PRISCILLA NARRANDO...
Meu casamento estava estranho. Eu e a Natalie estávamos nos desentendendo atoa por causa da Maria Clara que tem me ajudado muito numa situação bem delicada. Hoje é dia 10 de julho ela está com 32 semanas o tempo passou muito rápido, e eu tenho trabalhado feito uma maluca nesses meses. E consequentemente as brigas entre Natalie e eu aumentaram. O quarto da nossa filha já estava pronto e lindo, o projeto dela ficou incrível. Hoje é o chá de bebê e a duas semanas a gente não briga, mas a Natalie está distante de mim, mas para evitar brigas eu não reclamo. Sexo eu não sei o que é isso a mais de mês e ela não me deixa tocá-la. A Zoe chega no máximo até a primeira semana de setembro. A decoração ficou linda logo os convidados começaram a chegar. Eu tomei banho me troquei, e quando sai do closet a Natalie estava calçando uma sapatilha.
Eu: Você está linda.
Nat: Obrigada – sorriu de leve.
Eu: Deixa que eu te ajudo – a ajudei a calçar. – Vamos descer?
Nat: Vamos... – peguei na mão dela e descemos.
A festa estava bem bonita os convidados foram chegando os poucos, meus sogros estavam em casa. Eu comecei a me sentir estranha, era muita gente falando ao mesmo tempo quando uma bandeja caiu na cozinha me assustando. Eu dei um grito de susto. A moça do buffet pediu desculpas.
XX: Desculpa senhora.
Eu: Imagina, eu que assustei, estava distraída. – sorri de leve. Sai da cozinha e fui até o jardim a procura da Maria Clara. A festa estava perto do fim, só estavam a família e poucos amigos íntimos. Ela estava numa mesa com a Diorio e a Luíza que amamentava o bebê. Eu peguei meu celular e mandei uma mensagem pra ela que logo viu.
Eu preciso de ajuda. Me encontra no meu escritório.
Ela leu me procurou pelo jardim até me alcançar com os olhos. Ela fez um sinal de quem tinha entendido e eu voltei para dentro da casa e entrei no meu escritório enchi um copo de uísque e tomei inteiro. Em seguida enchi de novo e ela veio e fechou a porta.
Maria: Pri, não... – tirou o copo da minha mão.
Eu: Eu... Eu preciso.
Maria: Não, você não precisa. Você precisa se acalmar. – puxou uma das cadeiras e me sentou. - Coloca a cabeça entre as pernas e respira fundo. - Eu fiz isso e comecei a chorar muito
Eu: Tinha muita gente falando ao mesmo tempo a tarde toda, e eu estava desconfortável e agora moça do buffet, deixou uma bandeja cair, e parecia um som distante de tiro e... – solucei.
Maria: Isso, desabafa, sei que ainda é difícil já falamos sobre tudo isso – passava as mãos carinhosamente nas minhas costas. Eu chorava descontroladamente contando a ela o que tinha acontecido na cozinha. – Eu estou aqui com você. Você não está sozinha, nada de ruim vai acontecer – a porta foi aberta no rompante.
Nat: Poderiam ao menos respeitar minha casa, e o chá de bebê da sua filha né Priscilla, já que quer ter amante poderia respeitar a casa que suas filhas moram – falou com raiva.
Eu: Natalie não é nada disso... – ela me cortou e eu não parava de chorar.
Nat: Não é de hoje que eu escuto telefonemas com essa dai, encontros marcados e você diz que é reunião e eu sei que está falando com ela. Eu vi você falando no escritório o dia seguinte que o Gael nascendo sobre estar com sentimento de traição. Eu não sou tão idiota quanto pensa Priscilla, se era pra fazer isso, porque se casou comigo? Por que tudo isso se não pretendia ser fiel a mim.
Eu: Pra mim... não dá... – solucei e sai do escritório batendo a porta. Peguei a chave do carro.
Júlia: Mamãe, o que foi?
Eu: Nada.
Júlia: Onde vai? – eu entrei no meu carro e sai. Eu dirigi não sei por quanto tempo até parar numa praia deserta que eu sempre ia quando estava mal. Eu não percebia quando ia parar lá, mas no fim eu sempre estava na mesma praia e no mesmo lugar. Desci do carro e me sentei na areia. Eu chorei muito. Eu acordei numa noite, com as memórias nítidas do atentado ao hospital e por um momento o Alexandre estava na minha cama e eu o enforcava, e quando acordei eu apertava o travesseiro da Natalie com toda força que eu tinha. Meus dedos estavam brancos, porque não corriam sangue devido a força que eu fazia. E naquele momento eu senti um choque em mim. Poderia ser a Natalie ali, poderia ser o pescoço dela ali. Eu dei graças a Deus aquele dia por ela ter brigado comigo e ter dormido no quarto de hospedes. Eu poderia tê-la matado inconscientemente. Quando a Luíza entrou em trabalho de parto tudo ficou ainda mais intenso na minha mente, a morte do Rodrigo vinha na minha mente a cada vez que eu entrava na emergência ou passava pela cardiologia ou entrava no centro cirúrgico. A primeira crise que eu tive na frente de alguém foi da Gabi que estava numa cirurgia comigo e eu travei totalmente quando uma bandeja de instrumentos cirúrgicos caiu no chão quando um residente encostou acidentalmente nela, e a Maria Clara estava na galeria assistindo a cirurgia então ela me chamou para conversar e ela vem me ajudando desde então. E a Natalie, entendeu tudo errado...
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NATIESE EM: A CULPA
Hayran KurguMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese Felix, tenho 34 anos, sou médica cardiologista e cirurgiã geral, atualmente moro num condomínio na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Sou divorciada de Natalie Kate Smith de Almeida 35 anos arquiteta e engenheir...