Ptk 💨
Julinho: Aí, Ptk. - me chamou. - Tem uma mina querendo bater um lero contigo. Falou que era urgente e era só contigo. - bufei.
Ptk: Termina de contar essa mercadoria pra mim? Valeu, mano. - deu uns tapinhas nas costas dele entregando o caderninho e sai para fora da boca.
Revirei os olhos ao ver quem era e me virei para entrar novamente na boca, mas ela pegou no meu braço me impedindo.
Ptk: Me deixa em paz, caralho.
Laura: Patrick.. - cortei ela.
Ptk: Para você é Ptk. - ela revirou os olhos. - Adianta logo o papo que eu tenho mais o que fazer.
Laura: Preciso da sua ajuda. - disse rápido.
Ptk: Tu nem merece minha ajuda, agiu na trairagem comigo e perdeu meu respeito.
Laura: Patrick... - olhei sério para ela. - Ptk, é sério, preciso da sua ajuda. - fez cara de choro.
Ptk: E quando eu precisei da tua ajuda, tu tava a onde mesmo? Ah, lembrei, metendo um par de chifre em mim. - ela abaixou a cabeça. - Não se faça de coitada, não sinto pena de você.
Dias depois que minha mãe faleceu, peguei essa filha da puta na minha cama com outro. Porra, aquilo doeu tanto em mim.
Nunca fui de me apegar, nem de me envolver sério com ninguém. Sempre fiz tudo para ver ela feliz, inclusive ajudei a pagar o tratamento de câncer do pai dela, que me maltratava, mas nunca faltei com respeito ao velho por conta dela. E a desgraça me retribui assim? Um caralho!
Porra, eu amava ela, tá ligado? Me fazia um bem danado. Ainda tem a questão do meu filho que ela abortou sem antes falar comigo.
Laura: Ptk, eu te imploro. - falou chorosa. - Meu pai não está podendo trabalhar, você sabe disso, e eu não tô conseguindo pagar sozinha o aluguel de casa. Fala com Touro, por favor, diz a ele que semana que vem eu pago tudo sem falta.
Cruzei meus braços e encarei ela vendo lágrimas de crocodilo molharem as bochechas dela.
Ptk: Fala tu, porra, tô com a boca de ninguém não.
Laura: Para de ser infantil, Patrick. - falou meio alto. - Eu estou aqui implorando por um favor tão simples, não vai te custar nada, porra.
Ptk: Primeiro abaixa o tom voz que ninguém aqui é surdo. - apontei o dedo na cara dela. - Não vou te ajudar em porra nenhuma. Cadê aquelas tuas amiguinhas? O cara com quem tu me traiu? Pede ajuda a eles.
Laura: Patrick, por tudo que a gente viveu, faz esse favor.. foram cinco anos.
Ptk: Cinco anos que você trocou por uma noite. - gritei.
Ela engoliu o seco.
Laura: Eu me arrependo muito de ter feito isso. - tocou no meu peito.
Ptk: Agora é tarde. - tirei a mão dela. - Me esquece e esquece que eu existo.
Comecei a caminhar na direção oposta dela e montei na minha moto ignorando tudo que ela gritava. Fui na direção da goma da tia Joana, mãe do Touro.
Já é de lei toda quarta feira nós nos juntarmos para almoçar na casa dela.
Minha família mora em São Paulo. Vim morar aqui no Vidigal, na casa da minha tia para trabalhar e mandar dinheiro para a eles. Mas quem te disse que aquela velha gostava de mim? Me batia e me obrigava a trabalhar pra comprar droga pra ela e o maridinho.
Foi ai que entrei para essa vida. Tive chance de sair? Sim, mas não quis. Uma vez bandido, bandido sempre.
O marido da minha tia tempo depois morreu e ela tirou a própria vida dias depois, dizia que não conseguia viver sem ele. Os dois não tinham filhos, então fiquei sozinho.
Minha mãe morreu a um tempo atrás, quando soube fiquei maluco. Porra, a mulher da minha vida foi embora e eu nem tive tempo para me despedir. Foi na mesma época que tudo aconteceu com a Laura.
Meu coroa e meu irmão até hoje acreditam que sou empresário e trabalho em uma empresa. Lombra da porra.
Cheguei na goma da tia Joana, junto do PH. Passei pelo portão da frente cumprimentando os vapores que fazem a segurança da casa.
Joana: Meus meninos, que bom que chegaram. - beijou minha bochecha e a testa do PH.
PH: Oi, mãe. - falou.
Ptk: Tem o que para comer, tia? Tô em uma larica da porra. - me olhou feio.
Joana: Já disse para não falar palavrão aqui na minha casa, caralho. - bateu no meu braço e eu ri.
Touro: Cheguei família. - avisou e abraçou a tia.
Joana: Agora só falta minhas meninas. - saiu do abraço do Touro. - As duas disseram que iam trazer uma amiga. Sabem quem? - perguntou.
PH: Acho que é a nova moradora, mãe, aquela da rua 15.
A porta se abriu e a Fernanda, junto da Giovana e a Jhenifer entraram.
Nanda: Oi, titia. - beijou a bochecha dela.
Gio: Nossa, dona Joana, a senhora está cada dia mais linda! - abraçou ela.
Joana: Eu sei. - se gabou e elas riram.
Nanda: Ah, tia, essa é aqui é a Jhenifer. - pegou na mão da Jhenifer e a puxou para frente. - Amiga, essa é a minha tia Joana, mãe do Tourinho.
Jhe: Olá. - sorriu tímida.
Na mesma hora que a dona Joana viu a Jhenifer, ficou mais branca que papel.
Touro: Mãe? - tocou no ombro dela preocupado.
Joana: Você... você é.. igualzinha a sua.. mãe. - sorriu.
Continua...
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Ela é a Perdição
RomanceJhenifer é uma mulher que sofreu muitas perdas em sua vida e não lhe restou ninguém.. bom, isso é o que ela pensa. Com a nova mudança de moradia, muitas coisas irão mudar ao seu redor. Novas amizades, emoções e até um amor improvável irá surgir. Aco...