Capítulo 45

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Jhenifer 🌸

Entramos no quarto onde o Jonathan estava, e vi que o médico estava examinando ele.

PH: E aí? Ele vai acordar quando? - perguntou.

Dava para ver o quanto o meu irmão estava feliz com essa novidade. E eu também, não fiz questão alguma de esconder meu sorriso.

Isso reacendeu a esperança que havia se perdido a alguns meses.

Poderia não significar nada, igual da última vez, mas não queria pensar nisso. E sim, que logo ele iria acordar, se recuperar e voltar para nós!

Médico: Bom, ainda não sabemos. O paciente pode acordar amanhã, depois de amanhã, daqui a algumas semanas, ou até agora mesmo. A questão é que, pode não ter significado nada essa reação dele. Como pode ser sinal que o mesmo pode acordar daqui a pouco. Nós nunca sabemos ao certo.

Nanda: Mas não deveriam ter um diagnóstico, sei lá, alguma coisa assim?

Médico: Não quero levantar falsas esperanças, mas pode ser igual da última vez que o rapaz mexeu apenas um dedo, mas não esboçou nenhuma reação de melhora.

Joana: Ele vai ficar bem sim! Tenho fé que meu filho irá acordar logo! - disse emocionada.

Eu também já estava chorando, não de tristeza, mas de alegria também. E acho que o Marcos sentiu isso também, já que o mesmo se mexeu dentro de mim.

Nanda: Amiga, tá tudo bem? - perguntou olhando para mim.

Jhe: Ele... mexeu. Meu bebê mexeu! - disse alegre.

Ele ainda não tinha mexido, o que havia me deixado bastante preocupada. Mas conversei com a doutora que está me acompanhando, e ela falou que o cada bebê tem sua hora.

E também devido a tudo que aconteceu nos últimos meses, apesar de não ter nascido, muito menos entender algo, a doutora falou que meu filho pode ter sentido tudo que passei. O que ocasionou a ele ter ficado quietinho.

Joana: Que coisa maravilhosa!

PH: Posso sentir? - me olhou com os olhos brilhando.

Touro: Também quero. - quase cai para trás ao ouvir sua voz.

Jhe: O... que? - olhei para a cama, e o mesmo estava de acordado encarando a gente.

Joana: Eu sabia, eu disse! - foi para perto do Jonathan, e abraçou ele.

PH: Puta que pariu.

Médico: Família, vocês poderiam nos dar licença? Agora devemos examinar o paciente adequadamente. - pediu.

Joana: Tudo bem! - se afastou do Jonathan.

Agora sim, não poderia estar mais feliz! Finalmente tudo tinha acabado, e ele tinha voltado para nós.

Jhe: Posso falar com ele antes? - olhei pra o médico, que negou. - Por favor.

Médico: Moça terá todo tempo do mundo para fazer isso. Mas realmente agora precisamos realizar alguns exames.

Touro: Putaria do caralho. - dona Joana olhou para ele, o repreendendo.

PH: Só uns minutos, pô.

Médico: Não irei demorar mais do que cinco minutos! - disse.

Joana: Deixem ele fazer o trabalho dele, gente! Já estamos indo doutor. - arrastou nós três para fora do quarto.

PH: Médico chato do caralho.

Nanda: Amor, ele só tá fazendo o trabalho dele!

Joana: Meu neto ainda está mexendo? - neguei com a cabeça. - Me avise assim que ele estiver!

Jhe: Sim, senhora. - rimos.

PH: Mãe, a senhora não quer ir para casa descansar? Passou a noite aqui.

Joana: De jeito nenhum. Meu filho acabou de acordar e só saio daqui após falar com ele.

Jhe: Ele tem razão dona Joana, a senhora deve descansar.

Joana: Nem tentem me convencer a ir, já estou certa da minha decisão!

PH: Tá bom, né? A senhora diz, eu só concordo.

Nanda: Vamos pelo menos comer algo, tia. Aposto que ainda nem tomou café.

Joana: Isso é verdade. Vamos querida. - saiu junto da Fernanda.

PH: Tá feliz? - me abraçou de lado.

Jhe: Muito!

PH: Eu também. - riu. - Falei que ele ia acordar logo. - beijou minha testa.

A porta do quarto abriu, e o médico saiu por ela.

Médico: Pronto, já terminei. Já podem falar com ele, mas não exagerem nas notícias. O paciente ainda não pode ter fortes emoções.

PH: Pode pá. - o médico saiu, e o Pedro me encarou. - Quer ir primeiro?

Jhe: Vai você.

PH: Porque não vai nós dois?

Jhe: Vai só você, eu tô muito nervosa. - ele riu.

PH: Tá né?! Mas se acalma pô.

Jhe: Vou tentar. - ele me deu outro beijo na minha testa, e entrou no quarto.

Me sentei no banco que tinha ali no corredor, e respirei fundo.

Vai saber qual seria a reação do Jonathan. Será que ele ainda gosta de mim? Não sei, quem sabe?

Aí tô tão nervosa.

Deveria ter ido primeiro.

Passei a mão no rosto tentando me acalmar, e tentar entender o motivo de estar assim.

...

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Ela é a PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora