Capítulo 7

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Nat: Como elas estão? Pri eu não achei que fosse dormir eu não sei o que houve, eu fiquei pensando no Pedro e... – falava sem parar e eu a cortei.

Eu: Você vai subir, vai pegar suas coisas e vai sair dessa casa agora. Eu vou dar um banho nas minhas filhas e quando eu terminar eu não quero ver você nessa casa mais.

Nat: Essa casa também é minha – falava chorando.

Eu: Tá vendo esse papel aqui? Olha o que está escrito... Conselho Tutelar do Rio de Janeiro. A partir de hoje seremos vigiadas por uma assistente social por negligenciar as nossas filhas. E sabe porque? Porque você deixou as meninas com fome o dia todo, encheu a cara de vinho e calmantes e apagou. Porque nossa filha levou 7 pontos na mão tentando pegar leite para se alimentarem e o copo quebrou e pra limpar ela se machucou. Porque a nossa outra filha se machucou quando uma poltrona caiu em cima dela e ela quebrou uma costela. Por pouco, eu volto pra casa sem a guarda das meninas, e sabe porque eu não perdi? Porque elas são nossas filhas biológicas e a assistente social me deu o beneficio da duvida. Então me faz esse favor logo Natalie, pega as suas coisas e vai embora dessa casa. Quando você resolver sair dessa bolha de vitimização que você entrou você volta, se não for tarde demais. – falei tremendo de raiva. Subi entrei no meu quarto peguei o telefone pedi comida para nós e fui dar banho nelas. O Rodrigo foi embora, logo a comida chegou, elas comeram escovaram os dentes e foram ver desenho na minha cama. Eu tomei banho enquanto isso e chorei de raiva. Quando sai a Natalie fazia a mala dela. Ela saiu falou com as meninas e as duas mal falaram com ela. Elas eram pequenas, mas entendiam tudo aquilo. Ela disse que ia pra casa da grandma mas eu não falei nada. A raiva que eu sentia era muito grande naquele momento. Deitei com as meninas, elas acabaram dormindo na minha cama. Na véspera de natal a assistente social foi até minha casa. – Oi Raul?

Raul: Dona Priscilla, a Dona Marcia assistente social está aqui.

Eu: Pode liberar Raul, obrigada. – ela chegou dois minutos depois. Abri a porta pra ela. – Oi boa tarde. – sorri de leve.

Marcia: Boa tarde, espero não estar incomodando.

Eu: Não, imagina. As meninas estão fazendo um lanchinho. Tiraram uma soneca acordaram famintas. – ela entrou. – Júlia, Alice, lembra da tia Marcia lá do hospital?

Marcia: Oi meninas... – sorriu.

Júlia: Oi tia Marcia toma café com a gente... – levantou e pegou uma xicara pra ela e eu a servi e me sentei.

Marcia: Obrigada. – sorriu – Você melhorou a mãozinha?

Júlia: Dói as vezes, mas ai a mamãe passa remédio e melhora e tem que tomar cuidado também.

Marcia: E você Lili ainda dói o corpo?

Alice: Dói, é ruim ficar com esse treco aqui – falava do colete. As meninas bateram um super papo com ela. Logo levantaram da mesa e foram brincar.

Marcia: Elas parecem bem.

Eu: Sim estão.

Marcia: E a mãe delas?
Eu: Eu pedi pra ela sair de casa.
– suspirei – Senta por favor – nos sentamos no sofá enquanto elas brincavam no jardim.

NATIESE EM: A CULPAOnde histórias criam vida. Descubra agora