NATIESE EM: A CULPA

Capítulo 37

XX: Miguel Antônio Rodrigues 55 anos, estava bêbado a essa hora da manhã, ele quem causou o acidente. Pressão arterial está muito elevada e teve duas paradas também. Mais um pouco e o carro da senhora teria caído na água.

Eu: Eu fico com ele. – fui o levando para o trauma.

Lucas: Doutora, é sua família, e esse homem causou o acidente, não pode cuidar dele deixa que a gente faz isso – me afastou.

Eu: Não... Ele não vai morrer. Aplica adrenalina e traz o carrinho de parada agora... – olhei pra ele – Você não vai morrer... Eu não vou deixar você morrer...

Lucas: Doutora Pugliese, se afasta... A gente não vai deixa-lo morrer... – eu sai. E parei no meio da emergência. Olhei para um lado minha filha com um monte de médico em volta, olhei para o outro e minha mãe estava sendo intubada.

Rod: Priscilla, o que aconteceu? Acabei de sair de uma cirurgia. – veio assustado.

Eu: Salva aquele homem, não deixa ele morrer. Ele bateu no carro da minha mãe, e a minha mãe e a minha filha estão morrendo. Salva esse desgraçado Rodrigo, eu quero ele vivo – falei trincando os dentes.

Rod: A Natalie, já avisou a ela?

Eu: Não... Eu... Eu vou ligar pra ela. – fui até minha sala e peguei meu celular. Esperei um pouco respirei fundo e liguei pra ela.

Nat: Oi bom dia – falou sorrindo.

Eu: Natalie, onde você está?

Nat: Na empresa, acabei de chegar o que foi? Por que tá com essa voz?

Eu: Vem para o hospital agora.

Nat: O que houve Priscilla?

Eu: Bateram no carro da minha mãe, na ponte Rio Niteroi.

Nat: Ah meu Deus... Como ela tá?

Eu: Ela está com traumatismo craniano, parada cardíaca e foi intubada agora, eu não sei o que ela como ela está.

Nat: Meu Deus... As meninas, precisam saber.

Eu: Natalie...

Nat: Oi?

Eu: A Alice estava no carro. A minha mãe estava levando-a para o colégio e um cara bêbado a essa hora da manhã bateu no carro delas – solucei.

Nat: Minha filha... Meu Deus... A minha filha... Como ela está?

Eu: Ela está sendo intubada também, ela teve duas paradas cardíacas. Eu... Eu não posso fazer nada... Não me deixam chegar perto delas. – chorava.

Nat: Eu estou indo até ai.

Eu: A Júlia, ela precisa saber.

Nat: Eu vou falar com a Helena mãe da Hanna e pedir que ela avise. Elas tem prova hoje no terceiro horário.

Eu: Ok... Vem logo – desliguei. A Luíza veio. – E ai? Como minha filha está?

Luíza: O pulmão dela colabou, e as paradas cardíacas pioraram o sopro no coração. Ela está com tamponamento cardíaco. Doutor Hernandez vai operar o coração dela e eu o pulmão. Ela está em estado grave Priscilla. Já temos o histórico médico dela, preciso só que assine a autorização. – eu assinei.

Eu: Eu vou assistir...

Luíza: Não. Claro que não. Vou mandar fechar a galeria, você não entra lá, você é mãe, vai ter que ficar aqui e esperar. Eu vou te manter informada.