Capítulo 4

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Touro 🔥

O movimento hoje tava suave até demais. Todo mundo estava curtindo tranquilamente o baile e isso me dava gosto de ver.

Era bom ver a favela assim, animada. Fazia tempo que um baile não rendia tanto e era foda pra caralho isso.

Nem sempre foi as mil maravilhas administrar a boca, várias vezes pisei na bola e não tive um lucro bom. Passamos dessa fase, ainda bem, mas ainda tenho que reparar alguns erros.

De tanto os meninos encherem meu saco para autorizar a entrada das minas no camarote, eu cedi.

Vou te contar, essa morena não é coisa desse mundo não, papo reto. Gostosa pra caralho.

Nunca fiquei tão vidrado em uma mulher assim como tô nela, sem neurose. A mina roubou minha atenção desde o primeiro momento que vi.

Tentei me distrair ao máximo, não era possível que iria ficar pensando nessa mulher a noite toda. Chamei uma mina para o quartinho, mas nem demorei. Quando sai de lá, me encostei na grade e acendi um olhando o movimento.

Tava quietinho fumando na minha, quando virei para o lado, vi que tinha um cara em cima de uma garota. Neguei com a cabeça indo na direção. Todos que estava ao redor, apenas olhavam, não fizeram nada.

Me aproximei mais e vi que era a morena. Engoli o seco, puta que pariu, Fernanda vai me matar!

Ela disse que era pra eu ficar de olho na Jhenifer, me ameaçou e tudo. Se ela souber que dei esse vacilo, porra..

Touro: Qual foi, parceiro? - falei alto e o cara se virou para mim. - Não está vendo que a mina não quer, filho da puta? Vai atrás de outra, olha o tanto de mulher que tem aqui, deixa ela em paz.

- Não se mete onde você não foi chamado, porra. - virou de costas e travei meu maxilar. Esse cara não me conhece. Toquei no ombro dele, que se virou novamente. - Que é, caralho? Já falei pra tu não...

Nem esperei ele terminar de latir e meti o soco na cara dele, que caiu todo mole no chão.

Como esse cara vem na minha favela, fica tentando forçar uma mina a algo com ele e ainda por cima me desrespeita? Pau no cu dele!

Aqui o sistema funciona assim e sempre vai. Não dou mole para vagabundo nenhum, principalmente quando é cuzão com uma mina. Isso não se faz.

Touro: Leva ele pra salinha. - falei para o Acerola, que obedeceu.

Olhei para a Jhenifer, coitada, tava assustada e chorando com medo.

Touro: Quer que eu te leve pra casa? - ela negou.

Jhe: Não.. não precisa. - falou gaguejando.

Touro: Tenta pelo menos se acalmar, pô. - entreguei uma garrafinha de água a ela, que deu um gole.

Alguns minutos haviam se passado e ela já estava bem mais calma, mas não falou nada. Olhei para o lado e a Fernanda se aproximou junto com o PH. Ainda bem, daqui a pouco dou o fora daqui.

Nanda: Amiga, o que aconteceu? - perguntou e abraçou ela.

Jhe: Nada.. só vamos sair daqui, por favor. - pediu.

Nanda: Claro. A Gi tá lá no bar, vamos. - ela pegou na mão da Jhenifer e as duas saíram.

Observei elas chegaram no bar e as três saíram da quadra.

PH: O que aconteceu?

Touro: Um cara tentou forçar a barra com ela.

PH: Conhece ele? - negou com a cabeça. - Melhor assim. Logo ele vai ter o fim que merece. - assenti.

Touro: Ai, Anelar. - chamei um vapor. Ele logo se aproximou. - Vigia a Fernanda e as minas que estão com ela, se alguém chegar perto das três, é só bala na cabeça.

Anelar: Beleza, chefe. - desceu do camarote e saiu atrás das meninas.

PH: Vai fazer o que com o cara?

Touro: Isso é assunto para outro dia. Fé!

Deixei o Pedro falando sozinho e desci do camarote indo para o meio do povão. Quando sai da quadra, peguei minha moto e fui direto para minha casa. Sem saco para aguentar mais problema.

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Ela é a PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora