PRISCILLA NARRANDO...
Era o dia das mães. Era o primeiro dia das mães sem meu filho e sem a Natalie por perto e aquilo doía demais. Eu fui atender uma emergência no hospital no meio da noite, minha mãe estava no Rio e ia cuidar das meninas. Fiz uma cirurgia, era uma criança de 2 anos. Ele tinha a idade do meu filho. Eu estava quase o perdendo e insisti mesmo com alguns médicos dizendo para desistir dele. Ele estava em estado critico. As próximas 48 horas eram muito importantes para ele. Eu estava pegando minhas coisas para ir embora e o Rod veio.
Rod: Eu vi tudo.
Eu: Viu tudo o que?
Rod: A cirurgia.
Eu: Foi por pouco.
Rod: Priscilla, foi pessoal – eu o olhei – Aquele menino não era o seu filho.
Eu: Eu sei que não Rodrigo e eu não pude salvar meu filho e eu não ia desistir daquele menino sem tentar. Eu sabia o que estava fazendo eu estava consciente de tudo o tempo todo ok? Para de falar comigo como se eu fosse desmanchar na sala de cirurgia ou surtar e enfiar o bisturi no coração de alguém – sai da sala e o deixei me chamando sem parar. Aquilo tinha me irritado. Fui pra casa estava amanhecendo. Tomei banho e dormi. Acordei com risadinhas era umas 9 horas. Eu sorri e abri os olhos, as meninas estavam em cima da minha cama com uma camiseta com uma foto minha e uma bandeja de café da manhã do lado que minha mãe deve ter providenciado.
Júlia: Feliz dias das mães mamãe – se jogou em mim e a Alice fez o mesmo.
Eu: Ai que peso – as beijei.
Alice: Feliz dia das mães mamãe...
Eu: Obrigada meus amores... Ai que camiseta linda – olhava a foto. – E esse café da manhã que delicia.
Júlia: Esse é o nosso presente mamãe, a vovó que levou a gente pra comprar – era uma joia, um relicário de coração e quando abri tinham duas fotos delas.
Eu: Que lindo. Obrigada... Eu amei... Eu amo muito vocês minhas vidinhas – as beijei muito, tomei café com elas logo fiz minha higiene desci com a bandeja, voltei no quarto e peguei o presente da minha mãe, a chave do carro que estava na garagem da Diorio que morava no mesmo condomínio. Eu havia comprado há duas semanas. Ela vinha reclamando do carro dela, que precisava trocar de carro e eu resolvi dar um carro a ela. Ela estava no banho pedi a Júlia e a Alice para ficarem brincando quietinhas, desci na Diorio falei com ela rapidamente peguei o carro parei na frente da minha casa peguei o laço no porta malas e coloquei em cima. Logo chamei minha mãe.
Mãe: Feliz dia das mães meu amor... – me abraçou e me deu um presente. Era uma bolsa e uma carteira perfeita.
Eu: Obrigada mãe... Toma esse é o seu presente – dei uma caixinha pra ela. Quando ela abriu, ela não acreditou.
Mãe: Você tá brincando né?
Eu: Não. Tá ai na porta... – sorri. Ela saiu e viu aquele carro lá fora com aquele laço imenso. Ela ficou enlouquecida, gritou, riu, chorou, foi bem engraçado. Ela estava toda feliz. A Júlia ficou um pouco triste na hora do almoço quando fomos para o restaurante. Ela lembrou da mãe. Eu fiquei bem chateada. A Natalie não ligava, não mandava mensagem e a Júlia era a que mais sentia. A noite ela teve um pouco de febre e aquilo partiu meu coração. Era emocional. Eu chorei muito com aquilo e eu senti uma mágoa uma raiva tão grande da Natalie. A apresentação de dia das mães na escola era na segunda feira e foi linda, eu me emocionei muito, mas meu coração se partiu quando as professoras das meninas disseram que elas não queriam participar, porque a outra mãe delas não gostavam mais delas. Naquele dia decidi que não importava se ela voltasse daqui uma semana ou não... Ela não fazia mais parte da minha vida. Eu a mataria dentro de mim...
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NATIESE EM: A CULPA
FanfictionMeu nome é Priscilla Álvares Pugliese Felix, tenho 34 anos, sou médica cardiologista e cirurgiã geral, atualmente moro num condomínio na Barra da Tijuca no Rio de Janeiro. Sou divorciada de Natalie Kate Smith de Almeida 35 anos arquiteta e engenheir...