Ela é a Perdição

Capítulo 47

Fernanda ☀️

Estava tão contente por tudo! Meu primo já está bem, e logo irá sair do hospital. Vou começar minha faculdade, e se Deus quiser vou concluir com sucesso e arranjar um emprego.

Esse era um dos meus maiores sonhos, ter um diploma. Já que minha mãe não conseguiu fazer uma faculdade, quero dar esse orgulho a ela de ter uma filha formada.

Janaína: Estou tão orgulhosa de você, minha filha! - me abraçou.

Nanda: Obrigada por tudo mãe! Sem a senhora me apoiando não teria conseguido.

Janaína: Você conseguiu por mérito seu, meu amor.

Nanda: Sim, mas a senhora sempre me incentivou muito. E esse foi um dos motivos para que eu corresse atrás disso com mais garra. - beijei a bochecha dela. - Te amo, e obrigada por ter feito tudo por mim!

Janaína: Ah meu amor, eu te amo muito. - abracei ela.

Tenho uma admiração enorme pela força e garra da minha mãe. Ser mãe solo no país que vivemos é muito complicado, ainda mais com as condições que vivíamos.

Ela tinha acabado de perder o emprego quando soube que estava grávida. Meu pai meteu o pé, deixando nós duas sozinhas. Minha tia Joana, nos ajudou muito e acho que foi por causa dela que minha mãe conseguiu vencer todas as barreiras.

Janaína: Ah, como seu primo está?

Nanda: Bem, ainda vai ter que ficar lá por algum tempo, porque vai ser preciso que ele faça alguns exercícios de fisioterapia.

Janaína: Isso agora é o de menos. O importante é que ele já acordou.

Nanda: Sim! - assenti. - Acho que já vou indo, mais tarde tenho que me encontrar com o Pedro.

Janaína: Ainda não consigo acreditar que você voltou pra ele.

Nanda: Mãe, já falamos sobre isso.

Minha mãe sempre gostou do Pedro, mas depois do que aconteceu a alguns anos atrás, ela meio que fechou a cara para o lado dele.

Janaína: Eu sei, mas filha esse menino já te machucou tanto. Só não quero que isso aconteça novamente.

Nanda: Pedro mudou, cresceu e amadureceu. Não é mais o mesmo garoto de dez anos atrás, mãe.

Janaína: Tudo bem. - suspirou. - Traga ele aqui mais tarde.

Nanda: Sério?

Janaína: Claro ué! Se ele tá te fazendo tão bem assim, quero ficar de boa com o meu gênero. - ri.

Nanda: Ok, eu trago. Beijos, te amo. - beijei a bochecha dela.

Janaína: Te amo.

Me despedi da minha mãe, e sai da casa dela subindo a rua indo para a minha casinha. No meio do caminho, parei na sorveteria e comprei um sorvete para mim e um para a Gi.

Abri a porta de casa, e entrei vendo a Giovana quase engolindo o Patrick.

Nanda: Que baixaria é essa? Não sabia que minha casa tinha virado motel. - Gi riu, e entreguei o sorvete a ela.

Ptk: Empata beijo. - dei língua a ele, e me sentei no chão. - Falta de consideração sua trazer um sorvete pra ela e pra mim não.

Nanda: Pois é, deveria imaginar que você ia tá aqui. Já que vive mais aqui do que na tua própria casa.

Ptk: Se quiser se livrar de mim, convence a loira a ir morar comigo.

Gio: Nada vai me fazer mudar de idéia, Patrick.

Nanda: Desiste Bob Esponja, quando essa daí está certa de algo, ela vai longe.

Ptk: E acha que eu não sei? - bufou. - Pô gata, não dá pra viver assim com essa daqui atrapalhando a gente.

Nanda: Vocês conhecem o quarto? Não? Então, eu apresento a vocês. - revirei os olhos, e a Giovana riu batendo no meu ombro.

Gio: Sei que é chato meu bem, mas ainda tá meio cedo.

Ptk: A gente já tá junto a uns... - parou para contar nos dedos. - Alguns meses juntos, pô. - eu ri do tapa que a Gi deu nele. - Aí porra.

Gio: Cinco meses, Patrick. Cinco. - revirou os olhos.

Ptk: Foi o que eu disse.

Gio: O certo era a Nanda ir morar com o PH.

PH: Tão falando de mim? - abriu a porta e entrou.

Ptk: Credo, surgiu de Nárnia. - ri.

PH: Qual B.O? - se sentou ao meu lado.

Nanda: Ptk tá querendo que a Giovana se mude para a casa dele, mas ela não quer ir, e sim que eu saia daqui e vá morar contigo.

PH: Apoio. - revirei os olhos.

Gio: Ótimo!

Nanda: Minha mãe te chamou pra jantar lá. - mudei de assunto.

Gio: Eita.

Ptk: Vai dar merda, vai. Vai dar merda, vai dar merda. - cantarolou.

PH: Pra que? - dei de ombros.

Ptk: Boa coisa não deve ser. Sorte a minha que minha sogra não mora aqui.

Nanda: Ela só quer te em paz contigo.

PH: Ela não vai tentar me matar não, né?

Nanda: Não, né Pedro?

PH: Eu vou, então. - deu de ombros.

Ptk: Aí acabei de lembrar de sábado é meu aniversário.

Gio: Uh, festa.

Nanda: Quer festa temática? Eu organizo, só me dê o dinheiro.

Ptk: Não, quero essas porra não.

Gio: Nossa amor, seria tão bonitinho.

Ptk: É, pensando bem não seria uma coisa ruim. - nós rimos.

Ele começou a falar sobre o que queria, e a Gi deu várias idéias de decoração.

No final, ficou que iríamos fazer um Boteco do Patrick. Eu ri, mas concordei, acho top.

Bebida e comida de graça, é comigo mesmo!

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