Capítulo 3

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Jhenifer  🌸

No dia seguinte me levantei cedo, tomei um banho, fiz minha higiene, vesti uma roupa saindo de casa para ir na padaria, que era um pouco longe.

O morro estava sem muito movimento por ser muito cedo. Fiquei observando as mães levando os filhos para a escola, pais saindo para trabalhar. Acabei lembrando do meu pai e uma lágrima desceu. Enxuguei rápido entrando na padaria.

Como estava distraída, acabei esbarrando em uma parede de músculos.

Jhe: Ai, moço, me desculpa. - disse sem graça. Era o mesmo homem tatuado de ontem.

Ele me olhou de cima a baixo e saiu sem dizer nada.

Respirei fundo e entrei totalmente na padaria. Pedi um café com leite, uma coxinha e um pastel. Tô nem ai, ontem não comi quase nada.

Comi tudo tranquilamente e quando tava saindo vi as meninas de ontem.

Nanda: Oi, mana. - falou.

Jhe: Oi, gatas. - cumprimentei.

Gio: Já sabe a roupa que vai usar hoje? - perguntou e lembrei do tal baile. Suspirei.

Jhe: Não faço a menor ideia, mas também nem ligo muito. Um shortinho com uma blusa larga e meu chinelo, já basta.

Nanda: Essa é das minhas. - riu.

Gio: Ai, amiga, eu amo esse tipo de roupa, mas é seu primeiro baile, tem que causar uma boa impressão para pegar vários boys. - eu ri.

Jhe: Se eu for, não será para agradar ninguém, e sim para me divertir. Desculpa se fui grossa, é que ainda tá de manhã e meu humor é péssimo.

Gio: Nada não. E você tá certa, tem que ir para se divertir. - sorriu.

Nanda: Bom então, nos vemos mais tarde.

Jhe: Claro. Poderiam passar o contato de vocês? - elas balançaram  a cabeça.

Entreguei meu celular e as duas colocaram seus números, salvei e mandei mensagem para elas salvarem meu contato também.

Me despedi das duas e fui subindo o morro, hoje era dia de aproveitar. Eu trabalhava na pista, em um salão de beleza. Ganhava pouco, mas o bastante para me sustentar. Essa semana como estava de mudança, a dona do salão me deu folga, segunda já teria que voltar.

Entrei dentro de casa e fui começar a me arrumar. Fiz uma hidratação nos meu lindos e belos cachos, pintei minhas unhas, fiz aquela depilação de lei e por fim fui procurar uma roupa para mais tarde.

Me joguei na cama e tirei um cochilo.

••••••••••••••

Terminei de passar meu batom, me posicionei frente do espelho e tirei uma foto minha.

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Jhe_Ribeiro: 💖

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Mandei mensagem para as meninas que disseram que estavam saindo de casa.

Segui meu caminho em direção a quadra, já dava para ouvir de longe o barulho do funk estourando.

Fui chegando mais perto e logo vi as meninas, elas acenaram para mim e eu fui na direção delas.

Nanda: Nossa senhora, tá gata demais. - me abraçou.

Jhe: E você está maravilhosa, aliás, vocês duas. - sorri.

Gio: Vamos entrar logo que hoje eu quero rebolar minha raba até o dia amanhecer.  - nós rimos.

Entramos na quadra, que já estava lotada, fomos para o bar onde tinha alguns homens. Me senti um pouco incomodada com o olhar deles sobre mim, mas tentei ignorar ao máximo.

Pedi uma Skol Beats ao barman, e as meninas pediram vodka. Deus me livre beber isso novamente, da última vez quase morri de tanto vomitar. Meu primeiro e último pt.

Elas me puxaram para o meio da galera, apenas fui na onda seguindo as duas na dança.

Ficamos horas ali dançando, até que um vapor, chegou falando para a gente que o dono do morro tava pedindo para subirmos para o camarote, que na verdade, era só um lugar mais afastado somente para os donos e colegas daqui ficarem mais a vontade, também tinham algumas mulheres.

Nanda sorriu, me puxando para lá. Nem vi quando a Giovana tinha saído.

Jhe: Será que não é perigoso? - perguntei meio nervosa.

Nanda: Claro que não. O Touro é meu primo, relaxa amiga, não vai acontecer nada a não ser que você queira. - disse rindo.

Fiquei mais nervosa ainda quando coloquei meus pés lá, Nanda riu da minha cara e me puxou para um canto onde estava o homem que tinha me encarado, e os que tinham sorrido para mim ontem.

Nanda: Ai, meninos, essa é a Jhenifer. Mona, esses são Patrick, Pedro e Jonathan. - apontou para cada um.

Ptk: O certo é Ptk, PH e Touro, Fernanda. - ela revirou os olhos.

Jhe: Satisfação. - sorri. Eles apenas balançaram a cabeça.

Ptk: Ai, tu viu a loira? - perguntou.

Nanda: Da última vez que eu vi, ela tava no bar. - sorriu falso.

Ptk: Valeu, rapaziada. - saiu.

Me senti muito, muito incomodada com o olhar do tal Touro, em cima mim. Credo.

Nem ia falar nada, vai que ele metesse uma bala na minha testa. Minha nossa senhora, cruz credo. Sou linda demais para morrer.

Fiquei ali conversando com a Fernanda, que depois me deixou sozinha saindo com o tal do PH.

Me encostei na parede olhando o motivo, até que de repente um cara apareceu querendo forçar a barra comigo. Me desesperei logo achando que ele iria me fazer algum mal e comecei a chorar.


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Ela é a PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora