Capítulo 32

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ALICE NARRANDO...

Eu peguei de novo minhas mães se beijando e aquilo não era um beijo casual. Eu sai bem sem graça do escritório e subi indo pro quarto da minha irmã.

Eu: Júlia...

Juh: Hum?

Eu: Eu acabei de ver. – ri.

Juh: Viu o que?

Eu: A mama e a mamãe se beijando. E não foi um simples beijo.

Juh: Elas estão se envolvendo de novo por acaso? – virou a cadeira de frente pra mim.

Eu: Eu acho que sim. O beijo da sua festa não foi simples, e esse então, se eu não chegasse antes, poderia ter pego as duas peladas.

Juh: Ai... Vou lavar meus ouvidos com agua sanitária depois de ouvir isso. Não quero imaginar as duas peladas.

Eu: Júlia, pensa... As duas juntas de novo seria um máximo. – eu estava super feliz.

Juh: Você não se lembra de como foi quando se separaram, então por favor, não crie expectativas.

Eu: Seja otimista Júlia. E você precisa perdoar a mama. Afinal, eu nem sei por que você fica assim com ela todos esses anos.

Juh: É complicado Alice.

Eu: Ela é sua mãe, e ela te ama mais que tudo. Ela aguenta sua grosseria, seu mau humor, suas patadas diárias, as inúmeras mulheres que ela estava conhecendo apenas e você botou pra correr.

Juh: Não bota isso ai na minha conta não, porque você também tem muito a ver com isso. Você infernizou todas as namoradas e possíveis namoradas da mamãe e da mama.

Eu: Eu sei – ri. – E eu quero muito que isso vá para frente nem que pra isso eu tenha que dar um empurrãozinho.

Juh: Alice... Não se mete nisso.

Eu: Você também deveria se meter. – sai do quarto dela. Eu fiquei feliz com o que vi. Quero que isso aconteça, e vou trabalhar bastante para que isso aconteça se for preciso.

JÚLIA NARRANDO...

Minhas mães falaram com a Hanna, e eu vi tudo. Eu estou tentando me aproximar da mama, mas ainda acho difícil. Agora a mama e a mamãe se pegando. Tem bastante coisa acontecendo. No dia seguinte cheguei no colégio tinha prova, duas provas na verdade. Fiz a primeira prova e tivemos um período vago, eu não vi a Hanna, depois tivemos a outra prova e um intervalo. Fui a cantina comprei um lanche e a Hanna veio.

Hanna: Podemos conversar?

Eu: Se for pra me chamar de patricinha esnobe ou me comparar com uma de novo acho melhor não.

Hanna: Não Juh, eu não vim aqui pra isso. – se sentou. – Eu fiquei assustada. E eu reajo de maneira bem descontrolada quando fico assustada. Eu gosto muito de você, de quem você é, da sua essência e eu me choquei com seu mundo. Eu fui muito humilhada, por uma pessoa que tinha exatamente tudo que você tem e fui chamada de oportunista no meu antigo colégio por isso. Eu precisei de terapia por causa disso. Eu... – deixou cair uma lágrima – Eu não gosto de falar disso.

Eu: Não precisa falar – sequei a lágrima que caia. – Olha só, eu vi que falou com minhas mães ontem e a minha mãe falou que se você contasse que conversaram ela arrancaria seu coração – rimos.

Hanna: Sim... – riu.

Eu: Vai lá pra casa hoje. Almoça comigo. Minha mãe está de folga. Passa esse dia comigo e você vai conhecer a minha vida e um pouco da minha família. Você vai tirar essa impressão ruim que tem do meu mundo, topa?

Hanna: Preciso pedir permissão pra minha mãe.

Eu: Tudo bem – olhei para os lados e dei um beijo nela.

Hanna: Se pegam a gente... – riu. – Vou falar com a minha mãe.

Eu: Tá... – foi atrás dela e eu mandei mensagem pra minha mãe.

Juh Pugliese: Mamãe, a Hanna vai almoçar em casa com a gente e passar o dia ai, tudo bem?

Rainha Pugliese: Claro filha, o que querem para o almoço?

Juh Pugliese: Ela só não come peixe, o resto ela come. Não precisa fazer nada fresco não. Quero que ela perca a impressão ruim que ela tem do "meu mundo".

Rainha Pugliese: Ok...

Logo ela voltou.

Hanna: Ela autorizou. E pediu pra ligar pra ela, pra me buscar.

Eu: Tá bom... – tivemos aula normal depois da prova e logo acabou. Minha irmã veio.

Alice: Oi...

Eu: Oi...

Alice: Oi Hanna.

Hanna: Oi Lice...

Alice: Quem vem buscar a gente?

Eu: A mamãe...

Hanna: Como é isso?

Eu: Isso o que?

Hanna: A mamãe... Vocês têm duas mães, como distinguem?

Eu: Ah... Mamãe e mãe é a Priscilla e mama e mamy é a Natalie.

Hanna: Ah tá, entendi... – logo ela buzinou. Entramos no carro. Eu fui atrás com a Hanna. – Oi dona Priscilla.

Mamãe: Só Priscilla Hanna, não precisa me chamar de dona, ou tia Pri, ou Pri ok?

Hanna:Ok... –riu sem graça. Não demorou muito e chegamos no condomínio. 

NATIESE EM: A CULPAOnde histórias criam vida. Descubra agora