Capítulo 56

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PH 💯

Entrei em casa vendo um espetáculo de mulher a minha espera. Na moral, me considero o homem mais sortudo do mundo por ter a Fernanda ao meu lado.

Minha morena tá toda feliz com esse bagulho da faculdade e do novo emprego. Bom demais ver ela assim, toda sorridente.

PH: E ai gata. - abracei ela pela cintura.

Nanda: Oi meu amor. - me beijou.

PH: Vai pra faculdade?

Nanda: Daqui a pouco. - balancei a cabeça. - Tá tudo certo pra hoje?

PH: Como assim? O que tem hoje? - perguntei sem entender.

Ela se separou de mim, e colocou as mãos na cintura, me olhando feio.

Já vi que vem sermão.

Nanda: Não acredito que você esqueceu, seu idiota.

PH: Desculpa amor. Tanta coisa aconteceu, que eu esqueci. Na real, nem sei o que esqueci. - revirou os olhos.

Nanda: Hoje estamos fazendo dez meses de namoro.

PH: Caralho, é verdade. Foi mal por ter esquecido. - beijei ela. - Te amo.

Nanda: Também te amo. - fez bico. - Hoje a gente ia sair.

PH: Pá onde?

Nanda: Você que ia escolher o lugar.

PH: Ia? - assentiu. - Tá beleza. Se arruma aí, mais tarde passo e te pego.

Nanda: Que horas, mais ou menos?

PH: Umas sete. Fé.

Nanda: Tchau. - beijei ela mais uma vez. - Até mais tarde.

PH: Até.

Fernanda pegou a bolsa dela e saiu da casa. Já eu fui almoçar, mó larica.

Tomei um banho depois de comer, e piei pá goma do Touro e da Jhe.

PH: Coé família.

Touro: Fala baixo, porra. - apontou para o Marcos, que tava dormindo no bebê conforto.

PH: Cadê minha irmã?

Touro: Na cozinha. - fiz um legal pra ele, e fui pra cozinha.

Jhe: Oi irmãozinho.

PH: E ai. - beijei a testa dela. - Tem como tu me ajudar em um bagulho ai?

Jhe: Depende do que for.

PH: Quero pedir a Fernanda em casamento, de verdade mermo, com anel e tudo.

Jhe: Nossa Pedro, isso é ótimo! Sabia que ontem a gente tava falando sobre isso?

PH: É?

Jhe: Sim. Especificamente sobre vocês não serem românticos com nós.

PH: Agora que eu quero mermo fazer isso. - ela riu. - Tu me ajuda?

Jhe: Claro! Isso é pra que dia? Daqui a uma semana?

PH: Pra hoje.

Jhe: Hoje? Você tá doido? - neguei. - Temos quantas horas até a Fernanda chegar? - olhei para o relógio e era umas duas da tarde.

PH: Umas cinco, no máximo.

Jhe: Tá, acho que dá pra fazer. Já tem a aliança? - neguei com a cabeça. - Como que tu quer pedir ela em casamento sem aliança? Pelo amor de Deus, Pedro! - se levantou da cadeira, e saiu me arrastando.

PH: Perai maluca.

Jhe: Estamos perdendo tempo.

Touro: Onde vão?

Jhe: Comprar aliança. Pedro vai pedir a Fernanda em casamento. Cuida do Marcos.

Touro: E se ele acordar com fome?

PH: Não vamos demorar.

...

Já faz mais de uma hora que tamo aqui na loja. Os bagulho são tudo caro, da não mano.

Jhenifer também tá mó indecisa com tudo, parece que tá escolhendo pra ela, não pra minha mulher.

Atende: Esse aqui é da nossa nova coleção. - mostrou um anel a nós.

Jhe: Aqueles outros estavam mais bonitos. - revirei os olhos.

PH: Tu tá ligada que isso nem é pra tu, né? Bora logo com isso Jhenifer, ainda tem as outras coisas pá arrumar.

Jhe: Tá bom. - suspirou. - Esse daqui é a cara dela. - me entregou um anel.

Era bem bonito. Tinha uma pedra no meio, não muito grande, tinha umas pedrinhas do lado também, a cara da Fernanda memo.

PH: Vai ser esse.

Atende: Tudo bem! Esse, a vista, custa por volta de quatro mil reais. - arregalei os olhos.

PH: Quatro mil reais nesse negócio desse tamanho? Meu cu. Ali no camelô é menos de cinquenta conto um igual. - neguei com a cabeça.

Jhe: Ai Pedro, deixa disso. Esse tá é barato.

Atende: Se o senhor comprar junto das alianças da mesma marca, tem desconto. - aprontou para o cartaz, onde tinha dizendo o que ela falou.

PH: Mostra as porra da aliança.

A mulher colocou as alianças em cima da mesa lá, e eram bem bonitas. Na aliança da Fernanda tinha umas pedrinhas, igual do anel.

Atende: Essas aqui são algumas das amostras.

PH: Tá e fica por quanto?

Atende: Três mil.

PH: Tu tá tirando uma com a minha cara? Só pode! - ri pelo nariz.

Jhe: Pedro, são três anéis.

PH: Jhenifer, só tirou mil reais. - neguei com a cabeça rindo. - Mas vai esse memo, tô sem tempo pá discutir.

Atende: Garanto que o senhor não vai se arrepender.

PH: Tomara. Se não explodo esse lugar com vocês tudo dentro. - a mulher me olhou assustado, e a Jhenifer me deu um tapa.

Jhe: Ele tá brincando moça. - riu falso, e eu também.

Tava de brincadeira porra nenhuma.

Depois de me roubarem, nós saímos da loja e já fomos pra outra comprar as outras coisas.

Carai, se soubesse que flor era tão cara, tinha pegado as do jardim na minha vizinha memo.

Jhe: Tenho certeza que a Fernanda vai amar.

PH: Espero. Porque o tanto que eu gastei com essas porra, não tá escrito.

Jhe: Deixa de ser mão de vaca. Eu bem que queria que o Jonathan fizesse isso pra mim. - suspirou, entrando no carro.

Lembrar de passar essa visão pro cabeça de ovo do Touro.

Entrei no carro também, e parti pro morro. Já era umas cinco da tarde, ou seja, só tinha duas horas pá nós arrumar tudo.

Porra, tava mó nervosão. Tenho certeza que é isso que quero fazer! Quero que a Fernanda seja minha mulher no papel e na vida. Quero ela como mãe dos meus pivetes.

Mas pô e se ela disser não? Não mano, acho que ela não faria isso.

Bora ver, né?

...

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Ela é a PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora