Acerola 💀
Caralho é foda quando você percebe que sua vida está por um fio. Tinha levado um tiro na coxa e outro no estômago. Quando vi muito sangue, fiquei desesperado.
A todo instante só pensava no Vinícius, em como ele iria ficar com tudo isso.
Apesar de pouco tempo de convivência, o menor se tornou importante pra mim. Nunca me imaginei pai, e do nada a maluca da Vanessa brota falando que tinha uma cria minha.
Olha se não fosse pelo meu filho, eu tinha matado ela. Depois de 4 anos, caralho. 4 anos.
Não sabia nem como reagir com essa informação. Porra, Vanessa brisou legal quando decidiu esconder isso de mim. Eu sou o pai, tinha direito de saber. Não iria abandonar ela não, pô, ia cuidar desse menino. É meu, ia assumir minha responsabilidade.
Acerola: Mano.. não vou.. aguentar. - disse fraco.
Tava sentindo minha perna ficar dormente e minha barriga tava sangrando pra porra. Ptk tentou estancar o sangue, mas nada nem sucedido.
Touro: Um caralho! Tu vai ficar vivo se não eu te mato, seu merda. - sorri fraco.
Acerola: Cuida do meu pivete. - sussurrei.
PH: Fica acordado, porra, a gente já tá chegando.
Respirei fundo vendo minha vista escurecer. Não demorou muito para eu fechar meus olhos.
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Acordei com alguém me balançando.
Vinícius: Acorda, papai, acorda. - bateu de leve no meu braço.
Vanessa: Não faz isso com o seu pai, menino, ele tá fraco.
Minha vista foi clareando e observei tudo ao meu redor. Tava deitado na cama de um hospital, com umas agulhas enfiadas no meu braço. Pelo menos estava vivo.
Encarei a Vanessa, que estava acalmando o Vinícius.
Acerola: Tá fazendo o que aqui, caralho? - minha voz saiu fraca.
Vanessa: Não faz muito esforço para falar. - se aproximou. - E eu estou cuidando do meu filho.
Acerola: E tu moleque? Devia tá na escola. - falei.
Vinícius: Queria te ver, papai. Tava com saudades. - fez bico.
Acerola: Eu também. - baguncei o cabelo dele.
Vitória: Vini, vem com a tia comer. - a irmã da bruxa, falou. Nem tinha visto ela ali.
Vinícius: Posso, mamãe? - abriu um sorriso.
Vanessa: Pode, meu amor. - ele me abraçou e saiu com a tia. Olhei para cara da Vanessa, que revirou os olhos. - Eu deveria estar trabalhando. - disse baixo, mas eu escutei.
Acerola: Tá aqui por que então? Vai, fia, tô te prendendo aqui não.
Vanessa: Estou te ajudando e ainda me trata assim? Pelo amor de Deus! - disse meio irritada.
Acerola: Eu pedi tua ajuda? - levantei uma sobrancelha.
Vanessa: Não, mas o Vinícius pediu para eu ficar aqui com você. Faço isso por ele.
Acerola: Hum. - resmunguei. - Eu não vou morrer não, né? - ela riu.
Vanessa: Não. As balas já foram retiradas e por pouco, não aconteceu nada de grave. Você tem muita sorte.
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Ela é a Perdição
RomanceJhenifer é uma mulher que sofreu muitas perdas em sua vida e não lhe restou ninguém.. bom, isso é o que ela pensa. Com a nova mudança de moradia, muitas coisas irão mudar ao seu redor. Novas amizades, emoções e até um amor improvável irá surgir. Aco...