PRISCILLA NARRANDO...
Um pesadelo. Eu estava num pesadelo e queria acordar. Eu não conseguia acreditar que eu estar vivendo aquilo de novo. Ficamos horas naquele hospital, e ver minha filha daquele jeito foi doloroso demais. Fomos pra casa. A Natalie desceu pra casa dela tomou banho e foi lá pra casa. Meu irmão estava pedindo algo pra gente comer estávamos a horas sem comer nada. Eu falei com a Helena, e estávamos preocupadas porque até então a Júlia estava intacta, não tinha deixado cair uma lágrima. Soubemos da explosão dela com a família do rapaz na recepção e não a culpamos por isso, porque se eu tivesse escutado aquilo eu não faria diferente. A gente comeu, e subiu. Meu irmão foi dormir, e a Natalie veio até meu quarto. Ela deitou do meu lado, estava tudo escuro. Logo eu comecei a fungar e em seguida deu lugar a um choro descontrolado. Eu ainda não tinha perdido o controle e chorado como deveria.
Eu: Eu não acredito que eu estou passando por isso de novo. Eu não acredito – soluçava. Eu a abracei forte.
Nat: É horrível, mas vamos passar por isso. Nossa filha é forte, sua mãe é forte. Elas vão ficar bem, vamos acreditar.
Eu: Eu não vou aguentar perder mais um. Não vou suportar. – ela me abraçava forte.
Nat: Não vamos perde-la. – me deu um beijo na boca e vários no meu rosto. – Não vamos passar por isso de novo. Nós vamos ficar bem, nossa filha vai ficar bem. Em julho vamos para Orlando e curtir com as meninas, deixar tudo isso pra trás. – eu a abracei e dormi de tanto chorar. Acordei exausta e com dor de cabeça de manhã, tomei um bom banho, me troquei, peguei meu ipad e entrei no meu login do hospital. Abri a ficha da Alice e da minha mãe. A Natalie desceu. – Ainda é cedo – me deu um beijo. A Inácia não veio ainda?
Eu: Deve ter passado na padaria. Eu já coloquei o café pra fazer e coloquei a mesa. – a Inácia já sabia de tudo, falamos com ela quando ela soube, porque no fim do dia já era noticia no jornal por mim e a Natalie sermos conhecidas no Rio de Janeiro e pela proporção do acidente.
Nat: O que está fazendo?
Eu: Entrei no meu login do hospital pra ver como elas estão – suspirei. Comecei a ler o relatório da noite da minha mãe. Ela estava evoluindo bem, o edema diminuiu muito, ela está responsiva. Isso era um bom sinal. Depois entrei no da Alice. Ela estava ficando acidotica. – A Alice está ficando acidotica.
Nat: E o que isso quer dizer?
Eu: O Ph sanguíneo dela está subindo. É quando fica ou acima do nível ou muito abaixo e o dela está subindo. – eu parei e pensei. – Meu Deus. O telefone – peguei meu celular que eu tinha jogado no sofá.
XX: Hospital Barra Dor bom dia?
Eu: Quem ta falando?
XX: Angelica.
Eu: Angélica é a doutora Priscilla Pugliese. Me passa pra UTI para o isolamento. Quem está responsável pela minha filha agora?
XX: Doutor Rodrigo chegou agora pouco.
Eu: Passa pra lá rápido... – demorou cerca de um minuto para atender.
XX: UTI, Maria?
Eu: Maria é a doutora Pugliese, preciso falar com o doutor Rodrigo Tardelli rápido, por favor.
XX: Só um segundo. – alguns segundos depois o Rodrigo atendeu.
Rod: Oi Priscilla?
Eu: Rodrigo a Alice está acidotica. Eu acabei de ver o prontuário dela. Está alto, e vai continuar subindo.
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NATIESE EM: A CULPA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese Felix, tenho 34 anos, sou médica cardiologista e cirurgiã geral, atualmente moro num condomínio na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Sou divorciada de Natalie Kate Smith de Almeida 35 anos arquiteta e engenheir...