dela. Ela escovou os dentes. – Eu vou chamar sua mãe pra te examinar tá? – fui acordar a Priscilla. – Priscilla... Priscilla?
Pri: Oi? O que foi?
– acendeu o abajur assustada.

Eu: A Alice não está bem. Acabou de vomitar tinha um pouco de sangue, está com febre de novo já dei remédio e não passou. ela levantou pegou uma maleta no banheiro e foi para o quarto dela. A examinou, fez perguntas. – O que ela tem?

Pri: Parece pneumonia de novo. – suspirou. - Pega o inalador dela Natalie. – eu peguei, ela pingou alguns remédios. – Vamos fazer uns minutinhos de inalação filha? – ela recostou na cama, a Pri saiu do quarto e foi no armário dela logo voltou com duas ampolas, fez a mistura dos remédios e colocou na seringa. Era um composto com as mesmas funções da benzetacil. Não doía como ela, mas tinha o mesmo efeito e a Alice era alérgica a benzetacil também. Logo a inalação acabou e ela dormiu. A febre já tinha passado e ela respirava melhor também. – Ela vai dormir o resto da madrugada. Ela não vai ao colégio tá, não tem condições e ela não pode se expor a friagem também. – pegou o controle e desligou o ar condicionado do quarto dela - Se até a hora do almoço ela não estiver um pouco melhor me avisa e leva ela até o hospital pra fazer um raio x dos pulmões dela.

Eu: Tá bom. – ela juntou tudo guardou e saiu do quarto. Ela estava realmente chateada comigo. Ela me tratou como mãe de paciente literalmente. Eu não dormi quase nada, estava exausta de manhã. Quando fui até o quarto a Priscilla estava acabando de se arrumar pra ir trabalhar. Ela estava linda, com uma saia lápis preta, uma blusa branca de cetim, um escarpim preto e branco, uma maquiagem clara, mas com batom vermelho escuro. – Bom dia.

Pri: Bom dia... Como a Alice tá?

Eu: Dormindo, não teve mais febre. Onde vai toda arrumada assim?

Pri: trabalhar.

Eu: Isso tudo pra trabalhar Priscilla? É sério?

Pri: Acha que vou pra onde? Não sei se notou, mas eu não faço mais nada além de ir para o hospital e vir pra casa. E sim eu vou trabalhar eu tenho uma reunião muito importante hoje sobre uma expansão do hospital e depois teremos fotos disso em tudo que é jornal da cidade eu preciso estar bem vestida, afinal eu sou a chefe do hospital. – pegou a bolsa dela e saiu – Bom dia pra você.

Eu: Não vai tomar café?

Pri: Eu tomo no hospital. – vi que ela entrou no quarto da Alice e logo saiu.

Eu: Ótima maneira de começar o dia né Natalie. – tomei um banho, coloquei uma roupa confortável peguei meu notebook e uma pasta, ia trabalhar de casa. Desci com tudo, tomei café da manhã com a Júlia a levei para o colégio e logo voltei. A Alice tomou café e deitou no sofá pra ver televisão, os gatos corriam pela casa e eu fui para o meu home office trabalhar. Nos próximos 15 dias a Priscilla me ignorava de todas as maneiras. Não dividíamos a mesma cama, mal conversávamos. Ela chegava super tarde. Era dia 10 de maio dois dias antes do dia das mães, era sexta feira, eu não ia trabalhar fui fazer compras de manhã e fui pra casa. Quando cheguei tirei tudo do carro e meu celular tocou era a Luíza. – Oi Luíza?

Luíza: Me diz que você está em casa?

Eu: Sim estou o que foi?

Luíza: Eu estou com contração a cada 5 minutos eu preciso ir para o hospital.

Eu: Estou descendo ai. – avisei a Inácia e liguei para a Priscilla que não atendeu. Desci na porta da casa dela e logo entrei chamando por ela. – Luíza?

Luíza: Sentada na escada. Eu parei aqui, porque eu estou tendo uma contração agora. Ai... Isso dói demais... – suava e gemia.

Eu: É... Dói bastante. As suas coisas e do bebê onde estão?

Luíza: No sofá. – eu peguei tudo coloquei no meu carro e voltei para pegá-la.

Eu: Vamos? Sua bolsa estourou?

Luíza: Não. Mas a Vera disse que poderia acontecer. Aiiiii... – me apertou.

Eu: Ok... Calma com a minha mão. Eu preciso dela pra dirigir...- a coloquei no carro e logo chegamos ao hospital fiz a ficha dela e subimos para a maternidade encontrei a Priscilla no caminho com a Maria Clara. Ambas com roupa de cirurgia, deveriam estar saindo de alguma cirurgia e juntas.

Pri: O que você está fazendo aqui?

Eu: Luíza está em trabalho de parto.

Luíza: Isso dói demais.

Pri: É... Doi mesmo. Tentar passar um bebê de quase 4 quilos pela vagina é complicado a Alice saiu daqui e achei que fosse morrer. – a Pri olhou pra baixo e olhou pra Luíza – Ok... Hoje é o dia mundial de bolsas rompendo em cima de mim.

Luíza: O que?

Pri: Sua bolsa... Acabou de romper no meu sapato.

Luiza: Achei que eu não estava conseguindo controlar minha bexiga – riu.

Pri: Cuidado com a poça – a ajudou se sentar na cadeira de rodas. – A Vera está num congresso fora do Rio.

Maria: Já perdi as contas de quantos partos fiz hoje. Vamos lá vou te examinar – a levou para uma sala.

Pri:Eu vou me trocar –saiu andando sem falar comigo. 

NATIESE EM: A CULPAOnde histórias criam vida. Descubra agora