Ela é a Perdição

Capítulo 51

Dois meses depois...

Jhenifer 🌸

Minha gestação já estava no final, e com isso minha ansiedade aumentava a cada minuto.

Não via a hora de ter meu pequeno príncipe em meus braços. Saber se ele é parecido comigo, ou com o Jonathan, se ele vai ser chorão ou tranquilo.

Nesses últimos meses, foi tudo muito complicado. Não para mim, nem para o Jonathan, muito menos para a Nanda e o Pedro. E sim para o Patrick e a Gi.

Semanas depois da Laura ter falado aquilo para a Gi, lá perto da quadra. A mesma pegou o Ptk com a Laura na cama.

Foi o maior caô. Ela ficou maluca, dava pra ver o quanto a minha amiga estava decepcionada com ele. E não era apenas ela, todos nós estávamos.

Fui a única a achar tudo aquilo estranho, porque sabia do amor do Ptk para a Gi. Dava para perceber só pelo olhar, que ele a ama de verdade.

Giovana terminou com ele, óbvio. E foi aí que o cara ficou maluco, ele bebeu todas, passou a usar drogas, e ficou muito tempo sumido. Dias depois o Jonathan e o Pedro, foram até a casa dele e o entraram desmaiado.

O estado de saúde dele era muito grave, ele estava tendo uma overdose. Ficou entre a vida e morte, foi bem tenso.

E aí descobrimos que foi tudo armação. Tudo que pensei, se concretizou. Laura drogou o Patrick, e o fez se deitar com ela. A mesma confessou isso no hospital, na frente de todos.

A Gi ficou bastante preocupada com ele, e foi até o hospital ver como tudo estava, e escutou tudo que a Laura disse. Ela quase foi pra cima da Laura, mas se controlou.

Patrick ainda está no hospital se recuperando, e a Gi não saiu de perto dele um minuto se quer desde que ouviu a verdade.

Os dois ainda não estão juntos, mas creio que logo vão voltar. Torço muito por isso, foi horrível ver minha amiga chorar todos os dias, e ver o Ptk naquela situação, quase morrendo.

As coisas entre eu e o Touro, não poderia estar melhor. Estou tão feliz por tudo que tem acontecido com nós dois.

Nanda e Pedro têm discutido bastante, isso porque o Pedro está morrendo de ciúmes de um professor da faculdade da Fernanda.

O cara tem mais de quarentas anos. Mano? Pedro, tá ficando sem noção.

Me sentei na cadeira em frente a dona Joana, que estava me mostrando a roupinha que fez para o meu filho.

Joana: Você gostou?

Jhe: Eu amei! - sorriu. - Não é lindo, amor? - mostrei a ele que olhou rápido, e voltou a olhar a tela do celular.

Touro: É. - respondeu. Revirei os olhos.

Vontade de tacar esse celular na cara dele.

As coisas entre nós, como disse, não poderia estar melhor. O que atrapalha mais é esse trabalho dele, e o tempo que ele passa no celular.

Joana: Sabe em o que estava pensando?

Touro: No que? - tirou a atenção do celular, e olhou pra ela.

Joana: Em abrir uma lojinha de roupinhas de bebê, iguais a essa, feitas por mim.

Jhe: Nossa, acho legal.

Touro: Pra que isso?

Joana: Quero ter meu próprio dinheiro, Jonathan. Vai ser bom também para eu me distrair, arrumar algo para fazer. É tão ruim ficar parada.

Jhe: Eu que diga. Estou com saudades do meu trabalho.

Touro: Se precisar de alguma, me diz. - se levantou.

Joana: Aviso sim. Você que vai patrocinar tudo. - bebeu um gole do suco, e eu ri. - Dei tudo a você e ao Pedro, está na hora de me retribuir.

Jhe: Errada não tá. - ela assentiu.

Touro: De boa. Vou mandar o papo pá ele então. - beijou a testa dela.

Jhe: Aonde vai?

Touro: Pra boca. - me beijou. - Mais tarde tô ai.

Jhe: Me deixa na casa da Nanda?

Touro: Pra que?

Jhe: Quero saber como o Patrick está. - assentiu.

Me despedi da dona Joana, e sai da casa dela ao lado do Jonathan.

Entramos no carro, e ele deu partida em direção a casa da Nanda.

Touro: Volto já. Só vou resolver uns bagulho ai. - balancei a cabeça, e abri a porta do carro. - Coé, tá esquecendo de nada não?

Senti um líquido sair de mim, e molhar o banco do carro. Olhei para baixo, já imaginando o que era.

Jhe: Minha bolsa. - engoli o seco.

Touro: Não porra, meu beijo. - se inclinou.

Jhe: Não, Jonathan. Minha bolsa estourou. - me olhou de olhos arregalados.

Touro: Não era pra semana que vem?

Jhe: É, mas parece que o Marcos quer sair o quanto antes. - coloquei a mão na barriga ao sentir uma contração. - Aaaaa. - gritei.

Touro: E o que eu faço? - perguntou nervoso. - Puta merda.

Jhe: Chama a Fernanda. - ele saiu do carro, apressado e entrou na casa da Fernanda, que logo saiu.

Nanda: Meu sobrinho vai nascer. - disse sorrindo.

PH: É sério mermo, Jhenifer? - antes de responder, gritei novamente. - Acho que isso já responde.

Jhe: Vamos logo para o hospital, Jonathan. Ou teu filho vai nascer aqui mesmo. - ele assentiu, entrando no carro novamente. - Espera, tem que pegar a bolsa do Marcos.

Touro: Pra que tanta bolsa?

PH: A gente pode ir também?

Jhe: Sim, só vamos logo.

Fernanda e Pedro entraram no carro, e o Touro foi para nossa casa pegar as coisas do Marcos, e minha.

Era inexplicável essa sensação que estava sentindo, era um sentimento único. Meu filho iria nascer! Uma vida iria sair de mim.

Não fazia idéia se seria ou não uma boa mãe. Mas de uma coisa já tinha certeza, que eu já amava esse bebê sem ao menos vê-lo.

Uma nova fase na minha vida iria se iniciar. Minha vida e a do Jonathan agora seria voltada somente para essa criança.

No caminho, olhei para o lado e ele parecia tão nervoso quanto eu. Sorri com aquilo, e logo percebi que chegamos ao hospital.

...

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